quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Da Série: PERÍCIA,PARA QUÊ TE QUERO?

05/10/2011 - 19:15

PF desbarata quadrilha especializada em fraudar atestados da previdência
Da Redação - Laura Petraglia
Uma Força Tarefa Previdenciária, integrada pela Polícia Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal cumpriu inúmeros mandados de busca e apreensão na cidade de Livramento (a 30 quilômetros de Cuiabá) nesta quarta-feira (5), e desbaratou uma quadrilha especializada na criação atestados médicos falsos para obtenção de benefícios previdenciários.

Durante a Operação Livramento foram cumpridos 04 mandados de busca e apreensão, mas ninguém foi preso. Foram apreendidos formulários de atestados médicos, carteiras de trabalho, de identidade e computadores. Os mandados foram cumpridos no Centro de Referência e Assistência Social - CRAS-Livramento, no CREAS - Centro de Referência Especializado em Assistência Social, em uma residência e na Secretaria de Assistência Social do Município.

De acordo com informações da Polícia Federal, o crime consistia na criação de um atestado médico falso, com vistas à obtenção de benefício previdenciário para outros. Em inquéritos diferentes, a perícia constatou que os formulários eram sempre preenchidos pela mesma pessoa. Os nomes de médicos, entretanto, eram diferentes. Resta saber se as assinaturas partiram da mesma pessoa ouvida hoje. Não há indício de participação de algum médico na fraude.

A Polícia começou a investigação a partir de notícia crime do INSS, que desconfiou dos atestados fornecidos por solicitantes dos benefícios. No decorrer das investigações, quatro inquéritos foram instaurados, sendo que uma mulher foi presa em flagrante, por tentativa de estelionato contra o INSS por uso de documento falso. Ela disse que o atestado havia sido fornecido por um vereador do município.

Uma pessoa foi ouvida e indiciada por falsificação de documentos públicos - pois os atestados eram preenchidos em formulários da rede pública de saúde; e participação em tentativa de estelionato em face do INSS. Se condenada, as penas podem variar de 02 a 06 anos de reclusão e multa. Os nomes não foram divulgados pela PF.

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