Não é admissível a criação de casas de parto ou partos em casa.
Primeiro, porque criam-se duas castas sociais, o que a Constituição Federal veda ao dispor que todos são iguais e tem direitos iguais em relação à saúde.
Não existem suseranos e vassalos, segundo sentenciou uma Juíza aqui do Acre ao fundamentar sua decisão de proibir que médicos sem CRM atendessem a população mais pobre e desinformada.
É uma sacanagem, na verdade é um crime que usa de oportunismo, falácias, sofismas e regado a muito recalque, ignorância e irresponsabilidade.
A população mais pobre - que é para quem será vendida esta falácia - é a mais indefesa e vulnerável de todas, simplesmente porque não tem opção ou voz para poder dizer não, é frágil em todos os aspectos e está preocupada com a sobrevivência.
Portanto, é, além disto, uma covardia vender esta idéia para quem não tem como recusá-la.É a tentativa de vender um crime.
É crime porque o parto não é um momento fotográfico, mas um processo dinâmico, que dura cerca de 10 horas desde o início das primeiras contrações produtivas e deve ser monitorado a cada minuto por uma equipe onde cada um tem seu valor e seu papel, mas só o médico tem a visão holística e global do paciente por formação acadêmica nesta seara, o aprofundamento do conhecimento suficiente e, sobretudo, a prerrogativa - que é vedada às outras profissões em saúde - de intervir invasivamente ou não, cirúrgicamente ou não, para indicar e fazer exames na hora em que estes forem necessários.
E quem é que vai fazer o diagnóstico de um anel de Bandl, na iminência de uma ruptura uterina, ou de uma DIP tipo 2 ou 3, por exemplo?
O problema destas casas de parto é que são quase como jogar na loteria ou apostar no mais provável, ou torcer que tudo dê certo, objetivando, no fundo e na raiz, economizar recursos e isolar o médico do atendimento, como que dizendo que de médico e louco todos fazem um pouco.Sim, um pouco.Saúde boa custa caro!
Sem o médico não há garantia de maior segurança em um parto.O que acontece do ponto de vista prático nestas casas é que quando as coisas complicarem, só aí, com um atraso tremendo, é que vão levar estas parturientes para o hospital onde tem médicos.
Se o médico estivesse acompanhando desde o início, o problema já teria sido diagnosticado e detectado antes e a intervenção já teria sido tomada ali e na hora dentro do próprio hospital - que tem toda estrutura para fazer uam cesariana, se for o caso.
O grande problema é que não dá para saber de antemão quais casos perfazerão os 90% (em uma situação de perfeição idealística) que evoluirão para parto normal.
Se fosse possível saber com 100% de certeza quais partos não complicarão ou não necessitarão de cesariana, estaria tudo resolvido.Se houvesse uma máquina do tempo que possibilitasse discernir quais partos seriam descomplicados no futuro e permitisse depois retroceder no tempo, estaria tudo resolvido. Mas, hodiernamente, ainda não foram inventados espelhos retrovisores do tempo; apenas do espaço.
Se fosse possível saber com 100% de certeza quais partos não complicarão ou não necessitarão de cesariana, estaria tudo resolvido.Se houvesse uma máquina do tempo que possibilitasse discernir quais partos seriam descomplicados no futuro e permitisse depois retroceder no tempo, estaria tudo resolvido. Mas, hodiernamente, ainda não foram inventados espelhos retrovisores do tempo; apenas do espaço.
Não podemos tratar o ser humano como estatística global e admitir que seja admissível uma taxa de negligência, imprudência ou imperícia, "para o bem da saúde pública".Neste caso os fins não justificam os meios jamais.
O problema é que todo parto é imprevisível potencialmente e não há garantias absolutas de nada.Aos 45 minutos do segundo tempo podem acontecer problemas em qualquer parto, por melhor que seja a aparência de sua "cara".
Estes 10% (no mínimo do mínimo ideal) de cesáreas são inseparáveis dos outros 90% e só se saberá quem estará fora de risco após transcorrido todo o trajeto da maratona.É como se fosse uma roleta russa em uma arma com dez balas.
Alguém que defende tal discurso se habilitaria a botar a cabeça nesta roleta?E botar a cabeça de um filho, então?E botar a própria cabeça e mais a do filho, que tal?Quem defende isto não deve ter filho ou não tem sentimento de amor ao próximo.
O problema é que todo parto é imprevisível potencialmente e não há garantias absolutas de nada.Aos 45 minutos do segundo tempo podem acontecer problemas em qualquer parto, por melhor que seja a aparência de sua "cara".
Estes 10% (no mínimo do mínimo ideal) de cesáreas são inseparáveis dos outros 90% e só se saberá quem estará fora de risco após transcorrido todo o trajeto da maratona.É como se fosse uma roleta russa em uma arma com dez balas.
Alguém que defende tal discurso se habilitaria a botar a cabeça nesta roleta?E botar a cabeça de um filho, então?E botar a própria cabeça e mais a do filho, que tal?Quem defende isto não deve ter filho ou não tem sentimento de amor ao próximo.
No final, as estatísticas de erros ou de complicações de partos em casas torna-se quase zero, já que as parturientes serão levadas para morrer ou para produzir recém nascidos deficientes para o resto da vida nos hospitais, aumentando os índices de insucesso e de partos complicados no hospital, além das mortes fetais e neonatais, as morbidades hospitalares, aumentando os custos com internação, com absenteísmo, com medicações e com gastos previdenciários por consequência.
No final, ainda arrisca culparem o médico pelo desfecho mal sucedido de milhares de casos.Bode expiatório pefeito de um malabarismo engodoso.Este sistema de partos em casas só daria certo se Mateus embalasse o filho que pariu e se as enfermeiras assumissem do início ao fim todos os atos e condutas, sendo proibidas de encaminhar os casos graves quando der "pepino".
Então, façam assim: construam uma casa cercada do mundo e longe de qualquer hospital, sem ambulância para socorrer e sem médicos.E resolvam os problemas do início ao fim.E assumam a maternidade do filho morto ou paralítico cerebral quando estes nascerem.A maioria pode nascer bem?Pode, sim! Talvez mais de 50%!Mas, e os outros 50%?
Só vou acreditar neste discurso quando agirem da forma que eu falei e deixarem livremente à escolha da população o que preferirem.Para onde acham que a população vai querer ir?Ah, e só vou acreditar na autenticidade deste discurso quando puserem seus filhos e netos para nascerem sob estas condições.
Lembro que uma ativista americana que liderava o movimento do parto domiciliar morreu adivinha do que?? Complicacao no parto onde nao deu tempo de levarem ela ao hospital, ja tinha morrido!
ResponderExcluirLembro que uma das lideres do movimento do parto domiciliar nos EUA morreu justamente por complicacoes no parto feito em casa! Mulher jovem e que poderia ter sido prontamente atendida e poderia estar hoje com seu filho em casa!
ResponderExcluirVejam este link:
ResponderExcluirhttp://www.estadao.com.br/noticias/impresso,ativista-de-parto-em-casa-morre-ao-dar-a-luz-,830352,0.htm
Aqui, a ativista era australiana...
Pensa que parir é igual a "numero 2"? É não! Complicou e se deu mal! Quando acordou já tava longe, lá na cidade "dos Pés Juntos"!
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