Continua sem desfecho o drama da família de uma criança de 10 anos, vítima de um acidente de motocicleta há três meses, em Porto Velho, e que pleiteia um amparo social mostrado ontem pelo Diário.
Após o pai Marcos Fontineli acionar a Polícia Militar para conseguir perícia com uma médica do INSS, que se recusou a atender a menina mesmo com consulta agendada, Rebeca Fontineli, que anda de muletas, foi atendida ontem, mas o perito disse à família que a menina não reúne os requisitos necessários para ter direito ao benefício chamado Amparo Assistencial ao Portador de Deficiência.
Em nota, o INSS justificou que houve desentendimento que resultou na falta de atendimento. Segundo a nota, o agendamento para terça-feira implicava no atendimento da menina na agência e não em domicílio, como Marcos entendeu, e que por ter perdido o horário da manhã, a médica não poderia realizar o atendimento à tarde, por conta dos horários já marcados.
O atendimento em domicílio, segundo a nota, só é feito após o atendimento na agência. Inconformados, os pais afirmaram que deve recorrer ou buscar algum outro órgão, mas que ainda não sabem como. “Fiquei meio perdido”, lamentou o pai, após receber a negativa do INSS.
Segundo a família, o médico perito afirmou que só têm direito ao benefício pessoas que ficam com restrições de saúde por até dois anos, e que Rebeca deve estar recuperada em cerca de oito meses. O pai afirma que desde que a menina sofreu o acidente a família tem tido dificuldades de garantir o sustento, já que pai e mãe, responsáveis por prover o lar, deixaram de trabalhar. “Ela já passou por três cirurgias, sendo que a última foi sábado”, contou.
DIFICULDADES
As fraturas na perna de Rebeca dificultam o andar, o que torna complicada a remoção da residência dela, na zona Sul da Capital, para as unidades de saúde e até para o prédio do INSS. Para levar de um lugar para outro, Marcos tem contado com ajuda de amigos.
O Diário tentou obter mais informações sobre o caso, mas assessoria de imprensa do INSS voltou a afirmar que entrevistas necessitam de agendamento prévio que dependem, inclusive, de aval do órgão em Brasília. Servidores do INSS que estavam no momento também tentaram impedir que a reportagem permanecesse dentro do prédio com equipamento fotográfico, sob a alegação de necessidade de autorização, ainda que se tratasse de um órgão público. Ainda na nota, o órgão justificou que a medida é para preservar a imagem de segurados e servidores.
http://www.diariodaamazonia.com.br/diariodaamazonia/index2.php?sec=News&id=11271
2 comentários:
Nessa o INSS está certíssimo. O LOAS só é devido a quem comprova incapacidade permanente (inavlidez) ou incapacidade cuja previsão de melhora não se dará com menos de 2 anos. Fratura não é motivo de se conceder LOAS, salvo casos exepcionais.
se nem para cegos estao dando o beneficio imagina para quem sofreu uma fratura......
BRASIL PAIS SEM JUSTIÇA, ISSO SIM
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