quinta-feira, 25 de outubro de 2012

QUALITEC DO MINISTÉRIO PÚBLICO - CASO SANTOS

Já que o Ministério Público sempre se achou no direito de apitar na área técnica da perícia, vamos experimentar fazer o mesmo na seara deles. Afinal de contas, se já tivemos que ouvir de procurador que a "OMS determina consultas em 20 minutos" e "Perícia é diferente de consulta, pois na perícia já vem tudo pronto é só constatar", então temos o direito de fazer nossas perguntas ao MP.

Vamos usar como exemplo o caso da absolvição da sanguinária de Santos e fazer algumas perguntas ao estilo "qualitec":

1) Se o procurador concordava que a ré era inimputável, porque levou o caso ao Tribunal do Juri?

2) Se o procurador achava que a ré era louca, porque defendeu tese diferente em sua fala?

3) Se o procurador defendeu em sua fala que o motivo era torpe, porque agora não vai recorrer da sentença?

4) Se a ré era louca, porque conseguiu se articular tão bem no seu testemunho e na frente das câmeras? Por que o procurador não explorou isso?

5) Se a ré dependia apenas do INSS como pagou um dos mais caros advogados de Santos?

6) Se a ré estava piscótica no dia dos eventos, porque não foi internada? E como sem o devido tratamento conseguiu sair da psicose e ficar tão orientada para o julgamento? Por que o procurador não explorou esse campo?

7) Se a perita que concedia benefícios para a sanguinária achava que o caso dela era "gravíssimo", porque não a aposentou? E se aposentou, quem não homologou? Por que isso não foi abordado pelo procurador?

8) Se o INSS conseguiu na Justiça o bloqueio da CASA (MORADIA) da ré para penhora e pagamento de dívida, é que no mínimo ela foi condenada nesse processo, ou seja, o INSS provou que ela ilegalmente gozou de auxílio-doença enquanto trabalhava, o que foi confirmado por testemunhas a esse blog. Por que o procurador não levantou isso em sua defesa pela condenação?

9) Por que o procurador aceitou juri tão desequilibrado, de SEIS mulheres e apenas um homem para julgar uma mulher que esfaqueou um homem?  Fato que até a imprensa achou relevante citar?

10) Se ela ainda está psicótica, como conseguiu discursar tão bem na plenária? E se já não está mais, porque vai ter que ir para hospital?

11) Por que que o procurador não contestou a falsidade da história de levar "faca de 26 centímetros de uso em cozinhas" na bolsa para "cortar frutas e pastéis"? Ele acha isso normal?

12) Por que ficou gaguejando ao se explicar para a imprensa?

13) Como que alguém "se esquece" de algo assim se amnésia não faz parte dos quadros clássicos de psicose?

14) Caro procurador, considerando que matar alguém não é um comportamento dito normal, o senhor vai defender agora a absolvição de todos os assassinos por serem "inimputáveis"?

15) Quantas horas esse procurador se dedicou a esse caso? Ele bate ponto? Registra em sistema eletrônico o acesso às laudas? Ele viu as fotos e as filmagens logo após o ataque?

16) Por que a ré só teve a crise psicótica UMA SEMANA depois de proferida a perícia denegatória?

17) Se ela estava psicótica, o que fazia na contabilidade da empresa familiar? O procurador explorou isso?

18) Se o esfaqueado fosse um colega procurador ou alguém familiar, o procurador teria sido "tão enérgico" na defesa de sua tese?

Eu se fosse a ré processava o Estado, pois se ela soubesse que ia ter um procurador tão camarada assim, não teria que ter gastado a grana que gastou com seu advogado de defesa.

Que o Ministério Público era pelego e atrelado aos interesses governamentais, isso já provamos há muito tempo neste BLOG. Mas que o MP também era protetor de assassinos e candidatos a, isso é novidade.


Um comentário:

Airton Jr. disse...

Esse julgamento foi um teatro mambembe... dos piores de já tive conhecimento!!!

Tapeazol com embromazina!!!