Novos desafios para o programa contra a Aids
Efeitos colaterais e burocracia são barreiras ao atual tratamento dos doentes no país.
Cartilha recomenda uso de cabelos compridos para disfarçar acúmulo de gordura
Publicado:13/09/12 - 11h53
Atualizado:13/09/12 - 17h53
Remédios tomados por um soropositivo em um mês
ANA BRANCO
"A origem do problema
Renato da Matta, 48 anos, doente há 12, também não consegue se aposentar. O laudo do posto municipal onde ele se trata, no Engenho de Dentro, detalhando o estágio atual da doença e os danos colaterais dos medicamentos, não foi suficiente para o INSS, que o considerou apto para o trabalho. Está vivendo com o que sobra da aposentadoria da mãe.
— A origem do problema é que os peritos veem a Aids como um mal crônico e cujos desdobramentos são conhecidos. Mas a Aids é uma imunodeficiência adquirida e degenerativa e cujos efeitos ainda estão sendo descobertos. Eu tenho uma resistência óssea de uma pessoa de 60, 70 anos, tenho danos nos meus sistemas nervoso e linfático, mas sou considerado apto pelos peritos do INSS. Eles olham apenas para a contagem do CD4 (células do sistema imunológico) e para a carga viral (quando o primeiro indicador está alto e o segundo baixo, significa que o tratamento anti-HIV está surtindo efeito) — conta Renato.
Em nota, a diretora de Saúde do Trabalhador do INSS, Verusa Guedes, nega que o instituto leve em conta somente a contagem de CD4 e a carga viral. “A condição clínica do segurado é considerada de forma completa”, afirma. “Não são analisadas apenas as doenças, mas a incapacidade laboral”.
Leia bem mais sobre esse assunto em:
Ah, agora está explicado: propaga a vitimização e a estigmatização pois quer ele mesmo encostar "na caixa"...
ResponderExcluirBom, se ele for MESMO incapaz, que seja aposentado. Mas nunca tentando forçar a barra e expor milhões a um estigma maior do que já é. Isso não é coisa de gente honesta.
Mas do jeito que circula com desenvoltura no meio "ativista", vai ser difícil convencer algum perito de sua "incapacidade". Fica a dica.
Mas veja no Texto, como se expressa bem! Ao que tudo indica o Pragmatismo Útil está preservado e tem uma retórica bastante consistente para se posicionar como Vitima do INSS!
ResponderExcluirMas qual o cargo ou função laboral do magnânimo, pois o Psiquê ta fluindo bem!
Olha, Sinceramente.
ResponderExcluirDa Matta realmente me decepcionou.
Eu tinha pensado que a Perícia Médica tinha encontrado um adversário à sua altura, mais sério, mais inteligente, que a ajudaria a crescer e aprender mais com as críticas, mas percebo que apenas mais um aproveitador de opinião.
"Perito vê AIDS como um mal cronico... De desdobramentos conhecidos..."
Olha, sei não... É subestimar muito a capacidade analítica dos médicos.
Ora, todo médico sabe que o único desdobramento conhecido é a morte.
Os exemplos da reportagem.
Trabalhar com mãos ressecadas ou ter que disfarçar a lipodistrofia ou desenvolver ansiedade por querer ter um filho livre do vírus não é incapacitante mesmo como de fato não é.
O vitimismo usado para disfarçar a própria incompetência é horrível. Aliás, covardia para com os demais trabalhadores e vitupério para si mesmo.
Acho muito mais fácil ele lutar por uma lei que institua o benefício assistencial para quem tem diagnostico de SIDA, simples assim. Do que tentar convencer perito que HIV + não pode trabalhar.
Seria assim, tenho HIV, talvez possa trabalhar se emprego for bom, não quero e a lei me dá mesmo assim. Problema é de quem não tem lei sobre isso.