terça-feira, 3 de julho de 2012

INCOMPETÊNCIA DE GESTÃO SEM LIMITES - A VERDADE SOBRE A FILA DE PERÍCIAS E A FALTA DE PERITOS EM PORTO ALEGRE

Como que numa região onde mais sangrava os quadros periciais podem ter sido destinados tão poucas vagas nos concursos subsequentes?

Para esconder a verdade da imprensa brasileira, até mesmo versões incríveis envolvendo traumatismos e sequelas anômalas na então superintendente foram usadas para abafar a verdade, que escondia uma guerra de bastidores entre a ex-superintendente e a gerente de Porto Alegre.

E quem pagou o pato foram os gaúchos, que sofrem nas filas mais longas do país.

Mas vejam os senhores que não se deve criticar apenas a ex-superintendente. Os peritos gaúchos em 2009 já denunciavam o esvaziamento dos quadros ao MPF, que cobrou na época explicações do Presidente do INSS, Valdir Simão.

Vejam o que o então presidente declarou aos colegas procuradores e foi registrado em ata da 18º reunião da PFDC:

"Sobre o concurso para o cargo de perito médico previdenciário de 2010, o Dr. Valdir explicou que a distribuição das 500 vagas do concurso foi feita por Gerência-Executiva, de acordo com a demanda e a produtividade de cada gerência, esclarecendo que não foram destinadas vagas para a Gerência-Executiva de Porto Alegre porque esta apresentou uma das menores demandas do país em 2009, apresentando quadro de todas as regiões."

Ou seja, segundo o então presidente do INSS, os números apontavam que Porto Alegre não precisava de peritos em 2009. E que a Gerência Executiva havia garantido que não precisava. Nada de traumas ou esquecimentos.

De onde o ex-presidente tirou isso, desconhecemos, pois bastava ele ler as estatísticas que o próprio INSS produz que veria a seguinte realidade:


O gráfico acima já mostrava que em janeiro de 2010 o tempo médio de espera para perícia médica já batia 34 dias na SR Sul, quase 50% acima das médias das outras regiões.

Pouca demanda?

Vejamos o gráfico isolado da SR Sul, da qual a Gerência Porto Alegre é uma das maiores e responde por parte importante dos resultados finais:


O gráfico mostra que a SR Sul já começa 2011 com 100.000 pedidos de benefícios represados e em franca  ascensão.

Pouca demanda?

Continuemos olhando como já se comportava a curva nacional de tempo de espera para a perícia em 2009:


O gráfico acima mostra que a partir de agosto de 2009, com a revogação da norma que proibia o Ax1 infinito, de autoria da DIRBEN (Memo DIRBEN 42/2009), o TMEA-PM começou a disparar.

Pouca demanda?


Analisando o quadro pericial, vejamos como o Sul estava em 2009, época da "baixa demanda" segundo o ex-presidente do INSS:


Em dezembro de 2009 a região Sul fecha com uma quantidade de perícias feitas quase igual a de São Paulo mas com 258 peritos a menos, 1/4 a menos que São Paulo, o que obviamente jogou a média de perícias per capta do Sul para o alto do ranking, sendo a única SR com média per capta acima de 200/mês em 2009.

Ou seja, pouca demanda uma ova. Os números são claros:

1) A SR Sul já enfrentava um problema de fila de espera detectável em 2009 quando já passava dos 30 dias.
2) A SR Sul estava já com curvas ascendentes de acúmulo de represamentos de pedidos e de perícias pendentes desde 2009.
3) A demanda era tão alta que a SR Sul podia se comparar a São Paulo e a altíssima produtividade dos peritos locais impediu que o represamento fosse maior.
4) A demanda já era superior à capacidade instalada desde 2009.

Conclusões:

A) Porto Alegre foi vítima de uma guerra política entre a Superintendente sediada em Florianópolis e a Gerente gaúcha, vista como rival pelo cargo. A própria presença da superintendência em Santa Catarina é prova disso. Independente do respeito que temos aos catarinenses, seria como a Superintendência de São Paulo estar sediada em Campinas e não na capital paulista.


