Trabalhadores terceirizados
Rotatividade contribui com déficit do INSS
"O problema é que estamos em um regime previdenciário onde, para alçar a aposentadoria, é preciso ter 35 anos de contribuição. Se esse é um segmento que estrutura o mercado de trabalho, em algum momento, vamos ter um problema no financiamento previdenciário e, de outro lado, a dificuldade do trabalhador se aposentar", disse Pochmann, comentando o estudo, que foi elaborado para o Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra, Trabalho Temporário, Leitura de Medidores e Entrega de Avisos do Estado de São Paulo (Sindeepres).
Pochmann citou o exemplo de uma pessoa, do sexo masculino, que começa a trabalhar aos 16 anos, para ilustrar melhor o cenário estimado. "Com mais 35 anos de contribuição, ele estará em condições de se aposentar a partir dos 51 anos de idade. Mas, no caso de um terceirizado, que não consegue contribuir por 12 meses, e, sim, por sete meses, será preciso 64 anos para poder contribuir 35 anos. Ou seja, ele só vai se aposentar aos 80 anos de idade".
Comentário do Blogueiro:
Não, ele vai não esperar 80 anos não Senhor Pochmann. Eis a grande bomba armada para a Previdência Social. Para onde acha que iria um idoso de 66 anos com 10 anos de contribuição? Esperar chegar aos 80 anos para requerer aposentadoria? Tentar um Benefício Assistencial BPC-LOAS e jogar tudo o que contribuiu fora? Nada disso.
Ora, mais 90% das pessoas com essa idade são doentes. Essa política de pressionar a aposentadoria por via administrativa apenas "muda" de rota o rombo da previdência para a via da "incapacidade". Caso o estado não invista no setor de Perícias Médicas. Nada vai adiantar exigir 35 anos de contribuição, se com apenas 1 ano se pode "furar a fila" entrar no sistema e ser aposentado por patologias do envelhecimento exatamente como ocorre hoje. O sujeito negligentemente não se preocupa com a previdencia, fica doente, paga um ano ou nem isso, vai para perícia médica, tem requerimento indeferido pelo perito (cruel, desumano e incompentente), procura o judiciário e é aposentado na marra em "nome do social".
A Perícia Médica tem sido usada há anos como válvula de escape de qualquer política governamental que tente atual sobre os deficits da previdência de forma em geral. Aliás esta nova fase de "queixas" sobre o setor de perícias nada mais é que a reflexão das medidas tomadas pelo governo do PSDB que tentou impedir que espertos se aposentassem com 5 anos de contribuição aos 55 anos idade.
E a coisa só faz piorar. Um dos mecanismos eficientes que vinha freiando, adiando e bloqueando a enxurrada de pedidos de aposentadoria por invalidez era o fato de que se ganharia menos financeiramente com esta, porém projeto de lei recentíssimo instituirá a paridade com a aposentadoria por tempo de contribuição.
Por fim, sem investimento e valorização da atividade médico legal previdenciária teremos apenas paliativos, além de mais agressões, dramas, desgastes jurídicos e muita despesa nos cofres do governo. Lágrimas de sangue e ranger de dentes. Será "o cavar com as mãos e enterrar com os pés".
Ora, mais 90% das pessoas com essa idade são doentes. Essa política de pressionar a aposentadoria por via administrativa apenas "muda" de rota o rombo da previdência para a via da "incapacidade". Caso o estado não invista no setor de Perícias Médicas. Nada vai adiantar exigir 35 anos de contribuição, se com apenas 1 ano se pode "furar a fila" entrar no sistema e ser aposentado por patologias do envelhecimento exatamente como ocorre hoje. O sujeito negligentemente não se preocupa com a previdencia, fica doente, paga um ano ou nem isso, vai para perícia médica, tem requerimento indeferido pelo perito (cruel, desumano e incompentente), procura o judiciário e é aposentado na marra em "nome do social".
A Perícia Médica tem sido usada há anos como válvula de escape de qualquer política governamental que tente atual sobre os deficits da previdência de forma em geral. Aliás esta nova fase de "queixas" sobre o setor de perícias nada mais é que a reflexão das medidas tomadas pelo governo do PSDB que tentou impedir que espertos se aposentassem com 5 anos de contribuição aos 55 anos idade.
E a coisa só faz piorar. Um dos mecanismos eficientes que vinha freiando, adiando e bloqueando a enxurrada de pedidos de aposentadoria por invalidez era o fato de que se ganharia menos financeiramente com esta, porém projeto de lei recentíssimo instituirá a paridade com a aposentadoria por tempo de contribuição.
