13/03/2012 21h04 - Atualizado em 13/03/2012 21h11
Idosa de 97 anos tenta se aposentar há 11 anos em Casa Branca, SP
Ex-cozinheira precisa provar que contribuiu com o INSS por 30 anos.
Nesta terça-feira (13), ela passou por exame para tentar o auxílio-doença
Uma idosa de 97 anos, moradora de Casa Branca, interior de São Paulo, está tentando há 11 anos se aposentar. Ela já passou por seis perícias feitas com médicos da Previdência Social, mas teve o benefício negado em todas as ocasiões, já que tem que provar que fez as contribuições durante 30 anos.
A família entrou na Justiça para tentar garantir a aposentadoria da ex-cozinheira Ana Ribeiro da Silva, que sofre de diabetes, hipertensão e problemas do coração. Nesta terça-feira (13), ela e o filho foram até Mococa para mais um exame para tentar conseguir um auxílio-doença. O médico Luiz Otávio de Carvalho foi escolhido pela Justiça para fazer um laudo sobre a saúde dela.
A ex-cozinheira Ana Ribeiro da Silva se locomove com dificuldades
A consulta durou 30 minutos e deixou Ana com esperanças. “Eu preciso dessa aposentadoria, porque as coisas mudaram. Coisas que eram baratas naquele tempo, hoje são caríssimas”, disse.
O médico não deu entrevista, mas disse que o resultado do laudo vai ser entregue ao juiz em até 30 dias. Ele deixou bem claro que Ana não tem condições de trabalhar. Contudo, a decisão depende do juiz.
Contribuições
Em dezembro de 2010, o Jornal Regional mostrou que o laudo de um perito do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de São José do Rio Pardo dizia que a idosa tinha condições de trabalhar ou fazer atividades habituais.
Filho de idosa tem comprovante de pagamento de contribuição de 1975
Atualmente, Ana recebe um benefício de R$ 580 pela morte do marido, o que a impossibilita, pelas regras da previdência, de se aposentar por idade.
Segundo dados do instituto, Ana começou a contribuir apenas em setembro de 2009. Para se aposentar por tempo de contribuição, a família precisaria provar que ela contribuiu com a previdência por 30 anos.
A idosa explicou que pagava a um contador e, na opinião dela, ele pode ter desviado o dinheiro, já que não há registro dos pagamentos.
Acácio Ribeiro, filho da ex-cozinheira, encontrou um comprovante de pagamento de 1975. Para ele, isso pode ser um indício de que o instituto perdeu os documentos. “Antes de 1980 não existia computação, não tinha jeito de fiscalizar isso. A Justiça tem que ver com o contador ou com o INSS. Nós vamos brigar até o fim para ela ter o direito de aposentar”, disse.
Veja vídeo na íntegra:
5 comentários:
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No caso em tela, se esta incapaz ao trabalho o perito concede, mas atenta-se pra colocar uma estimativa da DII baseado nas miadelas e idade da segurada! Se o perito do INSS fizesse isto, nAo estaria exposto nos jornais desta forma pois a segurada levaria negativa administrativa tendo em vista que após 1975 só retomou suas contribuições em 2009.
Eis o fiel retrato da situação da perícia médica. De repente uma senhora com 97 anos que começou a contribuir em 2009(desde os 95 anos) tem requerimento indeferido pelo INSS obviamente por incapacidade anterior ao início ou reinício das contribuições e JOGAM A CULPA DO SISTEMA INTEIRO no perito do INSS.
NA VERDADE é uma pessoa que foi contribuinte em passado remoto (1975) e refiliou-se quando tinha 95 anos, voluntariamente, na qualidade de trabalhadora. Segundo o estatuto do idoso, já estava há 30 anos na idade de se aposentar. Obviamente há algo errado nisto. Se os 6 peritos identificaram as mesmas doenças e limitações de quando, voluntariamente, repito, se declarou trabalhadora, o que fazer?
Claro que usar o perito como bode expiatório é melhor para a política populista e manchetes sensacionalistas.
-Não gente, leiam a reportagem. O perito negou e colocou apto para atividades habituais.
-Ele deveria ter concedido e a negativa ser: incapacidade anterior ao reinicio das contribuicoes.
-Quando o segurado é ninja, o perito tem que ser ninja tambem...
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