A hipocrisia dessa história de saúde multiprofissional se revela quando se chega a hora de cobrar a conta por erros cometidos. Nessa hora a pessoa vítima do erro cobra a quem ela de fato procura quando vai a um hospital , ou seja, o médico. Daí o termo "erro médico" para qualquer coisa que ocorra, pois para a população quem é o responsável pelo tratamento é o médico.
Mas nessa mesma hora, os paramédicos e sindicalistas pseudoesquerdistas que vivem vomitando o discurso da multiprofissionalidade, que deveriam entrar em cena e assumir que o "ato multiprofissional" é que foi errado, preferem se esconder sob a sombra da sua própria vergonha e medo e deixam tranquilamente o erro passar como "médico". Atestado de Óbito então? Imagina, isso é com o médico... Mas salários altos e direito de "mandar" na conduta, não, isso tem que ser "partilhado".
Chega de hipocrisia. Quem não tem a coragem de assumir e responder por erros e óbitos não pode e jamais deveria levantar a voz para exigir nada, absolutamente nada a respeito de tratamento de pacientes. Deve calar-se, recolher-se à sua própria insignificância no que diz respeito a discussão de tratamentos e apenas obedecer a quem sabe e a quem irá responder por eventuais erros.
Matéria do Jornal da Band de hoje mostra mais um exemplo dessa palhaçada: Bebê prematuro é vítima de erro de punção em membro superior, que evolui para lesão necrosada e necessidade de amputação. Entende-se o natural e comovível sofrimento da mãe, ao qual compartilho e lamento, e entendo perfeitamente que deva-se instalar inquérito para entender o que houve. Só não entendo um repórter como Ricardo Boechat, editor do Jornal da Band e que tem médico na família, permitir uma matéria chamando isso isso de "erro médico".
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