Consta que no dia de ontem, 16.08.2011, segurado entrou gemente no consultório de um perito médico do INSS da Região I de Cadeira de Rodas. Não podia andar. Um Segurança da Agência da Previdência, compadecido do Segurado, se dispôs a ajudar e foi quem conduziu a cadeira até o local da Perícia Médica. Tratava-se de um quadro de Lombalgia intratável em benefício de 2004 com atestado do CRM 00171 pedindo aposentaria por invalidez.
Ao término do exame médico pericial o homem sai andando normalmente para fora do consultório, subitamente curado do mal que acometera. Ao perito restou chamar o segurança para retirar e registrar mais um dos vários objetos esquecidos dentro do seu consultório como: Celular, Capacete, Chave de Carro, Carteira, Ataduras, Tipóias, Imobilizações, Bengalas, Muletas...e agora Cadeira de Rodas.
E mais, consta que o próprio segurança que ajudou o sujeito a entrar no consultório correu atrás do homem que não podia andar (até fazer a perícia) indignado para tomar satisfação e tentar devolver-lhe o mais novo objeto esquecido no Arquivo Fakebook: Uma Cadeira de Rodas.
6 comentários:
Gente, eu preciso dar meu depoimento.Hoje atendi uma senhora, 54 anos de idade.Quando a recebi na minha sala, antes que ela falasse alguma coisa, já pensei em aposentadoria por invalidez: cadeirante, uma visível paralisia facial, faixa etária não muito adequada para reabilitação.Quando abro a perícia, pasmem!Requisição de alta antecipada.Era uma portadora de sequela grave de paralisia infantil, que evoluiu há pouco mais de 1 ano com um tumor abdominal benigno, o qual gerou várias complicações: fístula, queimaduras no abdome ( talvez pelo material cirúrgico ), infeccção.Disse estar feliz por estar voltando a trabalhar, realmente muito tranquila e lidou com paciência com nossas requisições burocrática ( houve uma pendência administrativa).Show de bola!E não veio com acompanhante "papagaio de pirata", não...Entrou sozinha.Agora eu me lembrei por que nós peritos lutamos tanto: pelo respeito ao dinheiro dos contribuintes , que como essa senhora, superam o que parecia intransponível e contribuem para a nossa Previdência.Ela não é nenhuma privilegiada , é uma simples funcionária de uma Prefeitura de uma cidade do interior do Nordeste, que tem como cargo ser professora de alunos com deficiências.Heróina do cotidiano, sua história devia estar no Fantástico para estimular o nosso Povo e em contraposição à cultura do "jeitinho brasileiro".Ela foi meu "antidepressivo" de hoje.
Abraços colegas, que vocês também atendam pessoas tão inspiradoras como essa nossa trabalhadora!
Heroina do cotidiano: Indivíduo capaz de sobreviver apenas do salário de professora no interior do Nordeste.
Agora, Hija de Dios:
Diga-nos, por misericódia! Que com tantos problemas de saúde apontados, obviamente a Sra. NÃO lhe antecipou a alta, diga-nos!!!!
Ela teve alta antecipada porque suas complicações pós-operatórias já estão cicatrizadas.Mas, o mundo é mesmo cão.Sua pendência administrativa é porque durante anos ela acumulou o salário da "ativa" ( emprego) com amparo ( renda mensal vitalícia - o equivalente ao atual BPC).Nunca mais eu me empolgo, levei um soco no estômago.A vida é muito difícil, amigos.
Coisas que nunca ví e, possivelmente jamais virei:
1º Segurado solicitar alta médica antecipada do INSS por já se considerar CURADO;
2º Perito médico do INSS, negar alta médica antecipada a segurado, por considerá-lo INAPTO.
Eu já neguei alta antecipada por não haver consolidação da lesão.
O segurado era professor de educação física e queria voltar ao trabalho o quanto antes. Porém tinha lesão de joelho sem prazo mínimo de recuperação que evitasse agravo caso voltasse ao trabalho.
Att, Luciana Coiro
Já vi os dois, e em alguns casos neguei a antecipação por falta de condições de saúde. O motivo era $$$, a pessoa ganhava mais fora que dentro. Sempre o motivo é $$$.
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