Peritos do INSS adiam paralisação no Estado
Categoria pede contratação de 125 novos profissionais
Médicos peritos do INSS decidiram adiar a paralisação e pedir a contratação de 125 profissionais para atuar no Estado. Além disso, a categoria pede a retratação pública do presidente do órgão, Mauro Hauschild, em função de acusações que teriam sido feitas por ele na imprensa contra os trabalhadores. As medidas foram discutidas em assembleia na sede do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), em Porto Alegre, na manhã desta terça-feira. A paralisação deve ser avaliada em nova assembleia no dia 23.
Os dirigentes do sindicato e da Associação Gaúcha dos Médicos Peritos (AGMP) decidiram ainda publicar uma carta aberta à população, defendendo o saneamento gerencial do órgão com maior participação dos médicos na melhoria do atendimento. Hoje existem 75 mil perícias represadas no Estado, volume gerado pelo baixo número de peritos. O quadro com 317 concursados deveria ter o dobro de médicos, conforme a categoria. A diretora do Simers e vice-presidente da AGMP, Clarissa Bassin, explicou que o Rio Grande do Sul apresenta um dos quadros mais defasados do País.
Os médicos ressaltarão, no documento, que não aceitam pressão de gestores para realizar maior número de atendimentos, sob pretexto de mutirões para reduzir a fila de espera. “Não permitiremos nenhuma tentativa de desrespeito à autonomia do ato médico pericial”, afirmou Clarissa.
O presidente da AGMP, Francisco Luciani, ressaltou que há limite de tarefas por jornada e quem define o tempo e rigor da perícia é o médico. ”Existe um limite de perícias estipulado pelo Conselho Regional de Medicina. Não podemos colocar em risco a qualidade do nosso trabalho, que está voltado a preservar o direito de quem recorre ao INSS”, disse.
A associação e a direção do Simers protocolaram hoje ofício na superintendência do INSS no Estado pedindo uma auditoria no sistema eletrônico de registro de frequência dos peritos. A medida busca confrontar a rotina diária dos profissionais com a informação do presidente do órgão, que afirmou, por meio de jornais, que médicos registravam o ponto mas não trabalhavam.
“Os médicos não são responsáveis pelas 75 mil perícias represadas no Estado. Até porque, a média de perícias realizadas é de 13,7 exames por dia. A média nacional é de dez perícias por profissional. O problema é a falta de médicos”, acrescentou a diretora do Simers.
Perícias no Rio Grande do Sul:
- Para dar conta da demanda, segundo a Associação Gaúcha dos Médicos Peritos, o número de profissionais deveria quase dobrar, passando de 313 para 600 médicos;
- Em 2007 havia 80 peritos na gerência de Porto Alegre, hoje são 51. Em Canoas são 37 e em Novo Hamburgo 38. As três gerências respondem por 75% da demanda de perícias e outros atendimento no Estado;
- 75 mil perícias estão represadas nos municípios gaúchos, sendo 40 mil somente em Porto Alegre. Dessas, dez mil são iniciais;
- Em 48 meses, 41% dos médicos da região Sul se exoneraram ou se aposentaram. São 352 a menos, sendo 120 deles no Rio Grande do Sul. Essa média de exoneração e aposentadoria é acima da nacional, que fica em 15%.
O discurso pra midia tem q enfatizar q o governo nAo contrata e o povo sofre!! Chega a ficar 120 dias sem receber o beneficio, passando fome junto a família!
ResponderExcluirPro governo o discurso é q tem q equiparar os vencimentos com os Procuradores da casa, tornando a carreira atrativa teso em vista que hoje o mercado tem melhores propostas de trabalho que as oferecidas pela casa!
A luta tem que ser nessa seara!
Esse Oficio na Superintendência é bola fora, perda de tempo! Tem que acionar o cara é na Justiça, que forneça provas ou se humilhe, ops, retrate! O cara fala inverdades no Twitter, mente em jornal, tão esperando o q?!
ResponderExcluirVem fazer um curso na CUT ou no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC! Tem q ir pra cima!!