26/12/2011 08:01
Lesões, varizes e depressão afastam mais gente.
Afastamentos por doenças relacionadas a estresse e repetição aumentaram, enquanto acidentes caíram.
Juca Guimarães
Em 2011, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) registrou um aumento de até 13% nos afastamentos de trabalhadores por conta de doenças relacionadas ao estresse que geraram a concessão do auxílio-doença acidentário, enquanto os acidentes de trabalho chegaram a ter queda de até 10%.
Causadas pela pressão, alta competitividade e estresse, doenças como depressão e o transtorno de comportamento bipolar tiveram aumento de 3,15% e 13%, respectivamente, na comparação entre o período de janeiro e outubro de 2010 e 2011 (veja quadro abaixo).
De acordo com o levantamento do INSS, os casos de afastamento devido a lesões por repetição também tiveram alta. As licenças por varizes aumentaram 10%. Doenças nas articulações e na coluna, agravadas por esforço físico, também registraram aumento.
Por outro lado, alguns acidentes tiveram redução significativa. Os casos de intoxicação caíram 10%. Fraturas de mão e punho, principal causa de afastamento nas linhas de montagem, tiveram queda de 0,47%, porém, manteve-se o registro de mais de 30 mil casos nos dez primeiros meses do ano. A fratura de fêmur, no entanto, teve um aumento de 8,49%.
Em média, a concessão de auxílio-doença relacionado ao ambiente de trabalho corresponde a 15% do total de auxílios pagos pelo INSS para quem se afasta por mais de 15 dias da atividade na empresa.
Quando o afastamento tem relação com a função, o trabalhador tem direito aos depósitos mensais no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a uma estabilidade de 12 meses na empresa após o retorno ao trabalho.
Direitos /Apesar de garantidas por lei, muitas empresas não respeitam a estabilidade de um ano e a continuidade dos depósitos no FGTS.
“O auxílio-doença acidentário é uma proteção para o trabalhador. Se for demitido, antes do final da carência, ele pode entrar na Justiça e conseguir um indenização ou a reintegração na empresa”, disse Theodoro Vicente Agostinho, advogado previdenciário.
O INSS está processando as empresas responsáveis pelos acidentes de trabalho. O instituto exige que a empresa pague as despesas com o benefício.
2 comentários:
Estranho demais o fato do crescimento das cirurgias de varizes de 10%. Bem, sem comprovações científicas, por aqui é a cirurgia mais comumente utilizada para retornar ao benefício juntamente com a histerectomia. É comum que quando um benefício de longa duração o tal BILD é cessado alguns segurados procurem uma cirurgia que tinha indicação há anos para lhes fazer retornar para a perícia médica porquanto sabe que não será indeferido.
Alguém tem alguma explicação para o fenômeno?
É uma cirurgia boa, fácil, de poucos riscos a e garante mais um tempinho em casa..descansando...
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