Vejam nesse exemplo abaixo como os bancários são desumanos: Em 1994, um bancário desumano errou e retirou sem autorização R$ 4.500,00 reais da conta de um correntista, que entrou na Justiça pedindo indenização.
O caso durou até 2012. Nas ações iniciais o perito do Juiz disse que o cálculo deveria ser de acordo com os juros do cheque especial que esse banco aplicava, afinal de contas se o devedor fosse o cidadão seria esse o juro a ser aplicado. O banco defendeu que deveria retornar apenas a correção inflacionária. O banco perdeu nas instâncias iniciais mas ganhou no STJ. Apenas a título de ilustração, a tabela abaixo mostra qual é a diferença entre os juros da inflação oficial e os juros do cheque especial cobrados pelos bancários desumanos entre 1994 e 2012:
Resumo: Uma dívida do banco para com o cidadão de R$ 4.500,00 reais iniciada quando começou o Plano Real em 1994 se fosse ser paga hoje usando como correção os juros inflacionários (medidos pelo IPCA) daria uma conta de R$ 18.360,00. Era o que o banco alegava que devia.
Mas se essa mesma dívida fosse do pobre do cidadão que tivesse deixado esse saldo devedor no cheque especial, em caso de ser quitada hoje pelos juros abusivos do sistema bancário, ou seja, os juros do cheque especial, daria uma conta de R$ 1.400.000.000.000,00, isso mesmo, Um trilhão e quatrocentos bilhões de reais, quase a metade do PIB brasileiro.
É tão desproporcional que o gráfico acima não pode ser colocado em escala real pois a faixa verde não seria visível já que a diferença de proporção é da ordem de cem milhões de vezes.
Em tempo, o banco conseguiu escapar no STJ de ser cobrado pelos juros que cobra dos brasileiros, mas vai pagar cerca de R$ 500.000,00 à família do correntista (que morreu no decurso do processo) incluindo a correção e danos morais. Cabe recurso à família.
Chega de juros desumanos. Chega de bancários desumanos. Pela humanização dos bancários JÁ! Pelo sistema bancário multiprofissional JÁ!
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