Tramita no Senado PEC que concede proventos integrais aos servidores públicos aposentados por invalidez permanente
Da Agência Senado
Na presidência da sessão plenária, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) anunciou, na sexta-feira, que chegou da Câmara dos Deputados a proposta de emenda à Constituição (PEC 5/2012) que concede proventos integrais aos servidores públicos aposentados por invalidez permanente.
Aprovado com o número 270/08 na Câmara, o texto segue agora para a CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), onde será discutido e votado, antes de seguir para dois turnos de discussão e votação em plenário.
Presidente da CCJ, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) postou, de manhã cedo, no Twitter, que tem recebido manifestações sobre a emenda e que trabalhará por sua aprovação no Senado.
A iniciativa alcança servidores que tenham ingressado no serviço público até 31 de dezembro de 2003, data da promulgação da Emenda Constitucional 41, que constitui a última reforma da Previdência. A proposta garante aos aposentados por invalidez permanente paridade de reajuste de vencimentos com quem está na ativa.
De autoria da deputada Andreia Zito (PSDB-RJ), a PEC foi aprovada na Câmara por 428 votos a 3, além de uma abstenção. De acordo com o texto, o servidor que entrou no serviço público até o final de 2003 e já se aposentou ou venha a se aposentar por invalidez permanente terá direito a proventos calculados com base na remuneração do cargo em que se der a aposentadoria, sem uso da média das maiores contribuições, como prevê a Lei 10.887/04, que disciplina o tema.
Essas aposentadorias também terão garantida a paridade de reajuste com os cargos da ativa, regra estendida às pensões derivadas desses proventos. A última reforma da Previdência instituiu a aposentadoria por invalidez permanente, mas com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
A exceção era apenas para a aposentadoria decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável listada em lei.
A PEC, que acrescenta o artigo 98 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, se promulgada, estipula um prazo de 180 dias para o Executivo revisar as aposentadorias e pensões concedidas a partir de 1º de janeiro de 2004. Os efeitos financeiros dessa revisão vão valer a partir da data de promulgação da futura emenda constitucional.
A principal mudança aprovada pela Câmara diz o seguinte:
"O servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, que tenha ingressado no serviço público até 31 de dezembro de 2003 e que tenha se aposentado ou venha a se aposentar por invalidez permanente, com fundamento no inciso I do § 1º do art. 40 da Constituição Federal, tem direito a proventos de aposentadoria calculados com base na remuneração do cargo efetivo em que se der a aposentadoria, na forma da lei, não sendo aplicáveis as disposições constantes dos §§ 3º, 8º e 17 do art. 40 da Constituição Federal".
Um comentário:
Naturalmente que haverá maior pressão sobre a Perícia Médica que é a responsável pela caracterização e qualificação da invalidez.
Há tendência irreversível do crescimento da importancia do Perito Médico na Sociedade.
Primeiramente como controle da própria medicina, uma vez, que a sua necessidade cresce proporcionalmente (e infelizmente) com a degradação da arte médica. Mais erros, menos qualidade requerem mais e mais peritos bons.
Depois pelas medidas crescentes administrativas e jurídicas como: as barreiras crescentes impostas a aposentadorias administrativas de austeridade fiscal que desviam os segurados desesperados para a perícia, a criação de direitos crescentes para debilitados sociais como redução de impostos e vantagens de aposentadoria como esta e outras cotas que requerem avaliação médica e por fim, a política nacional de saúde do trabalhador como coloca o perito como figura central do processo porquanto tem a prerrogativa de estabelecer o nexo técnico.
Infelizmente o governo e autoridades não conseguem compreender isso e não lhe dão a devida importancia. Mas tudo tem um preço... e é muito caro tanto para os cofres públicos quanto para sensação de injustiça disseminada no povo.
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