Notícia divulgada na mídia diz que em 10 anos quase 200 milhões de reais deixaram de ser investidos no PN-DST-AIDS (Programa Nacional de DST-Aids) por prefeituras e estados da União. Como se trata de verba carimbada, ou seja, não pode ser usado em outros fins, o dinheiro está parado.
Isso é um escândalo e mostra como falamos a verdade quando denunciamos aqui o desmonte do SUS patrocinado por um Estado que privilegia a medicina particular em detrimento da medicina pública.
Mas não esperem muitas críticas dos "ativistas" de ONGs relacionadas à epidemia de AIDS, não esperem discursos contundentes ou ações judiciais contra o governo. Afinal de contas, esses "ongueiros" e "ativistas" dependem totalmente desse mesmo governo para patrocinar suas organizações, viagens e congressos.
Não irão abrir a boca pra criticar o Ministro da Saúde. Mas se esses ongueiros, que viajam o país todo bancados por sua atividade, quiserem se aposentar pelo INSS por invalidez e tiverem o pedido indefirido, ah ai sim se preparem pois a grita será geral. Afinal de contas, para trabalhar são incapazes, mas para serem ongueiros ativistas e viajarem o mundo todo organizando e participando de eventos sociais e midiáticos, são plenamente capazes.
Para esse tipo de gente, "ativista e ongueira", os peritos são culpados de tudo e se bobear devem estar achando um jeito de culpar a perícia médica do INSS pelo não investimento de 200 milhões de reais anunciado na notícia acima. As mesmas vozes que se abrem para caluniar a toda hora a classe de peritos, covardemente se calam quando é para criticar de verdade o governo. Criticam sim, mas de mentirinha, pois na hora da verba, estão lá de mãos abertas.
Os peritos são a Geni, o bode expiatório, o idiota útil desse sistema, dessas "ONG" que de "não-governamental" só possuem o nome pois dependem e mamam do governo a toda hora. Se a Geni não quiser ser mais usada ou se já não é útil, taca pedra na Geni.
Para ler a notícia, clique aqui.
6 comentários:
Prezado Sr. Francisco Cardoso!!
Cuidado ao generalizar as ONGS. Nem tudo que brilha é ouro e nem todo ouro tem seu brilho reconhecido. É muito fácil criticar mas, se não fosse o "grito" da sociedade civil, o índice de mortalidade de portadores de retrovírus, seria muito maior. A incapacidade de um portador de HIV ou HTLV, pode surgir do dia para a noite, qualquer médico sabe disso. O grande problema é que o INSS coloca como "perito" pessoas totalmente desinformadas e fora de suas especialidades. Você sabe o que é o HTLV? Sabe o que acontece com o portador de HIV quando ele fica sem medicação? Pois é, falta de medicação é rotina na súde pública!!
Chico,
Como vai o doutorado em HIV?
Ainda bem que você é infectologista e especializado no tema e tem toda moral para falar abertamente.
Acho que com essa o leitor acima não contava....
Não disse? Cadê o grito da Sra. Sandra contra os 160 milhões desviados do programa de DST-AIDS?
Ongueiros e "ativistas" só gritam contra perito. Contra quem paga suas contas, é só de mentirinha.
Obrigado, sra. Sandra: Provou minha tese.
Sobre esse papo de "especialistas", o INSS fornece os especialistas em perícia, que é o que o INSS faz. Imaginem agora, sabendo que a medicina tem 54 especialidades reconhecidas, que o INSS teria que dispor de pelo menos 54 médicos, um de cada especialidade, POR APS (afinal de contas se o cidadão tiver que viajar vai reclamar também) em todo o país?
Considerando que são 1.000 APS com perícia médica, seriam no mínimo 54.000 médicos, mais que todo o corpo de funcionários de todo o INSS.
E mais: enquanto a fila da "genética humana" ou "medicina social" ia ficar vazia, a da ortopedia e a da reumatologia e psiquiatria já estaria em 2015.
Brilhante idéia, sra. Sandra. Façamos isso e eu, como infecto, vou parar de trabalhar no INSS.
Brilhante. Idéia típica de ongueira. És uma?
O senhor é médico, mas se faz de juiz?
O que é pior, mal informado e tendencioso.
Espero do fundo do coração que o senhor jamais contraia hiv, porque com certeza, o seu próprio preconceito é o que o mataria.
Este comentário provavelmente vai ser excluído, não é? Pelo que vi somente o senhor pode ofender, não é mesmo?
O infectologista Francisco não demonstra, neste post, nenhum preconceito contra os portadores de HIV ou de outra condição médica. Sua crítica é contra o silêncio de ongs em relação à falta de investimento de dinheiro carimbado, que deve ter ido engordar o combate ao déficit primário. Como especialista e conhecedor do assunto a matéria do Dr Francisco deve ser respeitada. Como ele, defendo que os recursos da saúde não sejam desviados jamais.
Sra. Edna, onde está o preconceito? Aponte por favor.
cade a sua crítica ao desvio de verba dos pacientes com HIV/AIDS?
Ongueira!!!
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