PROBLEMAS DA CARREIRA EM TÓPICOS

1) SALÁRIO

Salário congelado há 4 anos com perdas inflacionárias acumulando 33% em 2012 com perspectiva de perdas de 45% até 2014.

Nonagésima carreira em vencimentos num ranking que vai até 107

Metade do salário vinculada a uma gratificação imoral e ilícita que está congelada há 4 anos.

2) GESTÃO

Boicote à carreira médica por setores conservadores do INSS que não nos querem em cargos de gestão.

Ausência de médicos comandando o processo de gestão de benefícios por incapacidade.

Ignorância administrativa sobre a medicina, ato médico e ato médico pericial levando a equivocos e gestão temerária da perícia nas gerências.

Desestímulo à participação do médico nos processos decisórios, relegando o profissional mais qualificado e estudado a funções burocráticas e tarefeiras e deixando pessoas sem preparo para comandar o processo.

Indecisão governamental sobre que tipo de profissional quer e que tipo de carreira é necessária ao país.

Ausência de hierarquia médica completa de cabo a rabo, do iniciante ao diretor médico federal. Diversas chefias administrativas se metendo em assunto médico.

3) ESTRUTURA

Nenhuma APS do País tem o layout adequado para realização de perícias médicas. A maioria inclusive funciona em prédios condenados, sem habite-se ou sem a mínima estrutura física.

Sistemas corporativos vulneráveis, não confiáveis, que limitam a feitura do ato médico e se preocupam mais em "medir" o tempo de trabalho que permitir um trabalho bem executado. Sistemas cegos, que não apresentam números confiáveis e são conflitantes entre si.

Ausência de segurança física e apoio institucional em casos de coação, ameaça ou agressão. Estímulo a agressão de servidores médicos por parte de profissionais (?) administrativos, muitos em funções de chefias, amplamente já denunciado neste blog.

4) CARGA HORÁRIA

Carga horária incompatível com a insalubridade do emprego, com pouca flexibilidade e com controle muito lábil dependendo de onde o perito se encontra.

Sistemas corporativos que são ineficazes em medir e apurar o real tempo exercido em trabalho

Injustiça com profissionais que trabalham em cargas horárias distintas (6, 8h) e recebem o mesmo salário.

5) DESPRESTÍGIO ENTRE OS MÉDICOS

Profissão vista com maus olhos pela sociedade médica. Preconceito e desconhecimento alimentados pelo caos gerencial do INSS.

50% dos inscritos no último concurso sequer compareceram à prova. Dos aprovados, 2/3 dos chamados sequer assumiram ou pediram exoneração com poucos dias de emprego.

Exonerômetro bombando. Perdas de 1.500 profissionais em 4 anos com taxa de aceleração de perdas aumentando nos últimos meses. Perda de 1,5 perito por dia (incluindo feriados e finais de semana).

Frustração coletiva por sermos relegados a meros "enxugadores de gelo". Frustração por sabermos o que fazer, como fazer e quando fazer mas sermos impedidos de executar essas funções por chefias leigas e ignorantes.

6) DESRESPEITO INSTITUCIONAL CONTRA OS MÉDICOS

Ataques institucionais contra os poucos peritos que ainda insistem em trabalhar para o INSS em especial em áreas caóticas como o Sul.

Desrespeito do RH que toda hora, na maioria das GEx, dificulta, persegue e nega direitos básicos aos peritos, dá calote em salário e insalubridades, distorce ordens de Brasília e não dão direito a nenhum benefício previsto em lei que dependa da "vontade da instituição".

Proibem e dificultam a ida de médicos para congressos da especialidade ou para fazerem horário especial em virtude de projetos de mestrado e doutorado que poderiam ajudar ao INSS, mas autorizam qualquer administrativo a viajar e fazer "cursos" de inglês, português e demais itens que não ajudarão a autarquia em absolutamente nada.

Sequer se lembram das formalidades aos médicos como parabenizar pelo dia 18 de outubro, lembrar dos médicos em sites internos ou lamentar eventos adversos ocorridos a médicos. É mais fácil o porteiro de um edifício do INSS ser lembrado pelo seu óbito no site institucional que um perito ser lembrado pelo seu falecimento.

Mentiras diárias ao cidadão no balcão de atendimento culpando o perito por problemas administrativos ou institucionais.

7) DESCONTROLE GENERALIZADO

Nenhuma preocupação em combater fraudes e demais desvios contra o erário público, dificultam a vida do perito em muitos casos bloqueando acesso a sites de pesquisa ou até mesmo qualquer acesso à internet, combatem peritos que querem pesquisar dados administrativos e/ou que o processo do benefício siga as regras legais no Brasil.

Excesso de preocupação em vigiar o perito (11 sistemas de controle, e nenhum funciona bem pelo visto) e nenhuma preocupação em levar adiante projetos de qualificação de perícias ou combate a perícias malfeitas.

Prática generalizada de crime de advocacia administrativa por parte de servidores, ou seja, em tomar e partido e defender interesse privado de algum cidadão independente de razão quando o servidor deveria de fato tomar partido pelo cumprimento da lei como forma de defender o cidadão honesto e com direitos.