sábado, 28 de janeiro de 2012

CRÍTICA AO MPF

“O Ministério Público Federal (MPF) em Cáceres (MT) recomendou que os servidores da agência do INSS no município, envolvidos em casos de maus-tratos a segurados, sejam submetidos a treinamento e acompanhamento psicológico. A medida foi tomada depois que um segurado denunciou ao MPF que um perito-médico da agência do INSS em Cáceres o havia tratado de forma humilhante.”
Vergonhosa!
Não há outro adjetivo para caracterizar a atuação do Ministério Público Federal no caso específico da APS do INSS de Cáceres (MT).
É inacreditável que, depois de tantos rios de lágrimas, depois tantos ICPs e ACPs inúteis, depois do desaparecimento do GT de Previdência Social, depois de tanta matéria na mídia reverberando sobre o mesmo tema, os meios de comunicação não desconfiem da completa ineficiência do Ministério Público Federal em matéria de previdência social. Há vários anos é a sempre a mesma coisa: HOLOFOTES demais para PROVAS de MENOS.
De repente engravatados, que não tem ponto eletrônico e nem seus nomes e horários expostos para a população,  como propõem para os outros, acusam e condenam inconsequentemente e publicamente servidores federais médicos, por "maus-tratos" (sim, é um crime - art 136 CP) baseado em depoimentos de cidadãos contrariados, revoltados e raivosos.  Obviamente o resultado é o de sempre muito papel, flashes e gritos que se transformam lentamente, ao longo de meses, num grande nada silencioso escrito "Muito Parcial Francamente".
Querem ter certeza? Alguém aqui acompanhou o resultado da aplicação dos enunciados e recomendações do MPF? Em que deu mesmo a última movimentação do MPF sobre conduta dos Peritos?  Em que deu a terceirização dos Peritos do INSS? Em que deu o Memo 42? Apenas pensem. Talvez o façam porque guardem a certeza de que não lhes sobrevirá qualquer tipo de punição pelas consequencias de suas incompetências.
Sinceramente, não é implicância nossa, é que é de chorar assistir ao espernear do notável despreparo dos notáveis. Como é possível que ignorem a natureza conflituosa e perigosa da atividade médica-legal? Como podem se manifestar convictamente sobre conduta ética médica antes de um parecer de um conselho profissional? Como é possível ferir indiscriminadamente a imagem dos servidores do INSS sem argumentos sólidos? Como acreditar que acreditem que, numa profissão que existe por e pela mentira, uma parte prejudicada possa dizer invariavelmente a verdade? Pela "quantidade" das denúncias? Por favor... Somos mais inteligentes
Só com muita certeza de impunidade, inocência ou loucura para quebrar a regra básica do "jamais diga uma mentira que não possa provar". Isso mesmo. Em qual delas se encaixam? Quais os seus números apresentados sobre os "maus-tratos"? Nós temos. Na minha realidade tenho documentados dezenas de casos de denúncias de peritos à ouvidoria do INSS e aos CRM. Nunca vi uma condenação. É a mesma história em 99,99% dos casos. Segurados contrariados que procuram uma forma de se "vingar"dos médicos denunciando-os sem sofrerem qualquer consequencia pela falta de fundamento. Quer melhor maneira?
Por sinal, onde estão as provas doutores? Os médicos citados foram ouvidos? Os seus laudos foram lidos? E se os Peritos fossem denunciar os Procuradores por "maus-tratos" porque sofreram 51 agressões em 2011 e absolutamente nada foi feito? Aliás é isso que proponho. Os Peritos Médicos do INSS deveriam denunciar o MPF por omissão.
Por fim, nem tudo é somente a questão triste e deprimente sobre ferir, talvez mesmo judiar, sem provas e sem transitado e julgado, também existe a parte de humor, sim, quando aceitaram o ridículo papel de recomendar "tratamento psicológico" para médicos, como se tivessem alguma autoridade científica para diagnosticar e tratar distúrbios do comportamento. 
O MPF em matéria previdenciária vive por combater exatamente aquilo que não aconteceria se fizesse o seu trabalho adequadamente.
Enquanto a pergunta do Chico Cardoso fica ad eternum: Ignorância ou má-fé?

2 comentários:

Snowden disse...

Eu voto em má-fé!

Snowden disse...

http://www.prmt.mpf.gov.br/downloads/recomendacao_para_site.pdf

Vejam o teor com que a procuradora Semea Domingues trata o servidor, após uma "denuncia" sem que fosse levado o conhecimento do conteúdo do Laudo Medico Pericial, sem o conhecimento do histórico pericial previdenciário do segurado, sem o conhecimento de contribuições do segurado e sem que soubéssemos se o mesmo teve o direito ao benéfico negado ou nao! Dispara como uma metralhadora uma serie de exigências! Agra porque eles tam nAo divulgam horário de atendimento ao publico, porque nAo batem ponto, etc etc