12 de julho de 2012
O Conselho Regional de Medicina recebe pelo menos uma denúncia por dia, que vira sindicância. Este ano o Cremers já abriu 24 processos éticos e apura mais 228 sindicâncias, abertas a partir de denúncias de outros médicos, de pacientes ou do Ministério Público. Destes processos em andamento, em sete são investigados indícios de erro médico, número que o Cremers considera baixo.
No ano passado foram 56 casos. A média dos últimos cinco anos mostra que de 10 a 15% das sindicâncias resultam em processos. O caso da colocação de um pino na perna errada de uma senhora, em Novo Hamburgo, na semana passada, e um transplante realizado por engano no hospital de clínicas de Porto Alegre, em maio, estão sendo apurados.
A estudante Jéssica Vinhola, de 18 anos, voltou a trabalhar há dois dias, após ter recebido uma córnea nova no olho que não precisava. Ela tinha que corrigir o olho esquerdo, mas os médicos fizeram a cirurgia no direito. Em junho, realizaram a operação no olho com problemas, mas o transtorno foi suficiente para que ela perdesse o semestre na faculdade de direito e tivesse a vida "bagunçada", como menciona a mãe, Simone Vinhola.
As sindicâncias demoram pelo menos dois meses para serem concluídas, já o processo pode levar dois anos. Desde 95, seis médicos foram cassados pelo Cremers. Eles podem também ser punidos de outras formas, como com advertência, censura e suspensão.
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