Poucas vezes vi uma pessoa ser tão cruel com um subordinado como a Comandante em Chefe da Nação está sendo com o atual e já anunciado fututo-ex presidente do INSS, Mauro Hauschild.
Demitido de direito mas não de fato, soube da decisão pelos jornais e colunistas da internet. Fritado em praça pública, não tem mais poder para fazer nada no INSS, a não ser esperar sua carbonização terminar e torcer para ter alguma esperança de carreira política no futuro. E é essa esperança que, provavelmente, impede que ele faça o que qualquer um já teria feito a essa altura: Se adiantar e apresentar a sua própria demissão.
Pelo visto nem a honra de poder ser "exonerado, a pedido" será concedido ao Procurador Hauschild, que é obrigado a ler, de seu gabinete, as especulações e a briga quase pública de pessoas pelo cargo que ora ocupa.
Guilhotinado pela Presidência, está sofrendo um "castigo exemplar", leia-se: execração em praça pública.
Que pecados teria cometido o atual Presidente para ter sina tão funesta? Ao contrário dos outros presidentes, ele não sai para assumir outro posto ou para "tocar projetos pessoais", ele sairá porque foi demitido.
Penso que provavelmente o copo já estava cheio, mas o video feito para o eleito de Lajeado falando em nome da Dilma e de Temer e as peripécias que andou fazendo em sua cidade natal (segundo locais reportam) com certeza foram o ápice que despertou a fúria da Líder da República.
Sei que é difícil e que ele deve estar pressionado a "ficar na sua" e "esperar a poeira baixar" mas se ele realmente quer ter futuro político, em minha opinião, deveria se comportar como tal: Acabar logo com a fritura, entregar seu pedido de demissão ao Ministro de Estado, fazer um discurso altamente elogioso a todos e ao Governo Dilma e anunciar já sua intenção de concorrer ao Congresso em 2014 como forma de continuar sua tarefa de fortalecer o projeto nacional.
Uma vez que a imprensa toda fala e o Planalto não nega, seria a melhor saída. Pior é esperar virar carvãozinho...
Atualização 18h: Como se fosse profecia, esse post antecedeu em poucos minutos a atitude do Presidente em entregar o cargo ao Ministro e fazer um discurso de despedida civilizado e respeitoso. De fato, para quem quer seguir na carreira política, só lhe restava isso a fazer. Deixar-se ser fritado como estava sendo era inaceitável.
Análise oportuna e correta. O poder é assim, embora pudesse ser diferente. Um dia se deita Presidente e se levanta traído, desonrado. Não vejo porque mereça tamanha execração da chefa, não obstante a fama que ela tem. Presidente, sei o que é isso e me solidarizo com seu inferno astral. Vai passar.
ResponderExcluirNão é questão de defender Hauschild, mas justiça seja feita, todos os ocupantes de cargos de indicação política fazem campanha neste período eleitoral. Se promessa de verba federal por candidato do PT fosse ilegal, imoral e anti-ético vários eleitos deveriam ter a mesma fritura. Será que há outros fatos que não foram divulgados na tal campanha de Lajeado...?
ResponderExcluirAinda ontem alertei para o fato de que a mídia estaria explorando demasiadamente a questão do afastamento de 20 dias para política pessoal quando na verdade o aspecto técnico na condução da autarquia principalmente nas perícia médicas teria sido o principal fator desencadeante.
O NOVO modelo, citado desde o início da sua gestão em março de 2011 naufragou por problemas que desde aquela época eram sabidos como a logística do sistema de informação ineficiente. A NOVA carreira dos Peritos Médicos, que poderia ter lhe dado outro fim, fora literalmente engavetada por ele o que o fez perder a credibilidade dos Peritos Médicos que o apoiavam caninamente outrora.
Para mim era inevitável...