Do G1- http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/08/paulistanos-sao-pegos-de-surpresa-por-greve-do-inss.html
Quem tinha consulta marcada ou precisava de atendimento em agências do INSS nesta quarta-feira (15), em São Paulo, foi pego de surpresa pela paralisação de 24 horas realizada por servidores públicos. Pelo menos 50 agências em todo o estado não abriram ou atendiam parcialmente, nesta manhã, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência de São Paulo (Sinsprev).
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Servidores do INSS fazem paralisação em São Paulo
Em uma agência do INSS no Centro da capital, paulistanos se depararam com portões fechados e falta de informação. Seguranças não respondiam aos questionamentos e dúvidas sobre as consultas que já estavam agendadas. Apenas uma faixa informava sobre a greve. “É um descaso. Acho justo que eles reivindiquem seus direitos, mas sem esquecer os nossos direitos”, diz Lucineide Santos Moreira, 51 anos, que tinha consulta marcada para perícia.
Pelo menos 50 agências do INSS não abriram no
estado(Foto: Fabiano Correia/G1)
O metalúrgico Marcos Tenório, 42 anos, enfrenta uma situação ainda mais complicada. Ele está afastado do trabalho há mais de um ano e enfrenta problemas de hérnia de disco, artrose na coluna e no quadril. Para chegar ao INSS nesta quarta, saiu de casa antes das 6h e enfrentou transporte público lotado. “Preciso desse relatório médico para sobreviver, e aqui ninguém nos atende. Mandaram que voltássemos amanhã, mas ninguém pensa no transtorno e no gasto que tivemos para vir até aqui hoje. Isso é um desrespeito. A gente não fica doente porque quer”, afirma.
Na agência do INSS da Avenida Ataliba Leonel, na Zona Norte de São Paulo, apenas perícias agendadas estavam sendo atendidas nesta manhã. Helena Cristóvão da Silva, de 65 anos, perdeu a viagem. Ela foi ao posto para dar continuidade a seu processo de pedido de aposentadoria, mas foi orientada a voltar na quinta-feira (16). “Eles protestam, mas nós é que saímos prejudicados. Eu vou ter que perder mais uma manhã para voltar, isso se eles não estiverem ainda em greve na quinta-feira”, diz ao G1.
Já o vendedor Dirceu Messias, 53 anos, esperava ser atendido ainda nesta quarta. Ele marcou uma perícia médica há mais de dois meses e espera a consulta para poder voltar ao trabalho, de onde está afastado e sem receber há quatro meses. “Preciso passar pela perícia para poder receber. Precisei passar por uma cirurgia nos olhos em maio e a consulta foi marcada para hoje. Além da demora para o agendamento, agora precisamos ficar aqui esperando. É um transtorno, mas me disseram que serei atendido.”
Paulistanos com consultas marcadas foram pegos
de surpresa por greve (Foto: Nathália Duarte/G1)
Paralisação
A paralisação em São Paulo foi decidida em assembleia dos servidores na segunda-feira (13). De acordo com o Sinsprev, um ofício deve ser protocolado junto à Superintendência do INSS em São Paulo ainda nesta quarta-feira para reiterar a pauta de reivindicações da categoria. Servidores também deverão participar do ato público unificado dos servidores federais, em frente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), às 14h.
A paralisação foi confirmada pelos sindicatos da categoria também no Rio Grande do Norte. No Pará, onde será feriado, a paralisação deve acontecer na quinta-feira .
Desde o início deste mês, servidores de órgãos públicos federais realizam protestos e paralisações em todo o país pedindo melhores condições de trabalho e reajuste salarial. O Ministério do Planejamento deve retomar as negociações com servidores federais em greve em uma tentativa de acabar com as paralisações que têm provocado transtornos em vários setores.
Com a paralisação dos servidores do INSS, serviços como perícias e consultas médicas podem ser afetados. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), porém, afirma que 30% dos trabalhadores permanecerão trabalhando, conforme disposto em lei. As consultas que não forem realizadas no dia serão remarcadas para outras datas.
