quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

MPF escuta um lado e acusa servidores do INSS de maus tratos

Mau-atendimento atinge várias agências

Ministério Público Federal está percorrendo agências do INSS em Mato Grosso para exigir melhorias

LORIVAL FERNANDES/DC

Eduardo da Silva, gerente do INSS em Cuiabá: ele diz que o segurado está em primeiro lugar

JOANICE DE DEUS
Da Reportagem

A gerência executiva do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), em Cuiabá, promete iniciar em breve o treinamento de todos os servidores da Agência de Previdência Social (APS) de Cáceres (250 quilômetros a Oeste da Capital). A medida deve se estender pelas 30 agências localizadas em Mato Grosso e vem ao encontro da recomendação do Ministério Público Federal (MPF) de Cáceres. 

No início desta semana, o MPF recomendou que fossem submetidos a capacitação, e também a acompanhamento psicológico – os médicos-peritos e demais funcionários da agência instalada naquele município. (click) A medida foi tomada depois que um segurado denunciou ao MPF que um perito da agência o havia tratado de forma humilhante. É o terceiro procedimento aberto no MPF que visa a apurar irregularidades semelhantes. 

“Já realizamos a capacitação dos servidores da APS do CPA (Cuiabá) com enfoque em ética profissional, deveres funcionais e excelência no atendimento ao público. Já estamos organizando o treinamento para levar aos funcionários de Cáceres, o que vai acontecer em breve”, afirmou o gerente executivo do INSS em Cuiabá, Eduardo Luiz Gabriel da Silva. 

À frente dos trabalhos está uma equipe constituída por médico, psicóloga, assistente social e gerente da APS de Cáceres, onde na sexta-feira (27) está prevista uma reunião entre representantes do MPF e o INSS. 

Conforme Eduardo Luiz, seguindo um cronograma, a qualificação se estenderá pelas 30 APS existentes no Estado. Na agência do CPA, por exemplo, 12 trabalhadores dos quais dois médicos-peritos foram beneficiados. 

Em Mato Grosso, o INSS conta com 433 servidores, sendo 139 na área administrativa e 294 no setor de atendimento. 

Apesar de reconhecer a carência de servidores, Eduardo Luiz afirma que grande parte das denúncias ocorre após o segurado ter o seu pedido indeferido. 

“Muitas vezes as denúncias são fruto do pedido indeferido. Mas estamos aqui para receber as reclamações e todas são apuradas. Temos uma filosofia de trabalhar de que o segurado está em primeiro lugar e tem que ser bem tratado”, afirma. 

Porém, não foi bem o aconteceu com a auxiliar administrativa Jaqueline Graziele Capeletti Nunes, de 24 anos. “Já estive aqui várias vezes por falta de informação. Não me informaram que a cada três meses eu deveria apresentar o atestado de reclusão (do marido) e cancelaram o benefício”, disse. 

Com uma filha de 9 meses no colo e acompanhada de outra com 10 anos, ontem pela manhã Jaqueline Nunes esteve novamente na agência que fica na Avenida Getúlio Vargas, no Centro. “É tudo meio complicado, falta informação e mais atenção por parte dos funcionários”, acrescentou. 

Denuncias ou sugestões podem ser feitas à central de atendimento 135. A ligação é gratuita. 

5 comentários:

Snowden disse...
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Francisco Cardoso disse...

Eu me recusaria a ir, processaria o INSS e o MPF e meteria o pau nessa reunião, quem eles pensam que são? Juizes? Deuses?

Arre!!

Snowden disse...
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Snowden disse...
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