Por fim, sem investimento e valorização da atividade médico legal previdenciária teremos apenas paliativos, além de mais agressões, dramas, desgastes jurídicos e muita despesa nos cofres do governo. Lágrimas de sangue e ranger de dentes. Será "o cavar com as mãos e enterrar com os pés".
Atualizado as 15h: Peço desculpas pela intromissão no excelente artigo do colega Heltron para mostrar ao Sr. Pochmann, se estiver nos lendo, o que acontece no país hoje em dia. Ao criar leis exdrúxulas para arrochar a aposentadoria, a pessoa não vai esperar para aposentar aos 80 anos, ela vai se dirigir à fila do auxílio-doença e querer aposentar por invalidez devido patologias típicas da idade, tentando convencer que aquela osteoartrose grave só começou há 4 meses ou que aquele AVC com hipotrofia de membros ocorreu apenas após ingresso no CTPS de empresa familiar aos 75 anos de idade. Abaixo gráfico retirado de postagem do colega Eduardo Henrique de 19/09/11 mostra o que se sucedeu às emendas constitucionais do final da década passada.
Entendeu, colega Pochmann, o que irá acontecer? E depois que o perito cumprir sua função e acusar patologia prévia à reentrada, ele será chamado de desumano, covarde, cretino, vai virar gasolina para combustão nos programas sanguinários das tardes das TVs abertas e ai algum deputado imbecil vai propor projetos de lei para "humanizar a perícia médica".
Ass: Francisco Cardoso, escrevi esse adendo dentro do tópico do Heltron.
Já mostramos estudo aqui feito pelo Eduardo Henrique que mostra que a cada aperto na aposentadoria comum existe um salto de procura pela aposentadoria por invalidez. Vale a pena resgatar o gráfico.
ResponderExcluirEu já vi isso na prática. Inúmeras vezes. Numa delas, uma senhora de 73 anos, só com 12 contribuições, com doença degenerativa de longa data realmente incapacitante (as alterações causadas idade, no caso dela, já a incapacitavam) disse para mim: "só contribui a vida toda quem é trouxa. Se o senhor não me aposentar por invalidez, o juiz me aposenta". Pronto!!! Somos trouxa. Nós trabalhadores que contribuímos a vida toda. E quando faltar a grana, de que viverão os aposentados que contribuíram a vida toda? Sem reajustes dignos de suas aposentadorias, sem força de greve, sem forças para "um bico - trabalho informal", largados, os omissos de ontem e hoje aposentados, amargarão. E os omissos de hoje, que deixam a perícia ser injustamente taxada de desumana enquanto defende seu patrimônio contra o uso indevido, correm o risco de sequer se aposentarem e se o fizerem, muito provavelmente receberão valores simbólicos apenas.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirquais são os criterios da previdencia,sim prq conheço gente a anos aposentado q a previdencia esqueceu,e gente c/ menos problemas q eu tb essa senhora mentiu ,pq o juis mandou um medico especialista me fazer a pericia,quem falou q ela so contribuiu 12 anos essa coitada deve ter ralado muito na vida,tm e q reestruturar a previdencia!Oinss e a instituição do brasil q tm um dos melhores salarios,não é?
ResponderExcluir1) Ralar na vida não significa contribuir para o INSS !
ResponderExcluir2) A previdência como a conhecemos hoje existe somente há 5 anos.
3) Tem que reestruturar o povo brasileiro que só lembra de contribuir depois que já não consegue trabalhar e o Congresso Brasileiro que só contribui pro próprio bolso.
E.G.,
ResponderExcluirNem adianta discutir. O sujeito acha que justiça social é dividir o que é seu com ele. Saiba que acho obrigação do Estado, acudir a todos os brasileiros necessitados. Para isso foram criados os impostos. A previdência, até pouco tempo, quando era mais justa e séria com o contribuinte, era um clube onde só usufruía quem contribuía. Onde está a justiça de uma senhora pagar somente 12 meses e receber mais do que quem pagou 35 anos sendo aposentada por invalidez? Além disso, sabendo que já estava incapaz antes de ingressar como segurada e mesmo assim coagindo o perito a "dar um jeitinho"? Para pessoas como ela, existe o Benefício de Prestação Continuada - conhecido como LOAS.
E por fim, eu ainda era muito inocente, e disse a ela que falsificar dados no sistema levaria á prisão e que não se poderia fazer tal coisa. Sabe a resposta? Eu nunca esquecerei: "o senhor é problema seu, eu estou preocupada é com o dinheiro meu". Até rimou. Graaaande caráter da idosa. Né?
E o salário do INSS, pelo menos dos peritos, é uma lenda. Muito ruim frente a carreiras do mesmo nível de responsabilidade, cobrança e ônus.
