Doente e passando dificuldade, Ivo Mareco aguarda há anos, decisão da justiça sobre sua aposentadoria
Foto: Expressao Noticias/DanielAlcântara
Um dos fundadores do movimento comunitário, em Cáceres, ex-árbitro de futebol e ex-presidente da Associação de Moradores do bairro Cidade Alta, Ivo Duarte Mareco, 64 anos, passa por momentos de extrema dificuldade. Embora tenha contribuído com a previdência por mais de 25 anos, doente e desempregado, Mareco está vivendo de doação, na esperança da Justiça acatar o seu pedido de aposentadoria para que ele possa adquirir, pelo menos, medicamentos e alimentos para o sustento da família.
Além disso, há dois anos, ele aguarda decisão judicial a respeito de um processo de reparação de danos, movido contra o médico Dárcio Rudner, que o teria maltratado durante um exame de perícia na sede do INSS. Visivelmente doente e debilitado, Dárcio teria dito que ele não tinha nenhuma enfermidade e que deveria pegar uma enxada, colocar nas costas e carpir terreno para ganhar dinheiro.
“Se fosse um pai de família que tivesse desacatado um médico, certamente, estaria preso. Como foi o contrário, fui maltratado e humilhado, nada aconteceu” lamenta.
De acordo com Mareco, os laudos e receituários médicos, comprovam várias enfermidades, como hérnia de disco, osteoporose, nervo ciático e, até problemas psiquiátricos. Desesperado, ele já tentou suicídio, pelo menos, duas vezes. Em uma delas, foi salvo por um dos filhos quando já estava com uma corda no pescoço, pronto para se enforcar em uma árvore no fundo de sua residência, no bairro Espírito Santo.
“Foi um momento de desespero. Não aguento mais. E muita humilhação para um pai de família” diz chorando, lembrando que tanto o processo que trata de sua aposentadoria, quanto o de reparação de danos se arrastam há mais de dois anos, sem nenhuma definição por parte das autoridades. “A justiça é muito lenta para quem precisa. Depois de dois anos os processos parece que estão engavetados” reclama.
A família de Mareco é marcada por tragédias. Em setembro de 1994 o filho Edmilson Vicente de Arruda Mareco, o Quinho, foi atingido por uma bala perdida quando assistia a um show na praça Barão do Rio Branco, durante o Festival de Pesca. Paraplégico, até hoje Quinho está em cadeira de rodas. Em fevereiro de 2010, a sua residência no bairro Cidade Alta foi atingida pela enchente que castigou a cidade.
Tudo o que havia no interior da casa - móveis, eletrodoméstico e até alimentos - foi perdido. Ele, com a família, ficaram alojados, dormindo no chão, na escola do bairro Cidade Alta, durante 28 dias. À época, a secretaria de Ação Social, cadastrou as famílias, vítimas da enchente, para receberem moradias. Porém, segundo ele, até hoje, não recebeu nada. “Estamos vivendo em uma casa neste bairro graças a doação de um terreno da dona Marília Fontes” conta.
Ivo Mareco diz que os remédios que ainda o mantém vivo são doados pela secretaria municipal de Saúde, através da secretária Arlene Alcântara e, para sobreviver conta com ajuda da comunidade, enquanto aguarda “a boa vontade da justiça” em decidir sobre sua aposentadoria.
Por: Expressao Noticias em 08/11/2012 11:56:49
Não duvido que o médico perito tenha dito o que o segurado aponta, mas também não boto minha mão no fogo pelas palavras do segurado.
ResponderExcluir.
Ou seja, tanto o médico pode ter dito isto, quanto o segurado pode ter entendido ao interpretar alguma frase do médico ... ou o segurado está mentindo mesmo.
.
Para se resolver a questão, o acusador tem que apresentar provas, senão não haverá como condenar o médico.
.
E aí, será que há provas? disto a reportagem não fala ... porque será?