Hélio Schwartsman
O futuro da medicina
SÃO PAULO - A revista britânica "The Economist" da semana passada
trouxe interessante reportagem sobre o futuro da medicina. De acordo
com o periódico, com o envelhecimento da população e o aumento da
prevalência das doenças crônicas, vai ser impossível formar tantos
médicos quantos seriam necessários pelos padrões do século 20.A solução, assevera o hebdomadário, passa por modificar esses padrões, melhorando a produtividade da saúde. Isso significa que a medicina não poderá mais ser tão centrada na figura do médico, cuja formação é proibitivamente cara.
No Brasil, são seis anos de graduação em regime integral em cursos que exigem, além de aulas expositivas, laboratórios, cadáveres etc. Depois, são dois anos de residência. Uma especialização pode requerer dois ou três anos adicionais. E tudo é muito fugaz. Um especialista que passe um ano sem abrir um "journal" estará mortalmente defasado.
É contraproducente colocar médicos nos quais se investiu tanto para desempenhar tarefas menos complexas para as quais outros profissionais podem ser treinados. É mais do que razoável que um optometrista prescreva receitas de óculos, que enfermeiras realizem partos de baixo risco e que fonoaudiólogos diagnostiquem e tratem distúrbios da fala.
É claro que, de vez em quando, haverá problemas que exigirão a intervenção de um médico, mas, para cada parto que se complica, há centenas ou mesmo milhares de casos que se resolvem sem dificuldade.
Em países onde o descompasso entre oferta e demanda é maior, como a Índia, até os momentos menos delicados de cirurgias já estão sendo realizados por outros profissionais.
Os médicos, porém, em vez de procurarem adaptar-se aos novos tempos e dominar cada vez melhor as tarefas que não podem ser delegadas, obstinam-se em lutar por uma reserva de mercado socialmente custosa e demograficamente insustentável.
helio@uol.com.br
Pelo Amor de Deus. Esse sujeito beira à idiotice. O oftalmologista apenas prescreve lentes corretivas ou analisa outras condições de saúde dos olhos durante a consulta? Ele mandaria a mulher dele ou sua filha para um local de parto sem médicos? Mesmo? Alguns poucos complicam? Sério? Qual a fonte? E se for o parto do filho dele a se complicar? Ele vai aceitar os resultados funestos em nome de uma economia de mercado? Acho que depois de ler isso, posso chamá-lo de limitado ou até mesmo de tendencioso com intenções obscuras.
ResponderExcluirÉ uma revista de economia, a opinião dele é meramente teórica e tão distante da prática que se torna absurda.
ResponderExcluirSerá que o fonoaudiólogo diagnosticaria o tumor do Lula?
ResponderExcluirEles se batem pelo óbvio: duas medicinas . Uma com médico para os ricos e poderosos e outra para o digamos" andar debaixo."Esta sem médico. Vergonha!
ResponderExcluirTenho certeza que Dunavier perambulou varios hospitais procurando um enfermeiro !
ResponderExcluirQuerem apenas empurrar guela abaixo essa conversa de medicina pra rico, com medicos e pra pobre, com equipe "multidisciplinar"... O povo brasileiro já ta de saco cheio, ate os pobres já sabem q isso nAo funciona!! Isso sem falar da desvalorização do profissional medico...
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