segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

OU O GOVERNO É INCOMPETENTE E NÃO SABE O QUE QUER OU TEMOS MAIS DE UM GOVERNO EM AÇÃO NESTE PAÍS.

Como que pode um mesmo governo querer reduzir em 40% o número de aposentados por invalidez através de políticas de reabilitação profissional  e ao mesmo tempo propor credenciamento de médicos particulares, sem nenhum compromisso, qualidade ou obrigação pública, para fazer perícias de concessão de incapacidade laborativa no INSS?

Como que pode tamanha discrepância entre atos envolvendo a mesma pasta?

Para cada 01 (um) reabilitado que será retirado da aposentadoria por invalidez, um único credenciado apenas colocará cerca de 2.376 "encostados" no seu lugar, considerando um tempo médio de 6 meses para reabilitação e 18 perícias credenciadas por dia útil. Multipliquem isso por centenas de vezes...

Em apenas 24 meses os credenciados aumentaram o número de afastados por doença neste país de 900 mil para 2,5 milhões e o gasto com eles de 2 para 13 bilhões de reais/ano. O crescimento do gasto (650%) foi o dobro do crescimento dos beneficiários (300%), o que mostra que além de aumentar em quantidade, aumentou a média gasta por beneficiário, provavelmennte devido a existência de esquemas para fazer pessoas sem direito receber no teto legal, jogando o gasto lá pro alto, acima de todas as médias populacionais medidas.


Desconheço perito credenciado que "negue" concessão em seu próprio consultório, se bobear para pacientes que já conhece ou quer vir a manter como "cliente" das perícias.

Não há coerência nem lógica no MPS fazendo discurso de reduzir aposentadorias e ao mesmo tempo reestudando a volta do credenciamento pericial.

Ou somos todos imbecis ou existe mais de um governo operando nesse país nos dias atuais.

A qual governo deve responder a perícia médica: Ao governo que quer explodir o número de afastados por benefícios por incapacidade ou ao governo que quer reduzir esse número pela reabilitação?

2 comentários:

  1. Citando o Plinio Salgado: Presidente - sabendo disto e não tomando providências, das duas uma: ou se é conivente ou se é incompetente.

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  2. No ano de 2000, o deficit da Previdência com os benefícios pagos em relação ao arrecadado, era de aproximadamente 9,3 bilhões. Este deficit cresceu a quase 28 bilhões em 2006.
    O pico de crescimento em termos percentuais foi entre 2002 e 2003, quando houve aumento de 13,3 a 22,2 bilhões, cerca de 67% de aumento em um ano. Daí veio a necessidade de criação da Carreira. Com a ação e com o trabalho de "faxineiros peritos", em 2010 o deficit chegou a cerca de 13,3 bilhões, valor similar a de 2002.

    Em 2010, o Governo Federal arrecadou R$ 232.450.773.753,00. e teve gastos em R$ 245.736.151.044,03 o que ocasionou deficit nas contas em cerca de 13,3 bilhões.

    Segundo o Boletim Estatístico da Previdência Social - Vol. 17 Nº 09, considerando o período entre 10/2011 e 09/2012, o Governo Federal arrecadou R$ 377.209.274791,53 e teve gastos de R$ 376.364.320.376,97 portanto teve um Saldo Operacional superavitário de pouco mais de 840 milhões de reais no período.

    Partindo desta análise, chega-se a Conclusão que o Governo Federal que repetir as Condições 2002/2003 em 2013/2014, visando reunir mais Ganho Político no Processo Eleitoral para Presidente em 2014, aos moldes do Governo Lula.

    Não há grande preocupação com o Saneamento das Contas Públicas ou hausteridade nas mesmas. O objetivo é apenas "REPETIR O PANORAMA" visando garantir a re-eleição e a conta previdenciária para os ajustes pós-benéfice e pós-período eleitoral ficará a cargo dos Peritos Previdenciários, os "faxineiros da Previdência", sempre vistos como vilões e desumanos pela Sociedade, mas isso só em 2015, claro!

    O que pode-se fazer é a mudança de estratégia dos Peritos Previdenciários frente ao panorama que se desenha, por exemplo, o Corpo Pericial que concedeu, que encerre o Benefício ( Previdenciários x Privados), acionamento Judicial ( CRM, Procuradoria, Ministério Público) nos AX1 irregulares, assim que entrar no âmbito da Previdência e que chegue ao Conhecimento do Perito Previdenciário, etc.

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