Nota Técnica do IPEA de 2006 aponta 04 fatores responsáveis pelo absurdo crescimento do volume de auxílio-doença concedido no país entre 2000 e 2006:
O primeiro fator foi a depreciação do salário real dos trabalhadores a partir de 1995, levando o auxílio-doença a pagar mais que o salário do trabalhador na ativa, ou seja, afastado do trabalho ele recebia mais do que voltando ao trabalho. Isso incentivaria um uso fraudulento do benefício.
O segundo fator foi o retardamento da idade média necessária para se conseguir aposentar por outras vias, o que empurrou uma massa de trabalhadores para o benefício por incapacidade, que independe de idade e não sofre travas redutoras como o Fator Previdenciário.
O terceiro fator seria a maior exposição dos que ganham apenas um salário-mínimo à doenças incapacitantes.
E o quarto fator foi a terceirização ds perícias, tornado-as suscetíveis a análises equivocadas e em muits vezes fraudulentas.
Os três fatores acima não dependem do INSS. O quarto sim. Logo, se o INSS mais uma vez quiser credenciar, saberá que estará facilitando a fraude na concessão e um novo descontrole do benefício. Quem responderá por essa improbidade administrativa?
O relatório completo pode ser lido ao lado (clique aqui).
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