Gargalo do Judiciário
CJF pedirá agilidade em julgamentos no STF e STJ
O Conselho da Justiça Federal encaminhará ao Superior Tribunal de
Justiça e ao Supremo Tribunal Federal pedidos para agilizar o julgamento
de recursos que estejam sobrestando processos em andamento nos juizados
especiais federais (JEFs). A recomendação foi aprovada durante o IX
Fórum Nacional de Juizados Especiais (Fonajef).
Segundo o coordenador dos grupos de trabalho do Fonajef, juiz federal Vilian Bollmann, hoje não se sabe ao certo quantas ações aguardam o julgamento de recursos repetitivos e recursos extraordinários.“É importante levantar esses números e ver a situação desses casos, que, de uma hora para a outra, podem ser um gargalo na administração judiciária”, explicou.
Esta foi uma das recomendações e enunciados aprovados por juízes federais de todo o país durante o Fonajef. Os magistrados também aprovaram um entendimento segundo o qual o juiz pode estabelecer um limite no valor dos honorários cobrados por advogados nas causas previdenciárias que, segundo a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (Ipea), representa 73% de todas as ações em tramitação nos juizados especiais federais.
O Fonajef aconteceu no dia 14 de setembro, em Curitiba, e reuniu cerca de 150 magistrados. As propostas foram definidas a partir de grupos temáticos de trabalho e tiveram como ponto de partida os resultados de pesquisa realizada pelo Ipea, a pedido do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) do Conselho da Justiça Federal, que avaliou os dez anos de funcionamento dos juizados especiais federais.
A próxima edição do Fonajef será em 2013, na cidade de Belo Horizonte. O evento foi realizado mediante parceria do CEJ/CJF com a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Escola da Magistratura Federal da 4ª Região. Com informações da Assessoria de Imprensa do CJF.
Segundo o coordenador dos grupos de trabalho do Fonajef, juiz federal Vilian Bollmann, hoje não se sabe ao certo quantas ações aguardam o julgamento de recursos repetitivos e recursos extraordinários.“É importante levantar esses números e ver a situação desses casos, que, de uma hora para a outra, podem ser um gargalo na administração judiciária”, explicou.
Esta foi uma das recomendações e enunciados aprovados por juízes federais de todo o país durante o Fonajef. Os magistrados também aprovaram um entendimento segundo o qual o juiz pode estabelecer um limite no valor dos honorários cobrados por advogados nas causas previdenciárias que, segundo a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (Ipea), representa 73% de todas as ações em tramitação nos juizados especiais federais.
Bollmann, explica que, embora os entendimentos aprovados no encontro não vinculem a atuação do magistrado, eles são importantes porque servem de parâmetro para o trabalho diário e também apontam caminhos a serem seguidos nas esferas administrativas das seções judiciárias e tribunais. Como exemplos desses avanços, ele citou alterações no Código de Processo Civil, que só chegaram ao Congresso Nacional a partir do posicionamento dos juízes nas edições anteriores do evento.Outra discussão envolvendo o trabalho dos advogados foi a que orienta os juízes a não permitirem a presença do profissional durante as perícias médicas. A avaliação foi que, considerando se tratar de um ato médico, apenas o paciente e eventuais assistentes técnicos podem ficar na sala. Os juízes aprovaram ainda, uma recomendação para que o pagamento das perícias médicas seja feito em no máximo 60 dias após o exame.
O Fonajef aconteceu no dia 14 de setembro, em Curitiba, e reuniu cerca de 150 magistrados. As propostas foram definidas a partir de grupos temáticos de trabalho e tiveram como ponto de partida os resultados de pesquisa realizada pelo Ipea, a pedido do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) do Conselho da Justiça Federal, que avaliou os dez anos de funcionamento dos juizados especiais federais.
A próxima edição do Fonajef será em 2013, na cidade de Belo Horizonte. O evento foi realizado mediante parceria do CEJ/CJF com a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Escola da Magistratura Federal da 4ª Região. Com informações da Assessoria de Imprensa do CJF.
Revista Consultor Jurídico, 26 de setembro de 2012
Um comentário:
Com relação a não permissão da presença dos advogados na perícia médica judicial, a decisão está correta, uma vez que se trata de ato médico, sendo legal e eticamente vedada a presença de profissionais fora da medicina, durante o exame.
Por outro lado, no que tange aos honorários médico periciais pagos pela Justiça Federal (menos de duzentos reais por perícia), o valor é aviltante e incapaz de remunerar dignamente os bons profissionais, tendo em vista a complexidade da atividade médico pericial judicial.
Infelizmente, com todo o respeito,a grande maioria dos médicos que se sujeitam a fazer perícias judiciais pelo valor acima indicado, tem qualidade e formação acadêmica duvidosas, carecendo de conhecimentos específicos nas ciências médico legais e periciais. Nossos colegas "ditos peritos judiciais da Justiça Federal", muitas vezes, são médicos das mais variadas especialidades "cansados da medicina assistencial" e que enxergam a perícia como um "bico, que paga bem mais do que uma consulta eletiva".
Enquanto os nossos magistrados não tocarem o dedo na ferida e discutirem critérios objetivos de seleção e de nomeação de médicos peritos qualificados, com remuneração digna, a situação tende só a piorar!!!!
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