A ação de hoje do Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador - FSST/CUT-RS foi um desastre do início ao fim. Mantendo vícios ainda não trabalhados de tratar a classe médica como "burguesa", os sindicalistas do FSST invadiram hoje a maior APS do Sul do País para um protesto contra as mazelas institucionais do INSS que quase acabou em violência física.
Com isso as perícias agendadas tiveram que, obviamente, ser suspensas pois como se espera atendimento no clima de pânico instalado por pessoas gritando e causando confusão dentro de uma repartição? Pessoas que estavam há meses aguardando uma perícia e que foram vítimas de "fogo amigo" do próprio Fórum que diz protegê-las.
Além disso, o mote do protesto foi equivocado pois a culpa do sistema desumano do INSS não é do servidor previdenciário, seja médico ou administrativo, é da Gestão do INSS que não monta infra-estrutura, que precariza o processo administrativo, que trata tudo na informalidade, que persegue e boicota a própria perícia por picuinhas internas, que confunde e dissimula trabalhador e judiciário com factóides como "atestado médico eletrônico" e "tabelão de afastamento ou novo modelo".
A culpa, caros líderes do FSST, é do INSS que impõe agendamento ridículo de 20/20 minutos para perícia médica enquanto dá 60 minutos para qualquer outra atividade, que limita o ato médico pericial a um programa de computador transformando o ato médico em um ato mecânico e burocrático, que trata os segurados como boiada e perícia como linha de montagem.
O protesto escorregou para a ignorância absoluta ao dizer que os peritos não devem "desconfiar" dos trabalhadores. Ora, mas a função do perito é justamente essa. O perito desconfia por natureza. Não por achar que na frente dele tem um bandido e sim porque é PAGO para questionar e verificar se as provas trazidas pelo cidadão são verídicas e justificam a alegação de incapacidade. É PARA ISSO que o INSS contrata peritos e não médicos assistentes.
Os sindicalistas confundem medicina assistencial com perícia médica, em ato de preconceito típico da era pós-foucaultiniana chamam uma perícia de "humilhação" como se não fosse dever do cidadão provar o que alega, falam em "humanização" sem ao menos saber o que significa esse termo.
Desconfiar não é ofender. Ofender é fazer o que a FSST fez hoje na APS BI Porto Alegre.
É dever do perito questionar. Questionar, duvidar, é um ato de profissão. Quem se sente "humilhado" ao ser questionado é porque ainda não virou adulto e vive na ilha da fantasia achando que felicidade é um direito que deve ser dado e não conquistado. Nós, peritos, somos vítimas da "tentação da inocência", da infantilização das relações e da vitimização dos que por algum motivo não estão no patamar que a sociedade exige deles.
O preconceito arraigado dos sindicalistas é tamanho que os cega e os fazem poupar de críticas os gestores do INSS, esses sim responsáveis pelo caos no INSS no RS, e acabam mirando os próprios servidores como os responsáveis pelo atendimento ruim do INSS. Ou seja, a CUT-RS faz o jogo sujo do patrão e os poupa de ataques e ataca os próprios trabalhadores a quem dizem representar.
Aumentado o campo de distorção da realidade, culpam os peritos por coisas que os próprios peritos são contra, como o "tabelão de afastamento", a "perícia sem perito" e demais factóides criados pelo INSS para enganar o MP, DPU e o Judiciário gaúcho.
Por fim, tentam se desresponsabilizar do caos que provocaram na vida dos periciados que não puderam ser atendidos criticando a única medida sensata a se fazer quando um ambiente médico é invadido pela balbúrdia, ou seja, interromper os exames e proteger médicos e segurados, muitos doentes e proibidos de presenciar tamanho estresse.
Além disso cometeram possíveis delitos ao invadir uma repartição pública e interromper seu funcionamento. E vou além, diante de tamanho estresse, não me surpreenderei com afastamentos de peritos nos próximos dias, agravando ainda mais a situação dos segurados.
Como reclamam do excesso de segurança que os peritos exigem se somos vítimas diariamente de agressões e atos como esse? Onde está a FSST para checar a situação dos TRABALHADORES DO INSS? Somos ou não trabalhadores, afinal de contas?
Se querem cobrar alguma coisa nessa reunião "fake" conseguida para "abafar" o protesto com o presidente do INSS, cobrem dele as medidas para tornar a carreira médica pericial atrativa, cobrem dele os 20 minutos destinados à perícia, cobrem dele o SABI, as APS pútridas e iregulares, o boicote à carreira pericial.
O que queriam os sindicalistas? Se era proteger os trabalhadores a ação foi um rotundo fracasso. Se era para aparecer, contudo, foi um sucesso. Mas da próxima vez sugiro pendurar melancias no pescoço. Pelo menos assim não haverá a necessidade de se remarcar perícias de quem já é vítima do maior tempo de espera do país.