Os trabalhadores do INSS reivindicam reajuste emergencial de 22,08% e jornada de 30h para todos os servidores – hoje, segundo o sindicato paulista, cerca de 60% dos servidores fazem jornadas de 30h e os demais fazem de 40h, com o mesmo salário. Eles pedem ainda incorporação da gratificação por produtividade, adicional por qualificação para os servidores e paridade entre servidores ativos e aposentados.
estado(Foto: Fabiano Correia/G1)
O metalúrgico Marcos Tenório, 42 anos, enfrenta uma situação ainda mais complicada. Ele está afastado do trabalho há mais de um ano e enfrenta problemas de hérnia de disco, artrose na coluna e no quadril. Para chegar ao INSS nesta quarta, saiu de casa antes das 6h e enfrentou transporte público lotado. “Preciso desse relatório médico para sobreviver, e aqui ninguém nos atende. Mandaram que voltássemos amanhã, mas ninguém pensa no transtorno e no gasto que tivemos para vir até aqui hoje. Isso é um desrespeito. A gente não fica doente porque quer”, afirma.
Na agência do INSS da Avenida Ataliba Leonel, na Zona Norte de São Paulo, apenas perícias agendadas estavam sendo atendidas nesta manhã. Helena Cristóvão da Silva, de 65 anos, perdeu a viagem. Ela foi ao posto para dar continuidade a seu processo de pedido de aposentadoria, mas foi orientada a voltar na quinta-feira (16). “Eles protestam, mas nós é que saímos prejudicados. Eu vou ter que perder mais uma manhã para voltar, isso se eles não estiverem ainda em greve na quinta-feira”, diz ao G1.
Já o vendedor Dirceu Messias, 53 anos, esperava ser atendido ainda nesta quarta. Ele marcou uma perícia médica há mais de dois meses e espera a consulta para poder voltar ao trabalho, de onde está afastado e sem receber há quatro meses. “Preciso passar pela perícia para poder receber. Precisei passar por uma cirurgia nos olhos em maio e a consulta foi marcada para hoje. Além da demora para o agendamento, agora precisamos ficar aqui esperando. É um transtorno, mas me disseram que serei atendido.”
Paulistanos com consultas marcadas foram pegos
de surpresa por greve (Foto: Nathália Duarte/G1)
Paralisação
A paralisação em São Paulo foi decidida em assembleia dos servidores na segunda-feira (13). De acordo com o Sinsprev, um ofício deve ser protocolado junto à Superintendência do INSS em São Paulo ainda nesta quarta-feira para reiterar a pauta de reivindicações da categoria. Servidores também deverão participar do ato público unificado dos servidores federais, em frente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), às 14h.
A paralisação foi confirmada pelos sindicatos da categoria também no Rio Grande do Norte. No Pará, onde será feriado, a paralisação deve acontecer na quinta-feira .
Desde o início deste mês, servidores de órgãos públicos federais realizam protestos e paralisações em todo o país pedindo melhores condições de trabalho e reajuste salarial. O Ministério do Planejamento deve retomar as negociações com servidores federais em greve em uma tentativa de acabar com as paralisações que têm provocado transtornos em vários setores.
Com a paralisação dos servidores do INSS, serviços como perícias e consultas médicas podem ser afetados. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), porém, afirma que 30% dos trabalhadores permanecerão trabalhando, conforme disposto em lei. As consultas que não forem realizadas no dia serão remarcadas para outras datas.
Os trabalhadores do INSS reivindicam reajuste emergencial de 22,08% e jornada de 30h para todos os servidores – hoje, segundo o sindicato paulista, cerca de 60% dos servidores fazem jornadas de 30h e os demais fazem de 40h, com o mesmo salário. Eles pedem ainda incorporação da gratificação por produtividade, adicional por qualificação para os servidores e paridade entre servidores ativos e aposentados.
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