Dentre as medidas elencadas temos desde ordens genéricas como "priorizar o direcionamento das atividades médico-periciais para o atendimento de perícias médicas na agenda SABI (que perícias? Ax1, PP, OI76, Revisão de LI?)" sem estipular quantitativo de peritos nesse tipo de atendimento a medidas mais concretas como abrir vagas de Ax1 nas agendas novas E, para nossa tristeza, a suspensão "temporária" das reuniões técnicas dos peritos enquanto durar o Plano de Ação
Aqui temos alguns pontos a debater:
a) Ao não combater a causa da explosão de filas tais como esvaziamento do quadro pericial por carreira não atrativa, má utilização do quadro ainda restante, explosão de PP na vigência da DCA (vide caso Lages), permissão de agendamento infinito de perícias (memo 42/2009) e demais medidas que caracterizam a MÁ GESTÃO DO INSS o que ocorrerá é que esse plano de "emergência" será "eterno" pois nunca resolverá o problema da fila, uma vez que a situação que gerou a mesma não é temporária e sim fixa e presente há anos.
b) Em sendo assim, podemos pressupor que nunca mais haverá reunião técnica entre os peritos pois a fila não vai diminuir e se hipoteticamente diminuir nunca poderão trancar a agenda pra reunião pois isso acarretará "aumento da fila" novamente.
c) O INSS mais uma vez acha que, para tapar a sua péssima gestão do benefício por incapacidade, basta fazer uma mera conta de número de peritos x agendas/DIA como se medicina fosse matemática e como se isso fosse resolver as causas fundamentais do excesso de marcação e remarcação. Isso chega a ser patético e prova quão primário é o entendimento dos gestores sobre o assunto em tela.
d) Inibir a educação continuada e o desenvolvimento do perito é o primeiro passo para a não-solução do problema. O resultado será lamentável mesmo que algum impacto tenha no TMEA-PM que, considerando que a demanda não diminuiu e que o quadro pericial se esvazia à razão de 1 perito/dia, fará com que o plano de emergência seja um plano sem prazo de término.
e) Sabemos das limitações legais da DIRSAT e que certas coisas são impostas mas assim como a DIRSAT já errou no passado recente ao editar ordens coercitivas patronais disfarçadas de ordens técnicas, novamente vemos o erro sendo cometido o que mostra que o INSS ainda não aprendeu com seus próprios erros.
f) Uma perícia mal treinada faz perícias malfeitas e perícias malfeitas são uma das causas das longas filas que vemos.
g) Tudo isso só mostra que é inaceitável que médicos continuem de fora do planejamento e execução da gestão do benefício por incapacidade. Tenho certeza que se estivéssemos no comando desse processo não haveria fila alguma. Esse memorando tem alto teor de cheiro "DIRBENiano" como os do passado recente e não ajudarão a resolver o problema, só o tornarão pior. É a vitória do mau perito sobre o bom perito. É a vitória da perícia de soslaio sobre a perícia técnica.
h) Não se deve sacrificar a carreira por causa de demandas eleitoreiras. Perícia não é linha de montagem, perito não é cabo eleitoral e segurado não é gado.
Quando a gestão é incompetente, nenhuma flecha atinge o alvo.
Quando que o governo deixará que os que entendem do assunto (os médicos) sejam os gestores executivos do benefício por incapacidade?
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