Canoenses enfrentam espera de três meses por perícias médicas
Dos 11 médicos peritos, quatro estão afastados no Município
Tamires Souza
Canoas - O microempresário Eduardo Vargas sofreu com uma lesão na coluna e precisou recorrer à Previdência Social em busca do auxílio-doença. Sessenta dias depois foi chamado para a perícia, só que já estava curado e acabou ficando sem receber pelos dois meses em que precisou se afastar do trabalho. A situação é mais comum do que se imagina. Em média os canoenses levam até três meses para ser atendidos por um médico perito, quando a meta projetada pelo próprio INSS é de 15 dias.
A razão do atraso estaria nos afastamentos e aposentadorias dos especialistas. Nos últimos meses dos 11 peritos da cidade, quatro se afastaram, dois por licença-saúde, uma para licença-maternidade e outro para concorrer às eleições. O gerente da agência do INSS Canoas, Alberto Alegre, afirma que teve que pedir reforço a outros municípios. “Conseguimos que Caxias do Sul nos enviasse um médico que ficará por uma semana, mas o quadro também é delicado em outras regiões.”
Contratações indefinidas
O Ministério da Previdência Social prevê para este ano a contratação de 125 médicos peritos em todo o País. A agência do INSS de Canoas confirma que recebeu a sinalização de que será contemplada, mas que ainda não sabe o número de nomeados para a cidade. “O ideal seria que tivéssemos pelo menos 12 peritos ativos. Estamos esperando pelas contratações, porque também nos preocupa a demora nos agendamentos”, avalia o gerente do INSS do município, Alberto Alegre.
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