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Presidente do INSS caiu por má gestão, sustenta relatório
Um relatório de Gestão do Ministério da Previdência Social sugere que o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Mauro Hauschild, demitido na semana passada, não caiu por motivação política, e, sim, por incapacidade gerencial. Hauschild, filiado ao PT, entregou o cargo na última quinta-feira (18) e será substituído por um nome indicado pelo PMDB: Lindolfo Sales, chefe de gabinete do ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB).
Os indicadores de avaliação da autarquia indicam que, em linhas gerais, houve uma piora dos números sob a gestão de Hauschild. “Havia ali um foco de retrocesso”, afirma uma fonte do governo. Uma reunião de avaliação da gestão do INSS ocorrida em maio na Casa Civil chegou a traçar um plano de emergência para a autarquia, que não se viabilizou.
Embora, por si só, não descartem eventual motivação política, os números são fortes para respaldar a negativa do governo. O documento sustenta que o tempo médio de espera por atendimento no órgão que era de 15 dias em dezembro de 2010 subiu para 28 dias em agosto de 2012, com picos de até um mês. Outro indicador negativo é o agendamento das perícias médicas.
O relatório gerencial afirma que o tempo de espera pelas perícias – que era de dez dias, em média, em janeiro de 2011 – , triplicou, chegando a 35 dias em agosto de 2012. Além disso, Hauschild teria desfalcado a equipe de perícias, ao indicar médicos para assumir superintendências do INSS nos Estados. Houve substituições no Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco e Bahia. (?)
Ontem Garibaldi Alves refutou as especulações de que a demissão de Hauschild teria motivação política, em troca do apoio de Gabriel Chalita (PMDB) ao candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.
Podia parar aqui o ministro, sem a ênfase seguinte, que é de fazer rir: “Essa vaga sempre foi do PMDB. Nem sabia que esse rapaz era do PT…”
5 comentários:
Há um erro grosseiro na página. Trata-se do fato de substituição de médicos por superintendências no estados. É que simplesmente não há superintendências por estados. Existem apenas 5 por regiões socioeconômicas I (SP), II (MG,RJ e ES), III (PR,SC e RS), IV (NORDESTE) e V (TODO O MAIS). E depois, não há médicos superintendentes. Avisei ao Blogueiro.
O que há, e a fonte do autor deve ter deixado claro, é o medo que têm de a perícia assumir lugares de comando, o que, sem dúvida, traria solução para o principal problema do INSS.
Curioso é que em nenhum dos estados supracitados temos problemas de agendamento muito além do prazo.
E nem demissões maciças.
"..desfalcado a equipe de perícias ao indicar médicos para assumir.."??
Uai, então médico não pode assumir cargo de Gerente-Executivo [ou superintendente, não custa nada sonhar] e tem que ficar como tarefeiro fazendo perícia o resto da vida??
Sendo assim, administrativo não pode assumir cargo de Gerente-Executivo/superintendente também, ora bolas..tem que ficar analisando processos represados...
Isso tudo realmente é medo de sermos melhor capacitados para gerir do que os "plantadores de couve" [plagiando o colega Francisco]. Tenho absoluta certeza de que se tivéssemos médicos peritos nos cargos de chefia de tudo na Previdência essa "coisa" funcionava que era uma beleza!!
Quem plantou a nota pro blogueiro sequer teve o cuidado de preparar direito o terreno, fica claro que uma informação dessas jamais poderia constar de um relatório interno do INSS, fraude pura todo o relato.
Um médico na gerência desestabiliza a fila? E os outros 4.000 fazem o que então?
Que piada.
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