QUINTA-FEIRA, 11 DE OUTUBRO DE 2012
INSS nega aposentadoria a jovem que ficou paraplégico após acidente
O jovem Juraci Charão Ferreira, de 29 anos sofreu um acidente de motocicleta no dia 29 de setembro de 2010, tendo perdido o movimento da metade do corpo. Após duas semanas internado no hospital Santa Casa de Caridade, tendo os médicos atestado paraplegia, Ferreira teve benefício concedido pelo INSS por dois anos.
“Eles me disseram que quando passassem os dois anos eu faria uma perícia e seria aposentado, mas isso não aconteceu”, afirmou.
No dia 25 de setembro deste ano Ferreira passou por uma nova perícia, tendo a médica atestado que ele estava apto a voltar às atividades que praticava. Antes do acidente Ferreira trabalhava como porteiro e segurança. A médica teria dito que ele é muito novo para se aposentar e prorrogou o benefício por mais um ano.
O caso é que Ferreira não se sente apto a voltar às suas atividades normais por precisar usar fraldas geriátricas e sonda para coleta de urina.
“Em casa ainda dá para sobreviver nessas condições, mas na rua é muito difícil. Eu me sinto envergonhado por precisar usar fraldas, como vou me adaptar novamente a um ambiente de trabalho, com pessoas estranhas ao meu redor? É impossível me sentir bem assim”, relatou.
Ferreira afirma que tem vontade de voltar a trabalhar e ter uma vida normal, mas que tem medo de enfrentar pois já tentou antes e não conseguiu levar adiante por sentir muitas dores. Segundo ele, além de tomar antibióticos, passa por internações de dois a três meses, por infecção intestinal.
Ferreira ficou revoltado pela atitude da perita que, em sua opinião, fez pouco caso de sua situação. “Ela não me examinou, apenas ficou na frente do computador olhando para a tela, fez pouco da minha situação e não me deixou explicar como me sentia e se eu tinha verdadeiramente condições de retornar ao trabalho”.
Após o período dado pelo INSS, Ferreira retornará e fará uma nova perícia, na tentativa de conseguir a aposentadoria. Segundo ele, com a negativa da perita, perdeu a oportunidade de adquirir um meio de transporte, por não ter como comprovar a sua renda fixa.
Comentário do Blogueiro:
A Notícia acima é completamente mentirosa e sensacionalista e auto-aniquilante. Faz no título transparecer que segurado ficou desassistido por ter tido benefício cessado para retorno imediato por um Perito Médico desumano quando nada disso aconteceu. Ela de nada serve, apenas dissemina ódio desmotivado sobre o trabalho dos peritos. Veja que no mesmo parágrafo do texto em que afirma "...tendo a médica atestado que o mesmo estava apto a voltar as atividades que praticara..." também diz que "... prorrogou o benefício por mais um ano." Não parece estranho que tenha sido apto e tenha seu benefício prorrogado?
Mas não é isso o centro da questão, afinal, a imprensa impunemente exagera e mente passivamente ou ativamente na quase totalidade das matérias que envolvem segurados e perícias médicas. E como sempre, nenhum médico envolvido é ouvido.
O que chama a atenção no caso, no entanto, é a enorme resistência para ser reabilitado e voltar a trabalhar neste país - Campeão das Paraolimpíadas. É de uma monstruosa covardia utilizar da própria doença para ganhos secundários as custas da difamação de pessoas que querem ajudá-lo. Vejam que no fim ele alega que "perdeu a oportunidade de adquirir um meio de transporte" explicitando o real interesse. E qual o erro da Médica?
Acaso um segurado com 29 anos, curso de informática, paraplégico, com toda vida pela frente, não pode ser encaminhado para o Programa de Reabilitação Profissional? Ele tem o direito de ficar revoltado por isso? O Brasil precisa evoluir muito....
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