Reportagem da UOL em Curitiba aponta que saúde será calcanhar de aquiles na reeleição do atual prefeito. Cita o caos na saúde com a população reclamando da falta de médicos, de remédios e do tempo de espera. Como não podia deixar de ser, cita agressões a funcionários cometidos por vagabundos e covardes que preferem agredir o desprotegido profissional que está abandonado pelo poder público a ir na prefeitura bater no prefeito cercado de seguranças. A reportagem lembra casos de mortes após longas esperas e cita a carência principalmente de pediatras e ginecologistas. Cita a longa espera por uma consulta ambulatorial e o descaso das autoridades, que ficam numa guerra de versões para seu fracasso gerencial.
Pacientes aguardam atendimento na Unidade de Saúde Bairro Novo, em Curitiba; reclamações constantes (Valterci Santos/UOL)
Uma série de desculpas esfarrapadas para essa situação são elencadas por "gestores" inclusive questões complexas como citado aqui: "“É preciso fazer a transição de um sistema de alta especialização, como o que temos, para um de alta sensibilidade”, afirma ao UOL o médico patologista Armando Raggio."
Ora, quanta bobagem. Primeiro porque o autor da frase já foi durante 10 anos seguidos o secretário de saúde do município e depois de todo o Estado do Paraná, porque não fez essa "transição" quando pode?
Segundo porque usam essas desculpas para esconder da população o real motivo da falta de médicos: O não investimento no SUS, mantendo políticas de baixa remuneração em ambiente insalubre, desequipado e superlotado.
Vejamos com dados concretos: Abaixo está a cópia do salário oferecido a um médico para Curitiba em edital da prefeitura desse ano:
Na cara de pau oferecem menos de 05 salários mínimos, isso porque tem gratificação no meio, senão seriam menos de 4 salários-mínimos, para um profissional que precisou de pelo menos 10 anos de estudo mais especializações e que está em falta no mercado.
Já o prefeito de Curitiba...
Na mais pura e legítima cara de pau o prefeito, que é médico pediatra (pasmem!), diz que se fosse diretor de uma empresa do tamanho de Curitiba, receberia o dobro.
Não senhor, colega. Se o senhor fosse diretor de uma empresa do tamanho de Curitiba, agindo desse jeito, não receberia o dobro não, seria demitido por justa causa.
Pelo menos uma coisa não podemos reclamar: Dependendo do cargo, até que pediatra ganha bem em Curitiba. Pena que o que mais ganha não está disponível para atender as criancinhas curitibanas.
Que cara de pau. Colegas assim não merecem ser chamados de colegas. Péssimo gestor. Daqui a pouco contrata a secretária de saúde do Acre para dar aulas de ética em curitiba.
ResponderExcluir