B) Porto Alegre foi deixada às moscas pelo INSS também pelo fato de ter sido tomada a decisão política de se esvaziar as APS BI por "medo" dos médicos "ficarem fortes" após os eventos de 2009 (Movimento pela Autonomia do Ato Médico). 


C) Agora que a casa caiu, todos fogem da responsabilidade e tentam, na cara de pau, culpar os poucos peritos que ainda insistem em trabalhar para o INSS como responsáveis pelo caos gerencial e pela guerra fraticida sulina.


D) Para explicar o inexplicável, ou seja, a falta de vagas para Porto Alegre, o INSS dispara versões diferentes para públicos diferentes. Para o MPF o INSS alega, falsamente, que Porto Alegre não tinha demanda em 2009. Provamos que era mentira. Para os peritos inventa uma ridícula versão sobre uma suposta doença da superintendente na época do concurso. Para a mídia, diz apenas que os peritos são vagabundos.


 A VERDADE É QUE A CULPA ÚNICA E EXCLUSIVA DO CAOS NO RS É DA GESTÃO DO INSS. CHAMAR OS PERITOS QUE MAIS TRABALHAM PER CAPTA NO BRASIL E PEDIR MAIS AINDA E INSINUAR QUE SÃO RELAPSOS É MAIS QUE OFENSIVO, É CALUNIOSO.

5 comentários:

  1. Olha o caso Porto Alegre é injustificável sobre todos os aspectos gerenciais. Para sorte do Hauschild tudo isso vem antes dele, restando-lhe a culpa pela noticia da mídia sobre as suspeitas infundadas em sua entrevista e sua inabilidade em perceber algo de errado como as 2 vagas para peritos no concurso 2012 quando outras regiões menos densa e "tensas" tinham bem mais vagas.

    Há relatos na mídia de audiência inclusive com o Senador Paim relacionadas ao inconformismo, justificado, do estado do RS não ser a Sede da Superintendencia da Região Sul.

    Com a guerra política instalada há suspeita de sabotagem na gestão gaúcha também que tem que ser explicada... Pena que a ex-superintendente para que foi PROMOVIDA e faz curso no exterior.

    Uma intituiçao que tem menos de 1/4 dos cargos para nível superior com tanta complexidade não podia ter outro caminho salvo não se aprofundar em questões tecnicas e partir para a política

    O que tem havido com a perícia é que mesmo as pequenas decisões tem motivação política. Desde a lotação dos colegas, brigas por chefias, diarias e cessão para outros órgãos. Das pequenas irregularidades agrupadas de forma uma enorme poça com um fedor horrível que toda sociedade é obrigado a cheirar.

    Quem paga a conta?
    O segurado honesto claro.

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  2. Não deixa de ser uma infeliz coincidência o Fato do Presidente do INSS ser gaúcho. Habitualmente é natural que haja leve favorecimento em melhorias para o local de origem. Teria Hauschild esquecido a sua própria terra?

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  3. Hauschild NUNCA pertenceu a esta terra, Gaúcho não faz o que ele fez, basta ver, e não estou querendo ser bairrista, que em nossa reunião ele trocou o "tu" pelo "você" para não se identificar com os "Peritos Malditos" novamente pergunto : onde está o CFM e os Conselhos Regionais que não nos declaram impedidos de trabalhar nesta ZORRA??? Afinal nós Peritos também ppagamos anuidade para usar um n° e esperamos ser DEFENDIDOS!!! existem várias impossibilidades no CÓDIGO DE ÉTICA que nos impossibilitam de continuar algemados nesta SENZALA que insiste em se identificar como "CASA", CASA????????? SÓ SE FOR A DA BRUXA!!!!!!

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  4. Ele já fez a escolha: ficar em Brasília pulando de cargo político, ganhando diárias e extras! Não tem envergadura para se eleger em seu estado! Não fez nada! Demontrou incompetência dando bastante munição para os adversários caso queira se aventurar a se candidatar a qualquer coisa! Quando ele sair da Previdencia já deve ta cOm outra boca engatilhada! Por que vc acha que ele ganhou aquele prêmio?! O troféu "Joinha"?!

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  5. É simples:
    Cid. F 43 pra peritada...deixando um "Caxias" pra homologar...mas ai no Sul, a banana tá comendo o macaco tchê...

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