Para saber mais: http://cutrs.org.br/protesto-contra-tratamento-desumano-nas-pericias-do-inss/
Notícia SIMERS: http://www.simers.org.br/simers-denuncia-coacao-contra-medicos-peritos-do-inss-na-capital-noticias-3632.html
Com isso as perícias agendadas tiveram que, obviamente, ser suspensas pois como se espera atendimento no clima de pânico instalado por pessoas gritando e causando confusão dentro de uma repartição? Pessoas que estavam há meses aguardando uma perícia e que foram vítimas de "fogo amigo" do próprio Fórum que diz protegê-las.
Além disso, o mote do protesto foi equivocado pois a culpa do sistema desumano do INSS não é do servidor previdenciário, seja médico ou administrativo, é da Gestão do INSS que não monta infra-estrutura, que precariza o processo administrativo, que trata tudo na informalidade, que persegue e boicota a própria perícia por picuinhas internas, que confunde e dissimula trabalhador e judiciário com factóides como "atestado médico eletrônico" e "tabelão de afastamento ou novo modelo".
A culpa, caros líderes do FSST, é do INSS que impõe agendamento ridículo de 20/20 minutos para perícia médica enquanto dá 60 minutos para qualquer outra atividade, que limita o ato médico pericial a um programa de computador transformando o ato médico em um ato mecânico e burocrático, que trata os segurados como boiada e perícia como linha de montagem.
O protesto escorregou para a ignorância absoluta ao dizer que os peritos não devem "desconfiar" dos trabalhadores. Ora, mas a função do perito é justamente essa. O perito desconfia por natureza. Não por achar que na frente dele tem um bandido e sim porque é PAGO para questionar e verificar se as provas trazidas pelo cidadão são verídicas e justificam a alegação de incapacidade. É PARA ISSO que o INSS contrata peritos e não médicos assistentes.
Os sindicalistas confundem medicina assistencial com perícia médica, em ato de preconceito típico da era pós-foucaultiniana chamam uma perícia de "humilhação" como se não fosse dever do cidadão provar o que alega, falam em "humanização" sem ao menos saber o que significa esse termo.
Desconfiar não é ofender. Ofender é fazer o que a FSST fez hoje na APS BI Porto Alegre.
É dever do perito questionar. Questionar, duvidar, é um ato de profissão. Quem se sente "humilhado" ao ser questionado é porque ainda não virou adulto e vive na ilha da fantasia achando que felicidade é um direito que deve ser dado e não conquistado. Nós, peritos, somos vítimas da "tentação da inocência", da infantilização das relações e da vitimização dos que por algum motivo não estão no patamar que a sociedade exige deles.
O preconceito arraigado dos sindicalistas é tamanho que os cega e os fazem poupar de críticas os gestores do INSS, esses sim responsáveis pelo caos no INSS no RS, e acabam mirando os próprios servidores como os responsáveis pelo atendimento ruim do INSS. Ou seja, a CUT-RS faz o jogo sujo do patrão e os poupa de ataques e ataca os próprios trabalhadores a quem dizem representar.
Aumentado o campo de distorção da realidade, culpam os peritos por coisas que os próprios peritos são contra, como o "tabelão de afastamento", a "perícia sem perito" e demais factóides criados pelo INSS para enganar o MP, DPU e o Judiciário gaúcho.
Por fim, tentam se desresponsabilizar do caos que provocaram na vida dos periciados que não puderam ser atendidos criticando a única medida sensata a se fazer quando um ambiente médico é invadido pela balbúrdia, ou seja, interromper os exames e proteger médicos e segurados, muitos doentes e proibidos de presenciar tamanho estresse.
Além disso cometeram possíveis delitos ao invadir uma repartição pública e interromper seu funcionamento. E vou além, diante de tamanho estresse, não me surpreenderei com afastamentos de peritos nos próximos dias, agravando ainda mais a situação dos segurados.
Como reclamam do excesso de segurança que os peritos exigem se somos vítimas diariamente de agressões e atos como esse? Onde está a FSST para checar a situação dos TRABALHADORES DO INSS? Somos ou não trabalhadores, afinal de contas?
Se querem cobrar alguma coisa nessa reunião "fake" conseguida para "abafar" o protesto com o presidente do INSS, cobrem dele as medidas para tornar a carreira médica pericial atrativa, cobrem dele os 20 minutos destinados à perícia, cobrem dele o SABI, as APS pútridas e iregulares, o boicote à carreira pericial.
O que queriam os sindicalistas? Se era proteger os trabalhadores a ação foi um rotundo fracasso. Se era para aparecer, contudo, foi um sucesso. Mas da próxima vez sugiro pendurar melancias no pescoço. Pelo menos assim não haverá a necessidade de se remarcar perícias de quem já é vítima do maior tempo de espera do país.
Para saber mais: http://cutrs.org.br/protesto-contra-tratamento-desumano-nas-pericias-do-inss/
Notícia SIMERS: http://www.simers.org.br/simers-denuncia-coacao-contra-medicos-peritos-do-inss-na-capital-noticias-3632.html
Ouso explicar. A mensagem sub-liminar é a seguinte:
ResponderExcluir"Povo gaúcho, o Governo lhes dá tudo, mas esses desumanos, por ruindade pura, negam. Continuem votando nos candidatos do Governo".