sexta-feira, 13 de abril de 2012

Notícias G1

13/04/2012 13h20 - Atualizado em 13/04/2012 13h20
Segurados voltam a reclamar da perícia do INSS em SP

Gerson fez duas cirurgias, não consegue mais dirigir e teve auxílio negado.
Em abril de 2011, presidente do INSS disse que serviço ia melhorar.

A perícia do INSS volta a ser motivo de reclamação em São Paulo, como mostrou o SPTV nesta sexta-feira (13). Desde o ano passado, o SPTV retrata o drama de quem se sente desrespeitado pelos peritos e que está na luta para receber o auxílio-doença.

O caminhoneiro Gerson Silveira Santos sofreu um acidente de trabalho em 2001 e teve que se afastar da profissão. Ele fez duas cirurgias, colocou uma prótese no quadril e toma remédios fortes para a dor. Ele não consegue mais dirigir nem para ir ao médico.

A esposa do caminhoneiro Geane Simara Santos diz que parou de trabalhar para acompanhar o marido. “Até na própria perícia eu que tenho que dirigir, tenho que cuidar por causa das dores, da medicação. Eu tenho que estar junto dele. Tem mais de 10 anos que eu parei de trabalhar”, relata.

Durante todo esse tempo, a família contou com o auxílio-doença que Gerson recebia do INSS. Entretanto, na última perícia, ele teve a surpresa. “A mulher que eu vou há 11 anos, olhou assim e disse que eu estava de alta”, conta o caminhoneiro.

O caso de Santos não é um problema isolado. Muitos segurados que ficam doentes e precisam se afastar do trabalho reclamam que são mal examinados pelos peritos. Em abril de 2011, o presidente do INSS Mauro Luciano Hauschild esteve no estúdio do SPTV e disse que ia tomar providências para melhorar o serviço.

Contudo, pouca coisa mudou. O encarregado de produção William Borges de Sousa reclamou do atendimento dos peritos. “O perito começou a discutir comigo, falou que eu era vagabundo, que eu estava procurando doença, que eu não tinha nada, não tinha problema de coluna e que todo mundo sofre de depressão.”

O encarregado de produção se afastou do trabalho em 2010, quando descobriu um tumor na tireoide. Ele recebeu o auxílio-doença só por seis meses e, desde então, enfrenta muitas dificuldades, além de brigar para ter o benefício de volta.

Hoje, quem mantém a casa é a esposa dele. A família tenta renegociar as dívidas que já chegam a R$ 15 mil. “Com a renda de manicure e depiladora que eu mantenho a casa, com a ajuda da família dele também, às vezes amigos. Tinha um amigo dele que ajudava a gente muito com cesta básica”, conta a manicure Diomar Borges de Sousa.

O INSS diz que mesmo que o médico do segurado emita um laudo falando que a pessoa não tem capacidade, condições para trabalhar, é o perito do INSS que bate o martelo sobre o assunto. O perito analisa e leva em conta a doença da pessoa, mas isso não significa que ela não possa trabalhar.

A superintendente regional do INSS Dulcina Aguiar completa que os peritos devem respeitar os segurados. “É uma obrigação de todo servidor tratar todos os segurados com urbanidade. A casa treina e orienta todos os servidores para que dessa forma procedam. Nós temos o 135 onde as pessoas podem registrar as reclamações.”

A Associação Nacional dos Médicos Peritos recomenda que quem se sentir desrespeitado por um perito procure a ouvidoria do INSS e registre a reclamação. A ouvidoria diz que todas as queixas são investigadas e que quem não concordar com o resultado do exame, deve apresentar um pedido de reconsideração e fazer outra perícia.

Um comentário:

  1. Heltron vc postou essa noticia, acho que já saiu em outro tópico mas com os nomes e profissões diferentes, não foi não?!
    " as notícias e as bravatas"...

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