Foi notícia no Brasil essa semana: Operação CID-F da Polícia federal desmonta esquema de fraude em Alagoas. Aparentemente quadrilhas falsificavam registros empregatícios e conseguiam afastamentos por incapacidade mediante propina, sempre com doenças do grupo de doenças "F" do CID (Código Internacional de Doenças - X Revisão da OMS), ou seja, doenças psiquiátricas.
No caso exemplar, supostamente existia uma pequena padaria na periferia de Maceió que tinha cadastrado no INSS mais de 110 funcionários afastados por CID-F, todos com salários altos, entre 2 e 3 mil reais/mês, como diz o delegado:
"O que chama a atenção é o fato de que estabelecimentos pequenos, como uma padaria na periferia de Maceió, tinha 119 funcionários com salários altos, entre R$ 2e 3 mil, o que não é compatível com os valores pagos no mercado", disse o delegado. (fonte)"
" Padaria-fantasma com 119 empregados fictícios
Para ilustrar o modus operandi e a ousadia da quadrilha, o delegado federal e a procuradora da República relataram o caso emblemático da padaria. “Foi identificada no sistema do INSS uma panificação, na periferia de Maceió, que tinha 119 empregados e uma folha salarial de cerca de 100 mil reais por mês, o que é completamente atípico. Pior: a empresa não existia de fato. “No endereço não havia nada, não funcionava estabelecimento nenhum”, contaram o delegado Borges e a procuradora Ládia Chaves." (fonte)
Como que o INSS não percebeu que havia padarias pagando 3 mil reais de salário a funcionários do balcão e que essa suposta padaria do interior tinha 119 empregados afastados por doença mental? ONDE ESTÁ A GESTÃO? ONDE ESTÁ A PREVENÇÃO DE FRAUDES?
"O que chama a atenção é o fato de que estabelecimentos pequenos, como uma padaria na periferia de Maceió, tinha 119 funcionários com salários altos, entre R$ 2e 3 mil, o que não é compatível com os valores pagos no mercado", disse o delegado. (fonte)"
" Padaria-fantasma com 119 empregados fictícios
Para ilustrar o modus operandi e a ousadia da quadrilha, o delegado federal e a procuradora da República relataram o caso emblemático da padaria. “Foi identificada no sistema do INSS uma panificação, na periferia de Maceió, que tinha 119 empregados e uma folha salarial de cerca de 100 mil reais por mês, o que é completamente atípico. Pior: a empresa não existia de fato. “No endereço não havia nada, não funcionava estabelecimento nenhum”, contaram o delegado Borges e a procuradora Ládia Chaves." (fonte)
Como que o INSS não percebeu que havia padarias pagando 3 mil reais de salário a funcionários do balcão e que essa suposta padaria do interior tinha 119 empregados afastados por doença mental? ONDE ESTÁ A GESTÃO? ONDE ESTÁ A PREVENÇÃO DE FRAUDES?
Enquanto a "Padaria Fantasma Pão Doido" continuava mandando funcionários para a perícia do INSS, olhem com o que o Instituto se preocupava:
Isso mesmo. Enquanto a "Pão Doido" e demais empresas continuavam a mandar funcionários para mamar na teta da fraude, o INSS mobilizava sua procuradoria para coisas mais importantes, como saber se poderia contratar médicos sem CRM para fazer perícias. (fonte)
Mas não era só isso. O INSS também se preocupava em terceirizar o trabalho pericial para qualquer um (fonte), andava muito preocupado em saber se o médico fazia ato médico ou administrativo dentro da autarquia (fonte), queria saber como aperfeiçoar o sistema de controle eletrônico do horário dos médicos, em saber quanto tempo os médicos ficavam no banheiro (fonte) e principalmente preocupados em saber como derrubar a decisão judicial que garantia aos médicos o direito de exercer com ética e autonomia o seu trabalho pericial (fonte).
E o MPF, o que andava fazendo enquanto a fraude rolava solta em Alagoas? Ah, estava checando os horários dos médicos. (fonte) Aposto que o MPF deve ter aprovado Maceió com louvor...
Pois é pessoal, nessa vida é tudo uma questão de prioridade.
Excelente exposição de motivos Chico. Meus parabéns. É exatamente isso. Uma Padaria humilhou o INSS.
ResponderExcluirA grande maioria dos peritos NÃO TEM ACESSO AO SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO dos segurados. O que é uma pena, porquanto seria um excelente indicador de suspeita de fraude. O perito no instante em que visse uma contribuição de teto máxima para algumas atividades deveria dobrar a atenção. E de fato isso acontece. Os CO - sociedade secreta pericial no INSS - podem ver os tais rendimentos. O problema é que até chegar lá o sujeito já fez dezenas de perícias e ajeitar fica difícil. Deveria fazer parte da análise do AX01 os dados do empregador (incapacitados/doença) e salário. Só não vê quem não quer.
ResponderExcluirGente, pra que tanta surpresa? Vocês nAo sabem que os gestores nAo sanem o que e data mining, estatística e desvio padrão? Teta seria descobrir fraude tendo acesso ao banco de dados! Mas nAo há interesse!
ResponderExcluirO sonho acabou !!!
ResponderExcluirhahahahaha