Casos reais de colegas que em seus respectivos CRM tem exposto aos nobres conselheiros o descaso que o INSS tem com os médicos e com a população. identidades e fontes protegidas nos termos da lei.
Depoimento 1:
"Colegas, esse é o relato que farei ao CRM, conforme solicitação do Conselho (...)
-assumi em (...) 2006;
-APS (...) contava com 3 salas de perícias, entre as quais não havia divisória por terem sido retiradas para criar uma pretensa rota de fuga.;
- Eram agendadas PELA ADMINISTRAÇÃO, 24 perícias para cada médico: 3 pela manhã e 4 pela tarde (...)
-APS (...) contava com 3 salas de perícias, entre as quais não havia divisória por terem sido retiradas para criar uma pretensa rota de fuga.;
- Eram agendadas PELA ADMINISTRAÇÃO, 24 perícias para cada médico: 3 pela manhã e 4 pela tarde (...)
- em agosto de 2006 às 14h sofri violenta agressão verbal por parte de segurada de 59 anos que após ter seu requerimento indeferido e por mim comunicada do fato (entregávamos o resultado na hora e na sala de perícias) postou-se à porta da APS dizendo aos gritos que iria me denunciar junto ao CRM pois havia lhe atendido a portas fechadas e havia agarrado "suas tetas e passado a mão na sua bunda" e após ter sido avisada por mim que chamaria a polícia para prendê-la foi contida pelo segurança que a conduziu até à porta da APS sempre gritando: "tu és um putinho que tem medo de mulher";
-em setembro de 2006 essa mesma segurada retorna à APS sem ter perícia agendada, senta-se em frente à sala de perícias e passa a insuflar as demais segurada relatando que eu havia abusado dela e que eu costumava fazê-lo. O chefe da APS, comunicado, levou-a para um atendimento administrativo que ela pretensamente teria agendado. Comuniquei o fato ao CRM e ao SST e ao Gerente solicitando providências e disponibilização de técnica de enfermagem para acompanhar os exames físicos. A resposta veio 2 anos após dizendo que não havia recursos humanos dessa natureza nos quadros do INSS;
- em outubro de 2006 recebi sindicância administrativa na qual constavam duas denúncias feitas na polícia civil contra mim, uma alegando maus-tratos e outra alegando assédio sexual com relato de contato físico insinuante.As denúncias foram encaminhadas à PF e nessa instância o inquérito tramitou por 2 anos e em 2009 o MPF solicitou à justiça federal o arquivamento do mesmo por falta de provas e de fundamentos das denúncias. (...) fui afastado do trabalho pelo SST devido segundo ele estar sendo vítima de ação orquestrada por parte de provável quadrilha.
- Fui após transferido para a APS YYYY na qual havia mais médicos atendendo (...) continuavam as 24 perícias, a APS tinha equipamentos obsoletos que no verão fervia como panela de pressão tanto pela temperatura quanto pelo clima de animosidade e hostilidade por parte da clientela. Em 2007 fui para nova APS XXXX.
-Após houve uma evolução e passaram a agendar 18 perícias a cada 20 m. A entrega dos resultados foi para fora da área de perícias e era feita por um médico escalado só para essa tarefa, um perito passava 6 hs entregando a comunicação de resultado, eu realizei essa tarefa por 6 meses.
- Nessa nova APS em seus primeiros 12 meses de funcionamento, apesar do layout adequado e da vigilância por câmeras e nª adequado de vigilantes, ocorreram vários episódios de agressões físicaz, inclusive uma contra os Drs. ABC e DEF que dá para classificar com tentativa de homicídio: nessa ocasião um segurado conseguiu introduzir dentro da sala de perícias um “tridente” e ameaçou os peritos com essa arma branca sendo impedido de perpetrar sua intensão criminosa pela intervenção do dr. ABC que jogou-se sobre ele imobilizando-o.
- Nessa agência sentimo-nos fortalecidos e amparados e a cada vez que ocorria uma agressão parávamos o atendimento numa atitude de tolerância zero, foi-se criando uma cultura e já há pelo menos 2 anos não se registra qualquer episódio de maior gravidade.
- A CRER passou a ser entregue via administrativa.
- Houve um amadurecimento do grupo médico que foi buscando cada vez mais qualificar seu trabalho, a troca de experiências e suporte técnico foi-se tornando corriqueira e hoje a realização de perícias em junta médica, quando sua complexidade demanda já virou rotina.
- No mês de junho veio a grande surpresa: a agressão veio de dentro da instituição, na figura do seu representante mor que jogou a sociedade contra a categoria divulgando que entre os peritos se fraudava ponto, não se trabalhava e quando se trabalhava se fazia “corpo mole”. Houve grande repercussão inclusive com manifestação contundente do CRM.
- O presidente do INSS reuniu-se, juntamente com a superintendente, gerentes dessas cidades e cerca de 100 médicos que haviam sido ofendidos, negou ter dito aos jornalistas o que havia sido publicado, apesar das evidências em contrário e recusou-se a desculpar-se em público pelo feito causando desconforto, constrangimento e desconfianças.
- Há uma semana o gerente XXXXX reuniu os peritos e comunicou que devido a estratégia de instituição voltaríamos a atender nas agências de origem e que seríamos entre 4 a 5 médicos em cada uma(...)
- Reagi com veemência à essa atitude intempestiva e que beira o escárnio, pois esses locais citados são os mesmos onde tudo de ruim relatado aqui aconteceu, e passados esses 6 anos não sofreram qualquer modificação significativa na sua área física: Vê-se aqui uma clara intensão de dividir para governar.
- Há muitas coisas que a gerencia executiva poderia fazer para melhorar o atendimento da população, e a supracitada não é uma delas pois desfaz um trabalho de qualidade que em sendo feito e que aperfeiçoa-se a cada dia.
(...)
- Apesar da faculdade legal e dos instrumentos existirem não podemos solicitar exames e pareceres especializados que auxiliariam nas decisões e repercutiriam na vida dos cidadãos porque a gerência não implementa os convênios necessários com as instituições federais que podem prestar esse serviço.
- O presidente do INSS na tensa reunião que ocorreu após sua atitude caluniosa falou claramente que o conceito de autonomia do ato médico não se aplica no serviço público e a superintendente regional disse explicitamente que se não atendêssemos a demanda reprimida colocariam a população contra nós, médicos, como se isso não visse sendo feito corriqueiramente quando marcam número excessivos de perícias que não poderão ser realizadas por absoluta falta de recursos humanos, médico e administrativo, gerando uma expectativa de atendimento que será frustrada, causando revolta e ódio que dirige-se à classe médica, no caso os peritos do INSS.
Esse é o relato.
PMP XXXXX, APS YYYYY"
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