Colega Médica no Estado do Amazonas, área de extrema carência de Peritos do INSS, fez o concurso público para assumir o cargo no meio do seu Mestrado. Pediu remoção para próximo do Capital a fim de terminá-lo já que naquele estado distâncias de 200km são consideradas curtas. Ter um médico com mestrado seria ótimo para o quadro de servidores. O Mestrado terminaria no final do ano. Passa rapidinho. Infelizmente médico tem é fazer perícias e apenas na visão limitada da gestão. Financiamento, estímulo, liberação nesta área parece ser absurdamente impossível. Agora fica tanto o interior quanto a capital sem médico. Um decisão mais sábia poderia ser um acordo entre as partes. Ah! Mas é para médico perito... Estudar e pensar demais é prejudicial a submissão
"A Advocacia-Geral da União (AGU), por meio da Procuradoria Federal no Estado do Amazonas (PF/AM) e da Procuradoria Federal Especializada junto ao Instituto Nacional do Seguro Nacional (PFE/INSS), obteve sentença favorável na Ação Ordinária nº 3773-08.2011.4.01.3200, que objetivava compelir o INSS a manter a autora lotada provisoriamente na cidade de Manaus, pelo prazo de um ano, a fim de que a mesma pudesse concluir seu curso de Mestrado em Ciência da Saúde, iniciado em janeiro de 2010."
Leia o curioso caso na íntegra:
4 comentários:
Por incrível que pareça, a publicação não me causa nenhum tipo de surpresa, apenas reforça o descaso com que nós médicos peritos somos tratados por algumas autoridades demandantes do nosso trabalho.
Em 2007, quando era servidor concursado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na companhia de outros 03 colegas, da Central de Perícias Médicas Judiciais, resolvemos cursar o XII Curso de Pós Graduação de avaliação do Dano Corporal pela Universidade de Coimbra em Portugal.
Ocorre que, como teriamos que nos ausentar do país por cerca de 35 dias, solicitamos liberação por parte do TJMG, que por questões de perseguição política, negou nosso pedido, enviando-nos a resposta apenas às vésperas do nosso embarque.
Fomos forçados a abrir mão de nosssas férias para podermos viabilizar a viagem para fazer o curso.
Para completar, quando retornamos ao Brasil, foi instaurada uma sindicância pelo TJMG, sob alegação de termos nos ausentado do país sem a prévia autorização da autoridade a que estávamos subordinados.
Parece que não é só no INSS que estudar é proibido aos médicos peritos!!!
Grande vitória do excelentíssimos procuradores da AGU que vêm se tornando algozes implacáveis de quem não é elite do serviço público, como eles. Um procurador ingressa, recém saído da mesada do pai, ganhando o mesmo que o perito no último nível de sua carreirica. A perita derrotada nesta ação nem queria ganhar mais, aliás o mestrado do INSS, diferentemente de outros órgãos, nada aumentaria em seus vencimentos. Todos conspiram em favor da ignorância em um INSS que tem o menor percentual de servidores de nível superior do serviço público federal.
De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.
“De tanto ver crescer a INJUSTIÇA, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos MAUS, o homem chega a RIR-SE da honra, DESANIMAR_SE de justiça e TER VERGONHA de ser honesto”
De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.
“De tanto ver crescer a INJUSTIÇA, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos MAUS, o homem chega a RIR-SE da honra, DESANIMAR_SE de justiça e TER VERGONHA de ser honesto”
Rui Barbosa
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