07/08/2012 | N° 3214
PREVIDÊNCIA
Novas denúncias
Justiça pediu afastamento de dois servidores do INSS
A Superintendente Regional Sul do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Eliane Luzia Schmidt, esteve ontem em Santa Maria. Um dos motivos da viagem seria o susposto envolvimento de funcionários da agência local em irregulares. São novas denúncias envolvendo a agência local, visto que, há dois meses, a Polícia Federal (PF) havia deflagrado a Operação Alimenta – que investiga dois médicos, donos de uma assessoria médica privada, suspeitos de fraudar informações de empresas de seus clientes.
Há cerca de 10 dias, a Justiça Federal decidiu pelo afastamento de dois servidores da agência. A medida, que tem caráter liminar, também determina o bloqueio de bens dos suspeitos.
Os afastados são a chefe do setor de perícias, Isabel Cristina Cargnelutti Rossato, e o gerente executivo, Adelar Vicente Rodrigues Escobar, suspeitos de improbidade administrativa. Eles estariam envolvidos em suposta fraude que teria lesado o INSS. Isabel também é apontada como a cabeça do esquema desmontado pela Operação Alimenta (veja quadro). Escobar, porém, não teria ligação com a Operação Alimenta.
A nova ação foi resultado de mais de um ano de investigações do Ministério Público Federal (MPF), que recebeu denúncias de que os 19 médicos peritos da agência local do INSS não cumpririam integralmente sua jornada de trabalho (cuja carga horária varia entre 20 e 45 horas). Após solicitação de informações, como do ponto eletrônico, o procurador do MPF Rafael Miron cruzou dados, que apontaram irregularidades.
Consta como exemplo o fato de a chefia ter informado ao sistema que uma perita havia trabalhado das 7h às 13h e das 14h às 16h, totalizando 8 horas por dia, quando o ponto registrado marcava que ela trabalhara entre 11h23min e 17h17min, sem intervalos, totalizando 5h54min de jornada.
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