domingo, 23 de setembro de 2012

EVITAR O PARTO CESÁREO É UMA ESCOLHA POLÍTICA. FINALMENTE ALGUÉM DISSE A VERDADE.

Parabéns à mãe que pronunciou essa frase em entrevista à FSP (vide abaixo). Não pela péssima escolha de expor ao risco desnecessário a vida de seu rebento por questões ideológicas, mas pela coragem de dizer a verdade dos fatos na discussão sobre o parto: A luta contra o parto cesáreo não tem nada de "saúde" envolvido. É, antes de mais nada, uma luta política por disputa de poder dentro do campo da saúde.

Como bem colocou a mãe, entrevistada em matéria sobre o "BABY BOOM" pós-movimento "Ocupa São Paulo", o parto cesáreo representa "o poder médico". Para evitar esse poder, rejeita-se de antemão essa opção que é mais segura e menos causadora de bebês com hipóxia ou mortes maternas.
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Nove meses após protesto, Ocupa Sampa vive 'baby boom'

DIÓGENES MUNIZ
EDITOR-ADJUNTO DA TV FOLHA

Programa TV FolhaInspirado nos "indignados" da Espanha e no "Occupy Wall Street", o protesto Ocupa Sampa levou dezenas de jovens a acampar no centro de São Paulo, no final de 2011.
Nove meses após o fim acampamento, integrantes do movimento vivem um "baby boom". Ao menos quatro ficaram grávidas. Três delas já deram à luz.
Por encarar relacionamentos e maternidade de forma parecida, o grupo se autointitula "mães do Ocupa".
Embora tenha participado do acampamento apenas nos primeiros dias, a geógrafa Olga Maria, 25, vê nas militantes uma forte afinidade de pensamento.
"A gente se identifica desde sempre como 'mães do Ocupa'. Dá para traçar uma linha entre nós de insatisfação e disposição para fazer diferente, seja na maternidade, na forma de criar os filhos ou na maneira de amar", diz a jovem.
"A maioria no Ocupa era adepta do relacionamento aberto", explica a professora de teatro Julia Spindel, 24.
"Discutia-se muito o poliamor, que basicamente é amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo", afirma.
Outra pauta importante para o grupo é a gestação alternativa.
Para a chegada da sua primeira filha, a militante Nina Adorno, 25, escolheu o chamado "parto humanizado", que ocorreu em sua casa.
Segundo ela, evitar a cirurgia cesárea é também uma escolha política. "Dessa forma, a mulher é dona do próprio parto", diz.
Para as entrevistadas, o nascimento de uma criança --e as responsabilidades que surgem a partir disso-- não se traduz no fim da militância.
"Até porque", explica fotógrafa Luna Amaral, 21, "criar um pequeno ser humano é uma maneira direta de mudar o mundo".
Alessandro Shinoda/Folhapress
Ativista dorme em barraca do Ocupa Sampa, no Vale do Anhangabaú (centro de São Paulo), no final de 2011
Ativista dorme em barraca do Ocupa Sampa, no Vale do Anhangabaú (centro de São Paulo), no final de 2011

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