URSO (MPF) EM AÇÃO CAUSA DANOS À SOCIEDADE: APÓS PROCURADOR PERSEGUIR MÉDICOS DE PRESÍDIOS, DIRETOR DA POLÍCIA PERDE CENTENAS DE POLICIAIS EM ESCOLTAS PARA O SUS.

Sem médicos, PMs escoltam presos para hospitais
160 escoltas de presos por dia são realizadas pela polícia militar para que eles recebam atendimentos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS)


Agência Estado | 12/08/2012 15:40:42

A falta de médicos no sistema penitenciário obriga a Polícia Militar a fazer 160 escoltas de presos por dia para que eles recebam atendimentos de saúde em hospitais públicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, foram feitas 4.897 escoltas mensais pela PM para levar os presos para hospitais. A média este ano continua elevada, com 4.814 escoltas mensais.

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Os dados são da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que respondeu em junho a um questionário feito pela Conectas Direitos Humanos a respeito do atendimento à saúde. Nas respostas, o secretário Lourival Gomes diz ainda que existem três ginecologistas trabalhando 20 horas semanais para atender quase 12 mil mulheres. "Para quem visita os presídios e os centros de detenção provisória é possível constatar que a realidade é ainda pior. Faltam médicos e remédios", diz o advogado Rafael Custódio, coordenador de Justiça da Conectas.

A situação piorou depois de dezembro do ano passado, quando o procurador Regional dos Direitos dos Cidadãos, Jefferson Aparecido Dias, juntou seus alunos de Direito para investigar a assiduidade dos médicos contratados pela SAP nos presídios. Os estudantes ligaram para o consultório particular de 176 médicos para marcar consultas em horário que esses profissionais deveriam dar plantão no sistema penitenciário. Conseguiram sucesso em 48% dos casos.

Essa medida levou a uma instalação de processos administrativos por parte da corregedoria da SAP e levou profissionais a pedirem afastamento do cargo. "Hoje a situação é ainda pior. Para fazer atendimentos à saúde, boa parte dos casos precisa ser levada aos hospitais locais. Muitas vezes, por falta de viaturas e policiais, não há disponibilidade de escolta e os presos não são atendidos", diz o procurador.

Atualmente o sistema penitenciário possui 140 médicos. Para completar o quadro, a SAP abriu concurso público e pretende contratar 308 profissionais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nota do BLOG: A situação ficou pior, senhor Procurador? Não diga.... Que procurador da república inteligente, não? Resolve fazer graça perseguindo médicos, os poucos que ainda se dispõe a trabalhar em presídios com os salários baixos e condições insalubres existentes e ao invés de chamar os colegas e resolver administrativamente o problema de horários, que durante décadas foi tolerado pelo próprio governo, resolve perseguir e abrir Processo contra eles e poupar o governo, pois como todo Ministério Público Federal que se preze eles só atacam os servidores, os peixinhos, jamais os governadores e seus secretários. Por isso são os URSOS, pois só comem peixe pequeno.

Surpresa, Sr. Procurador!!! Todos os médicos pediram demissão, senhor Procurador!!! E a Polícia ficou sem médico pra cuidar dos presos... O resultado dessa brilhante medida foi a perda diária de centenas de policiais em escoltas de presos, superlotação do SUS (só quem já trabalhou em PS sabe o transtorno que é um preso chegar, vale por 20 doentes) e o gasto de milhões nesse transporte e escolta.

O prudente procurador, que resolveu fazer graça com seus estudantes de direito, causou um enorme transtorno ao Departamento de Polícia, que agora diz que vai contratar médico por concurso. 

Depois de saberem que o MP fica fazendo gracinha com seus estudantes, adivinhem quantos médicos vão aceitar fazer e assumir esse concurso, ainda mais com o brilhante salário que é pago?

Reparem que no fim o procurador que quis aparecer para seus alunos diz que "AGORA A SITUAÇÂO FICOU PIOR". É claro, pior para os presos que estão sem atendimento médico. Ao invés de punir o Governo que tolerava o descumprimento de horário, mais uma vez o MP cinicamente cai em cima dos servidores médicos e ao invés de entender a necessidade social deles e resolver o problema através de um acordo, TAC, o que for, resolveu distribuir pauladas e acabou com uma bomba na mão.

Com uma medida apenas ele conseguiu ferrar os presos e suas famílias, que estão sem médicos, a Polícia, que perde homens que deveriam estar em combate nas ruas para fazer escolta, perde o Governo com gastos de remoções, perde a sociedade pela falta desses policiais, perde a saúde pública pela provável explosão de doenças como tuberculose em presídios, só não perde o procurador, que vai continuar ganhando do Estado para fazer esse tipo de procedimento e da faculdade onde fez a graça. 

Aliás, que horário mesmo é que o procurador deu essa aula? O Currículo Lattes do Procurador mostra uma rica atividade acadêmica.