CNJ também não viu necessidade de escolta
O caso da juíza Fabíola Moura chegou ao Conselho Nacional de Justiça, que em fevereiro referendou a decisão do TJ-PE, alegando que as provas dos autos "não permitem concluir" que ela "está sob grave ameaça".
Para a magistrada, no entanto, houve parcialidade na condução do processo em Pernambuco, fato que terminou influindo na decisão desfavorável do CNJ. Notas taquigráficas do Conselho da Magistratura de Pernambuco mostram que os desembargadores ironizam sua imagem de "salvadora da pátria", acusam-na de estar "fazendo escárnio" e de virar "motivo de chacota" por conta de sua preocupação com a própria segurança.
Afirmam, ainda, que a magistrada "precisa de tratamento" e que, por causa dela, "o tribunal está caindo no ridículo".
Segundo o então corregedor do TJ, desembargador Bartolomeu Bueno, o entendimento do Serviço de Inteligência é que não há necessidade de escolta. Ao GLOBO, ele ratificou que a juíza precisa de tratamento, apesar dos dois laudos em contrário.
O primeiro chegou a ser rejeitado pelo Conselho da Magistratura de Pernambuco. Não foi identificada "qualquer alteração de ordem emocional ou psíquica que a impeça de exercer atividades profissionais". Segundo Bueno, a junta médica do próprio TJPE que o assina tem profissionais que não são do ramo.
- Tem oftalmologista, ginecologista e mastologista - disse.
Foi exigido um novo exame, dessa vez com a Junta Médica Psiquiátrica do TJ-PE. O resultado: a juíza é "lúcida e globalmente bem orientada, não é psicótica e não possui nenhum grau de deficiência mental". Para o desembargador, no entanto, ela não passa de "uma doidinha" que é manipulada pelo marido, que anda armado e marca presença constante no fórum. [...]
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