“Campo Grande/MS: Interfaces entre Perícia Médica, Trabalho e Justiça.
Hoje (25/11/2011), os peritos da GEX Campo Grande participaram do II Fórum de Ética Médica e Direito em Perícia Médica Previdenciária. Era para ser um evento de intercâmbio entre representantes da medicina assistencial, perícia judicial, medicina do trabalho, perícia previdenciária e entre magistrados da Justiça Estadual e Federal, Ministério Público e Procuradoria Federal. Como representante da ANMP compareceu o Dr. Tabacow. Entretanto, o evento provocou mais discussões do que soluções, terminando em uma verdadeira fogueira das vaidades.
Registram-se os pontos altos do encontro:
- O presidente do CRM/MS declarar ter respondido a duas sindicâncias por solicitar aposentadoria em seus atestados e, pasmem, continuar defendendo que tem este “direito”;
- Juiz referindo que, de medicina, só sabe “passar mercúrio no joelho”, até ser interpelado por outro magistrado de que o mercúrio foi descontinuado do comércio (este pelo menos sabia);
- Representante do MPF dizendo que os peritos não devem escrever termos técnicos, alegando que não sabe o que é “espondiloartrose” e que os laudos são lacônicos (sem saber que o espaço do SABI é exíguo e que se faz milagre em emitir um laudo a cada 20 minutos, enquanto os peritos judiciais têm 30 dias e recebem até cem vezes mais por perícia);
- Discussão sobre especialidade do perito na perícia (que tal escolher somente juízes médicos, para que eles sejam especialistas?);
- Perito judicial chamando advogados de “desprezíveis”;
- Representante da Associação de Medicina do Trabalho de MS com uma apresentação feita “nas coxas”: em vez de discorrer sobre atribuições da área, fez vários slides com frases de um blog com reclamações contra os peritos do INSS (sem capacidade nem para corrigir os erros de português);
- Representante da ANMP saindo “de fininho”.
Os melhores momentos se deram na apresentação do chefe da GEX Campo Grande, que defendeu os peritos do INSS copiando as “Perguntas Frequentes” do perito.med.
Isto mesmo, um CTRL+C, CTRL+V total, sem dar crédito ou referência ao site, mas que fez grande sucesso (pelo menos entre os peritos que o aplaudiram).
Apenas um ponto mostrou consenso entre os participantes: de que o modelo proposto de concessão de benefícios até 120 dias por atestados de médicos assistentes encontra entraves éticos, sendo uma tentativa do governo de cobrir uma deficiência administrativa, além de poder gerar sérias consequências posteriores, tanto para o erário quanto para a atividade pericial.
Enviado por Perito Médico da Região V”
O chefe da Gex Campo Grande seria o ex-DIRSAT?
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