Eugene Ionesco, dramaturgo romeno nascido em 1909 e falecido em 1994, é considerado o pai do teatro do absurdo. Uma pergunta palpitante é que outra grande obra-prima ele poderia ter escrito se conhecesse o Instituto Nacional de Previdência Social do Brasil. Teria sido uma fonte de inspiração e tanto. O que Ionesco pensaria, por exemplo, ao saber que existem 1900 vagas de Técnicos Previdenciários e 375 de Peritos-Médicos prontas para serem preenchidas, bastando para isso convocar os candidatos aprovados há mais de 2 meses?
Enquanto isso, a população, principalmente os incapacitados para o trabalho, passam fome a espera de uma perícia. Milhares de pessoas que precisam decidir as suas vidas, o seu futuro, como aposentadoria, por exemplo, aguardam meses a fio que o seu processo seja analisado.
Dentre os incapacitados, muitos recuperam sua capacidade meses antes da perícia, mas as empresas não os aceitam até que sejam periciados. Ficam sem renda, poderiam estar trabalhando, irão receber todo o período de afastamento,inclusive o relativo a quando já estavam curados, e os contribuintes, que são os próprios trabalhadores e as empresas, pagam a conta da incompetência e falta de gestão.
Qual a explicação para não terem ainda convocado os aprovados? Não existe. Em um comunicado interno do INSS, o Presidente anuncia alegremente que até o final do ano serão chamados mais servidores do que previa o Edital. Ótimo, muito bem, mas por que, então não chamar AGORA os que estavam previstos no Edital? Este gasto não estava todo ele incluído no orçamento? Não foi autorizado pelo Congresso, Ministério da Organização e Gestão, Casa Civil e por aí vai? Qual é a lógica de, primeiro, não ter chamado ninguém até agora e, segundo, chamar aos poucos?
Talvez nem Ionesco conseguisse utilizar o INSS para se inspirar: " É absurdo demais par mim!", ele diria.
2 comentários:
Talvez a autarquia tenha inventado um nova corrente teológica: absurdismo
Quero ver quantos desses colegas recém-contratados irão permanecer após alguns meses na INSSanidade!!
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