E por fim, eu ainda era muito inocente, e disse a ela que falsificar dados no sistema levaria á prisão e que não se poderia fazer tal coisa. Sabe a resposta? Eu nunca esquecerei: "o senhor é problema seu, eu estou preocupada é com o dinheiro meu". Até rimou. Graaaande caráter da idosa. Né?
ResponderExcluirAh, e o salário do perito do INSS é muito ruim, uma lenda que é bom, frente à carga de trabalho, responsabilidade e ônus, nem de perto se compara aos justos salários de outras carreiras equivalentes.
Muito pertinentes suas colocações, Dr.Heltron.Para mim traduzem o momento atual e as tendências que se impõe agora.Acho que a nossa incapacidade para nos apoiarmos mutuamente ( peroem a rendundância) poderá colaborar para a nossa derrocada.Cada um por si.Essa filosofia parece que nos têm feito fracos.Comentei na última reunião da Gerência ,o INSS finge que somos o patinho feio, mas "intimamente " sabe quem segura as rédeas desse cavalo louco, afinal acho que nenhum perito " homologa parcialmente " uma declaração da empresa como já vi o povo do administrativo fazer, só a parte que combina com um perfeito vínculo empregatício. Outro dia, tive a curiosidade de ler a comunicação de resultado de perícia de um segurado que teve sua incapacidade laboral reconhecida mas seu direito à auxílio-doença indeferido porque ingressou no Regime Geral após a incapacidade; havia 3 vezes a palavra "perícia", me colocando no lugar do segurado eu entenderia assim: você é um pobre coitado, incapaz, mas o perito cruel não quer que você receba seu benefício.É assim mesmo.Agora o INSS concendeu as 6 horas, e os colegas começam a se debater sob o terrorismo de retorno às 8 horas se não conseguirem cumprir metas leolinas, draconianas...Será mais uma culpa do perito... não é da demanda, não é do número insuficiente de servidores, não é da miséria brasileira que faz qualquer doença, a partir de unha encravada ,se perpetuar por 5 ou mais anos, é culpa do doutor!
ResponderExcluirAchei muito pertinentes suas colocações , Dr.Heltron.Creio que refletem a nossa situação atual e as tendências que ora se impõem.Penso que a nossa incapacidade de nos apoiarmos mutuamente ( perdoe-me a rendundância) tem sido nossa fraqueza e causa de uma provável derrocada.É cadaum por si!Na última reunião da gerência comentei que o INSS finge que somos o patinho feio, mas " intimamente" sabe quem segura as rédeas desse cavalo louco.Outro dia, tive a curiosidade de ler a comunicação de resultado de Perícia de um segurado que teve sua incapacidade laboral reconhecida mas seu auxílio-doença indeferido porque ingressou já incapaz no Regime Geral, havia 3 vezes a palavra "perícia"; no lugar do segurado eu entenderia assim:você não pode trabalhar, mas o perito psicopata não quer que você receba "seu" benefício.É assim mesmo.De outro lado, os colegas começam a se debater , o INSS concedeu as 6 horas, mas sob a ameaça ( terrorismo)de reversão às 8 horas, se não forem conseguidas metas leolinas, draconianas...O Perito é o culpado, não é a demanda excessiva, não é o número insuficiente de servidores, não é a miséria brasileira que transforma uma unha encravada em uma doença incapacitante por 5 anos ou mais..é culpa do doutor!Os médicos no Brasil jamais soberam ser classe, só sabem ser indivíduos,já outros profissionais...Nunca ( os médicos) se impõem porque querem ser sacerdotes , aureolados pela santidade, e os setores inteligentes da sociedade ( religião, políticos) conseguem perpetuar nossa miserável condição.Desculpe-me , mas o " rei está nú".
ResponderExcluirPoucos sabem q a previdencia não sobrevive só das contrbuicões das empresas e trabalhador,tudo ou qz td uma parte vai p/previdencia ex:construção civil q não e pouco,jogos legalizados(loterias)esportação e importação etc:porisso qndo disse q essa eoutros trbalhadores ja contribuiram muito sim p/prev/eu e muitos qdo tinha 7anos de idade estava carregando sacos de 50lts de cafe na fazenda p/ajudar meus pais sustentar meus irmãos menores, não tivemos infancia .que contribuiu c/minha doenças hoje o fazendeiro nõ me registrou + ja pagava impostos.prq não divulga deficit verdadeiro,? contas essas feita p/orgão responsavel (ANFIP)facil é ficar atraz de uma cadeira só julgando os de menor poder aquisitivo,tanto q o segurado não tm direito se qr d ter um acompanhante na pericia,estão subestimando a nossa inteligencia.!obrigada...até breve.
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