Autor(es): Agência o globo:Carolina Brígido
O Globo - 07/01/2012
Uso do cargo para obter vantagens é a irregularidade mais comum; 325 funcionários públicos receberam propina
BRASÍLIA- No ano passado, 564 servidores federais foram expulsos por terem cometido irregularidades - na maioria dos casos, corrupção. Foi a maior ocorrência desde 2003, quando as expulsões começaram a ser oficialmente contabilizadas. Dos demitidos em 2011, 433 deixaram cargos efetivos; 57 perderam funções em comissão; e 38 tiveram as aposentadorias cassadas. Os dados são de um levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU). As punições vêm sendo crescentes: em 2010, foram 521 expulsões e, em 2009, 438. Desde 2003, 3.533 servidores federais foram punidos dessa forma, sendo 3.013 demissões, 304 destituições de cargos comissionados, e 216 cassações de aposentadorias. Previdência soma o maior número de expulsões O motivo mais frequente das expulsões foi o uso do cargo para obter vantagens, com 1.887 casos, ou 31,7% do total. A improbidade administrativa aparece em seguida, com 1.133 casos, ou 19%. Outros 325 servidores, ou 5,5%, foram expulsos por recebimento de propina. No mesmo período, 511 servidores, ou 8,6%, foram expulsos por abandono do cargo, e 288, ou 4,8%, por desídia. A CGU classificou como "outros motivos", sem dar detalhes, 1.816 expulsões, ou 30,5% do total. A soma ultrapassa o total de 3.533 expulsões registradas no período porque alguns casos foram punidos por mais de uma irregularidade. Desde 2003, o maior número de expulsões ocorreu no Ministério da Previdência Social, com 884 servidores. Em seguida vêm o Ministério da Educação, com 552 casos, e o Ministério da Justiça, com 517. Não houve expulsões em quatro pastas: Turismo, Esporte, Pesca e Desenvolvimento Social. O maior número de punições não foi em Brasília, mas no Rio de Janeiro. De 2007 a 2011, foram expulsos 417 servidores que trabalhavam no Rio, 312 na capital federal, e 222 em São Paulo. Em quarto lugar ficou o Amazonas, com 121 expulsos. Em seguida vem o Paraná, com 113. Servidor também pode responder judicialmente A CGU mantém o Sistema de Correição da Administração Pública Federal, com uma unidade em cada ministério, para fiscalizar o trabalho dos servidores e cuidar dos processos abertos internamente contra quem comete desvio de conduta. - A intensificação das expulsões decorre da determinação do governo de combater a corrupção e a impunidade - afirmou o secretário-executivo da CGU, Luiz Navarro. Além de responder ao processo disciplinar e correr o risco de ser expulso do serviço público, quem incorre nos desvios de conduta também está sujeito a responder judicialmente por seus atos.
http://oglobo.globo.com/pais/expulsao-de-servidores-federais-bate-recorde-em-2011-diz-cgu-3589344
31,7% da previdência. Impressionante.
ResponderExcluirTodo problema é que a previdência é um banco com segurança de una lanchonete.
Até poucos meses o sistema de antivitus era amostra grátis da net. Colocam gente completamente incapacitada para administrar matéria extremamente complexa. Hoje não me importo mais de dar a opinião de que é um absurdo que ainda exista carreira de nível médio no inss. Contando com os peritos, na ultima analise havia 23% de servidores com nível superior. De cerca 33.000 administrativo, existem uns 3.000 analistas. A complexidade e grandeza da matéria previdência é negligenciada pelo estado. Todos os dias se assinam cheques de milhares de reais nas APS. O sistema de segurança eletrônico é iguazinho a segurança física oferecida ao servidor: limitada, parcial e desarmada.
Errata. Na verdade são 25% da previdencia e não 31% o que não deixa de ser espantoso para um único ministério.
ResponderExcluirMexe com grana veio! GRANA!
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