Psiquiatra alerta sobre os ‘pacientes malandros'
Segundo o especialista em álcool e drogas Sérgio Sato, com o objetivo de ajudar, o benefício pode assumir um sentido contrário. Apesar das exigências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), existe o perigo dos “pacientes malandros”.
“Eu não dou atestado de dependência para muitos que me procuram. Há aqueles que usam o problema para ficar longe do emprego e manter o benefício. Então, por isso, é importante o tratamento”, destaca.
Segundo ele, em alguns casos, o próprio tempo livre - que deveria ser para recuperação – serve para até mesmo ampliar a dependência. “Com o dinheiro e o tempo livre, o beneficiado pode alimentar o vício. Por isso, em alguns casos, a melhor coisa é continuar trabalhando”, alerta o psiquiatra, dizendo que só dá laudos contestando a dependência em casos graves, com, por exemplo, alucinações alcoólicas.
Kadyne Fernanda Silva Garcia é assistente social da comunidade terapêutica Bom Pastor, em Bauru, que possui, atualmente, oito beneficiados. Ela afirma que, até hoje, a maioria dos internos quer realmente se tratar. Porém, há as exceções.
“Aqui, os beneficiados passam por exames de três em três meses. Já tivemos casos de pessoas que conseguem o benefício e vão embora em seguida. Como o valor vai para ele mesmo, fica recebendo durante os outros dois meses sem se tratar”, conta a assistente social.
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