terça-feira, 11 de setembro de 2012

Tenebrosas Transações - E por que não criar a Perícia Médica da União?

Caixa pode receber R$ 1 milhão para gerir Sistema de Saúde do Senado
Negociação inclui cessão de servidores do Senado para cuidar do serviço
Publicado:10/09/12 - 21h33
Atualizado:10/09/12 - 21h33

BRASÍLIA - A primeira vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), está no comando de negociações de uma operação que, se aprovada, irá transferir para a Caixa Econômica Federal (CEF) a administração do Sistema de Saúde do Senado (SIS) e está deixando em pé de guerra os servidores da Casa. O plano de saúde dos servidores do Senado tem autogestão e se o convênio for assinado, a Caixa receberá cerca de R$ 1 milhão para administrar a parte de contratação de serviços médicos, mas usando parte da mão de obra do Senado, que já cuida do serviço atualmente. Marta é presidente do Conselho do SIS.

Técnico do Prodasen e ex-integrante do conselho administrador do SIS, Paulo Muniz pegou o microfone para defender que, ao invés do contrato de gestão com a Caixa, o Senado deveria contratar uma empresa para fazer perícia médica, o que reduziria os custos e as despesas do SIS, que estão aumentando 18% ao ano e se multiplicaram por sete nos últimos 11 anos.

- Se lá atrás o Senado tivesse contratado uma empresa de perícia médica, hoje o SIS não estaria nessa situação. O TST (Tribunal Superior do Trabalho) contratou a Audiocare para controlar o seu plano de saúde e houve uma economia de 30% nos gastos - disse Paulo Muniz.

- Com a autogestão pelo Senado, temos custo operacional zero, servidores, espaço físico. Agora, para quê transferir para a Caixa se a estrutura funcional vai permanecer a mesma e o cofre vai ser sangrado em R$1 milhão? - protestou Edival Silva, ex-diretor financeiro e ex-membro do Conselho do SIS.

2 comentários:

  1. "Com a autogestão pelo Senado, temos custo operacional zero, servidores, espaço físico" ........ e fraudes a milhão.

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  2. Dois pesos e duas medidas: neste caso os peritos iriam "salvar a pátria", ou melhor, os gastos desenfrados e gradualmente crescentes de forma geométrica nos últimos onze anos.

    No caso do Senado reconhece-se a importância da perícia e do controle de gastos e reconhece-se que, subliminarmente, tem gente ganhando sem ter o direito para tanto.Já no RGPS é o paraíso: os peritos são os carrascos e os beneficiários sempre têm razão em tudo, nunca mentem, nunca simulam, sempre têm direitos e nunca deveres e tudo é sempre pouco, sempre querem mais e o artifício que usam para isto é caluniar o perito e intimidá-lo.Aliás, é uma blasfêmia ousar dizer que haveriam benefícios concedidos indevidamente, seja por fraude ou por excesso de graciosidade, ideológicamente.

    E, quando os tem, adivinha de quem é a culpa?Acham que é de quem simulou e mentiu?Afinal, isto não existe no país da fantasia e no reghime do RGPS.

    Agora, no RJU e nos regimes próprios exige-se rigor e reconhece-se tanto o papel do perito quanto o excesso de licenças do trabalho (a priori aparentando serem irregulares algumas)Por tudo isto é que não entendo o porquê ainda existe perícia para os segurados do INSS e não entendo por que existe perito, já que todos os benefícios são devidos, bastando solicitá-lo no balcão.

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