Edição do dia 06/06/2012
06/06/2012 14h34 - Atualizado em 06/06/2012 14h38
Trabalhadores sofrem para conseguir realizar uma perícia médica no INSS
Já existem mais de 600 mil perícias agendadas apenas para este ano.
Agendamento só pode ser feito pela internet ou pelo telefone 135.
Giovana TelesBrasília, DF
Segundo o INSS, o tempo médio nacional de espera por uma perícia médica é de 30 dias. Em muitas cidades, quem precisa do serviço espera muito mais que isso.
O agendamento de perícia só pode ser feito pela internet ou pelo telefone 135, por isso não há mais aquelas filas enormes, mas o sistema esconde uma realidade complicada para quem precisa ser avaliado por um perito. Hoje já existem 646.719 perícias agendadas. A espera é grande e já tem atendimento marcado para dezembro, daqui a seis meses.
As ligações que você faz para marcar a perícia caem em uma das duas centrais telefônicas do INSS, que ficam em Caruraru, Pernambuco, e em Belo Horizonte. O atendimento é monitorado de Brasília. Enquanto a equipe do Jornal Hoje esteve lá, mais de 2 mil pessoas esperavam na linha, para falar com um atendente do 135.
Neuza operou o joelho e voltou a trabalhar sem condições. Depois disso, acabou sendo demitida. Ela juntou uma pilha de papéis, exames, laudos e tentou marcar uma nova perícia para pedir aposentadoria por invalidez. Depois de 30 ligações, ela ainda não havia sido atendida.
As primeiras tentativas foram feitas do telefone fixo, onde a ligação é gratuita. Uma hora e mais de 100 ligações depois, ela foi para o celular, que é pago. Neuza finalmente foi atendida, mas recebeu uma péssima notícia. “A senhora já perdeu a qualidade de segurado, a senhora tem que voltar a contribuir novamente para estar requerendo o beneficio, a senhora tem voltar a contribuir mais quatro meses”, informou a atendente.
A ligação caiu sem que o atendimento fosse concluído e a informação dada pela atendente estava errada, segundo Mauro Hauschild, presidente do INSS, que assistiu a gravação. “Há uma orientação para que as pessoas, independentemente de terem ou não a qualidade de segurado, que a gente garanta a conclusão do atendimento e faça o agendamento do serviço que o nosso segurado está pedindo".
Hauschild avaliou o atendimento. "Faltou um pouco mais de tato, de entender a situação. Que estávamos diante de uma pessoa que precisava de uma atenção, de um atendimento um pouco mais cuidadoso”.
O presidente do INSS afirmou que o sistema vai melhorar com a contratação de mais atendentes e de 250 médicos peritos. “A gente tem a certeza de que isso vai fazer com que o tempo de espera do agendamento da perícia médica deva reduzir. Claro que daqui a uns 90 dias, porque eles têm que tomar posse, tem que fazer o curso de capacitação, mas isso seguramente vai nos dar resultados", afirmou Mauro Hauschild.
O agendamento pelo telefone 135 funciona das sete da manhã ás dez da noite. A ligação de telefone fixo é de graça. Quem liga do celular paga o custo de um telefonema local. Segundo a Previdência, o fato de a ligação ser de fixo ou de celular não interfere no agendamento.
Confirmando o que foi dito na semana passada. Caos instalado enquanto a Presidenta Exma. Dilma elogia a Gestao Gabas, mesmo com este tipo de realidade, mais forte que nunca, e Hauschild ganha, quem diria, premio Dom Quixote de eficiência.
ResponderExcluirEis o nosso país do Absurdo!
Até agora não vi nenhum resultado comprovado de eficiência da tal Sala de Monitorizacao. Apenas uma falta de percepção da realidade, muita ansiedade desnecessária e adoecimento.
ResponderExcluirRepito: vamos ver por quanto tempo essa cambada que está no INSS vai enganar tanta gente.
ResponderExcluirFaltou também um pouco de verdade no comentário do presidente do INSS. Sim, vai reduzir, mas ninguém vai notar. Sim vai melhorar o atendimento, mas a fila virtual não vai desaparecer e pseudotécnicos previdenciários/telemarketing vão continuar dando palpite furado e atrapalhando o serviço. Mas não quero/não posso chamar ele de mentiroso, isso não pode, afinal, é otoridade.
ResponderExcluirSão essas pessoas, pobres cidadãos mal informados, que lotam as filas do INSS. Falta esclarecimento, já falei isso ao Dr Mauro pessoalmente.
ResponderExcluirE quando há informação, ela é ERRADA.
Alguém doente e incapaz que contribua 4 meses como DE REGRA se orienta, não terá direito ao benefício pretendido. Vai se revoltar, recorrer, protestar, remarcar. Corrigir isso, Presidente, já seria de impacto positivo na meta de melhor atender e reduzir filas.
650 mil perícias agendadas significam 1 mês de trabalho. É isso mesmo, bate com a informação de que a espera MÉDIA é de 30 dias.
ResponderExcluirAcontece que muitas dessas 650 mil perícias acontecem porque o SUS não resolveu um problema simples e o cidadão precisa mais tempo de benefício. Outras acontecem por que a cidadâ pagou 4 meses para pedir um benefício ao qual não terá direito. E por a í vai.
