A falta de peritos médicos nos quadros do INSS em todo o país é uma conseqüência NATURAL E PREVISTA da política de desprezo, abandono e perseguição sistemática aos peritos por parte do INSS e de órgãos fiscalizadores da sociedade, como o MInistério Público Federal, e se agrava pela mais completa e absoluta INCAPACIDADE DO INSS em gerir suas funções aos quais está habilitado por lei.
NADA DISSO É NOVIDADE. TUDO ISSO JÁ FOI PREVISTO E ACUSADO NESTE BLOG NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS.
Se o Governo tem por lei direito de querer verificar a veracidade do cidadão que se diz incapaz, e para isso, e somente isso, existe um corpo médico pericial no INSS, por outro lado o Governo NÃO TEM O DIREITO DE FAZER O CIDADÃO PASSAR DIFICULDADES SÉRIAS por causa de sua INCAPACIDADE em conseguir agendar uma perícia nos prazos legais.
TAMBÉM NÃO TEM O DIREITO DE JOGAR A SUA INCAPACIDADE NAS COSTAS DOS POUCOS PERITOS QUE AINDA INSISTEM EM FICAR NESTA INSTITUIÇÃO, sobrecarregando-os de maneira desproporcional e irresponsável, sob risco de extinção da carreira e colapso definitivo do sistema.
E, por fim, terceirização de médicos, como se fôssemos sacos de arroz, já se mostrou infrutífero.
A política de fornecer médicos a preços de banana para atender à demanda social já FALIU neste país; tentativas desesperadas de suprir médicos sem atacar o problema principal : SALÁRIO E INFRA ESTRUTURA, já estão em andamento no co-irmão Ministério da Sáude, também sem sucesso.
Dito isto tudo, penso que é um DEVER DO MPF e da DPU promover ações civis públicas em todo o país para OBRIGAR O INSS a PAGAR o auxílio-doença ao cidadão requerente se o Governo não tiver capacidade de verificá-lo por uma perícia em prazo não maior que 30 dias.
Isto é um direito do cidadão.
Desculpas estapafúrdias como as usadas para bloquear ação similar no RS, tais quais fictícias perícias eletrônicas, inexistentes remoções administrativas (HOJE, mesmo com quadro deficitário, sequer 60% dos peritos do RS estão fazendo perícias em APS; Se o mais básico não é feito, imagina o resto?) e demais desculpas como Concursos com POUQUÍSSIMAS VAGAS não podem ser mais aceitas pela Justiça Federal, sob a pena de se comprovar que a "Justiça Social" é apenas jogo de cena e que o que importa mesmo é penalizar o cidadão comum, o servidor, e proteger a União.
VAMOS VER SE DE FATO O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E A JUSTIÇA FEDERAL estão a favor do direito coletivo e da Justiça, ou se são apenas marionetes do Governo Federal.
A única maneira de forçar o Governo a RECONHECER a importância de uma perícia pública e de qualidade é MOSTRAR ao Governo o que acontecerá quando essa perícia deixar de existir.
O governo quer arrochar o servidor perito ate tirar-lhe a ultima gota de sangue! Já na outra ponta ta fazendo economia, pois se nAo há perícia nAo há beneficio e se nAo há beneficio nAo há gasto, entende?! É economia pra todo lado e quem leva a culpa é o perito otário bode expiatório!
ResponderExcluirEssa eu cantei. Mordam a lingua, arranque as unhas e raspem seus cabelos... A única via que reverte o quadro é valorizar o perito do INSS. Até lá será a mesma enganacao...
ResponderExcluirDiscordo do Aldo; com a concessão do benefício até o dia da perícia de prorrogação, e com a priorização dos Ax1, vemos PP sendo realizados meses após a DCB inicial. O gasto está explodindo; pena que somos otários e fazemos acordinhos espúrios. Se todos fizessemos a perícia como ela deve ser realmente feita (MEP), as filas estariam explodindo no país inteiro, pois o INSS não tem quadro de servidores suficiente para dar conta do recado COM QUALIDADE. Só seremos valorizados quando os gastos aumentarem muito; e não o contrário. Aqui no sul o gasto está exorbitante. Tomara que a justiça gaúcha determine o pagamento do benefício independentemente de perícia (e tomara que a moda pegue nos lugares onde as filas estão gigantes).
ResponderExcluirCuriosamente os sindicalistas compreenderam isso antes do governo.
ResponderExcluirNas cobranças dos sindicatos mais atuais estão: investimento na qualificação dos peritos, aumento de cobranças, impedimentos éticos, vistorias, aumento do número de profissionais e melhoria no agendamento.
Entenderam que perícia forte é trabalhador mais forte e que parte dos erros dos peritos é exatamente pelas limitaçoes impostas, apesar de se conhecer os maus resultados.
O Números do INSS provam que este ano foi exonerado um perito (à pedido) a cada 3 dias. Por que será?
Eu quero saber quanto tempo vai durar um perito numa cidade de 20.000 habitantes ganhando o salario sem gratificacao, já que não foi regulamentada.
O cerco está se fechando. O governo precisa se mexer de fato e não falar que irá fazer algo. A valorização do perito atualmente não é um pressão sindical por melhoria, mas a única alternativa para salvar a própria previdencia social.
Imagine um cercado! Dentro do cercado esta os que conseguiram o beneficio! A porteira é estreita! Quem tem a chave é os peritos! Como o cercado vai enchendo devagarinho, os gastos vão aumentando devagarinho! Só quando cercado tiver bem cheio é que o governo vai tomar uma atitude de macho pra esvaziar o cercado e fazer ele funcionar direitinho...ate o cercado ficar cheio, ele vai só na maciota...
ResponderExcluirO problema é que os que estão na fila para entrar no cercado, vão entrar mais cedo ou mais tarde (é só questão de tempo), e os que estão lá dentro não vão sair; em outras palavras: o cidadão que fez uma cirurgia de apendicite vai ficar 5 meses esperando para receber mas vai receber 5 meses (99% dos peritos vão dar DCB no dia da perícia), quando não precisaria mais do que 30/45 dias; os que já receberam o benefício, vão pedir PP (e vão continuar recebendo até o dia da perícia - pelo menos), os PP vão ser sucessivamente remarcados- até 3 vezes (por falta de peritos, prioriza-se o AX1 e o PR). Temos caso de PP que fora agendado para abril, transferido para setembro e remarcado para dezembro (ou seja continuam no cercado). Não estou falando de teorias, mas do que já estamos vivendo na prática aqui no sul. O gasto aqui já aumentou exponencialmente. Pena que a peritada ainda não percebeu o poder que tem nas mãos.
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