650 mil perícia mês é uma baita capacidade operacional, precisamos conhecer quem demanda perícias, porque demanda e quantas vezes demanda. Ou fazer muita perícia é sinal de um bom serviço??? Seria um bom começo também.
Eduardo,
ResponderExcluirHoje atendi um PR
Nada anormal senão na perícia anterior (feita 9 dias antes) a colega não tivesse sugerido Aposentadoria por Invalidez e o pedido ainda estivesse sob analise. Ou seja, perícia completamente desnecessária. Requerimento cancelado e muita perda de tempo para explicar ao segurado que ele não teve beneficio cessado. Isso é a ineficiência premiada!
Já foi discutido e alertado neste blog repetidamente que a perícia do Inss sofre o que sofre porque simplesmente funciona e trabalha muito. Porque está mais perto do trabalhador que qualquer outro setor do governo. Porque é a porta de entrada do mundo do direito previdenciário e trabalhista.
ResponderExcluirPor isso é de uma insanidade tamanha colocar sala de monitorização e ponto eletrônico para servidores que tem agendamento eletrônico e todos os serviços que utilizam ficam registrados digitalmente. A perícia prova que é a forca motriz da previdência enquanto os outros agentes públicos simplesmente dormem e se omitem. A perícia sangrou até pelas narinas pelas pedradas que levou e no fim era que limpava a sujeira toda. Deixem o mundo do trabalho sem os auditores do trabalho, sem os procuradores do trabalho, sem os advogados da defensoria, mas experimentem retirar a perícia medica uma única semana. Dói de mais aceitar que o motivo do ódio do trabalhador no fim é a sua única esperança de dias melhores. Sem melhoria na perícia é tudo como um grande teatro onde quem paga a conta é o povo.
Héltron, se a lei do processo administrativo estabelece em 30 dias o prazo de resposta, não faz o menor sentido que se permita novo requerimento antes de esgotado este prazo, não é mesmo? Assim pode contratar mais 10.000 peritos que ainda haverá filas.
ResponderExcluir"Contratar 250 peritos e o tempo de espera vai reduzir": Desde a abertura do edital, o número de peritos que pediu exoneração foi de quanto?...
ResponderExcluir"a atendente não deu atenção que devia": é pra dar um cafuné...
"o serviço vai melhorar": onde?
Prêmio Dom quem de eficiência? Onde?
Como o povo desse país é enganado, ludibriado, tratado como besta...a mesma coisa os trabalhadores, os servidores peritos então querem tirar o sangue...
Mas o povo ta cansando..esse negocio de reduzir juros não levou a aumento de vendas como esperava, o povo ta cansado de dividas, o trabalhador de ser enganado, o servidor de ser explorado, sugado. Se "Dom" tivesse um pouquinho de sensibilidade...
Quer virar político, essa é a verdade, mas o q tem de material pra bater não ta no gibi...vem só com bravata? Como diria Cap. Nascimento : "o senhor é um fanfarrão!"
Eduardo,
ResponderExcluirDebatemos várias vezes o desastre, era pré-hauschild, do Memo 42.
Quando em um espaço de 30 dias as filas multiplicaram exponenciamente.
O INSS na época alertou que o tal memo teria sido por recomendação do MPF.
Em posterior reunião no moribundo GT da previdencia da PFDC a propria procuradoria ficou em entender exatamente onde e quando e por quem esta orientação teria começado.
Na minha Pos graduação de Medicina do Trabalho ficou claro que quando há algo errado na linha de produção e se quer saber o que é, a primeira coisa é ouvir os operários e observá-los trabalhar. Nos casos extremos assumir a própria função de um deles temporariamente para "sentir na pele".
Da mesma forma quando quiser entender como se sente um segurado e porque reclama. E se a reclamação tem fundamento. A sociedade precisa entender que não é o tamanho do barulho do grito que diz a intensidade da dor.
Acho que tinha que ser provado foi provado. O que tinha que ser mostrado foi mostrado. O que tinha que ser dito foi dito. Agora é sentar tomar um duplo sem gelo, tocar uma valsa triste e assistir a tragédia do camarote
O que tinha que ser mostrado, foi. Tinha de ser visto foi. O que tinha que ser ignorado tb foi. Basta ver a declaração do Dom.
ResponderExcluirVivemos no Brasil, não esperem resultados de um fanfarrão que recebe prêmios por incompetência !
O governo federal continua o mesmo. Há cerca de 6 anos em Natal. Uma gestora foi premiada por "estímulo ao parto normal". Uma maternidade teve os seus 2 centro cirurgicos interditados por falta de condições técnicas pelas autoridades competentes por meses. Brasília interpretou que um % alto das gestantes daquele local maior que a média não precisaram de cesarianas. E premiou a ineficiência.
ResponderExcluirÉ a mesma cena da fila que continua escondida atrás do telefone, mas que ninguém vê e é interpretada de maneira completamente diferente.
Que vergonha, funcionário terceirizado do 135 despreparado nega direito ao cidadão e o induz a cometer fraude e o Presidente do INSS mostrando desconhecer as leis que regem o posto que ocupa diz que foi um equívoco pois existe uma orientação.. Orientação? Não senhor Presidente, existe uma LEI que foi descumprida... E depois na sessão Peroba ele diz que 250 peritos vão salvar a previdência social, é MUITA CARA DE PAU!!!!
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