domingo, 1 de maio de 2011

ALTERAÇÕES IMPOPULARES - INSS estuda proibir aposentadoria e pensão

A Previdência Social planeja impedir que os segurados do INSS recebam aposentadoria e pensão ao mesmo tempo. Com isso, ficam no passado casos como o da mulher que trabalhou desde a juventude e, no fim da vida, recebe sua aposentadoria e a pensão do marido, falecido antes dela.

Alterações como essa vão atingir em cheio a concessão de pensões por morte, que hoje representa 25% de todos os 28,2 milhões de benefícios pagos. Estão no rol das alterações impopulares que ainda precisam de consenso dentro do governo e por isso são mantidas em sigilo pelos técnicos que as estudam.

As mudanças não seriam restritas aos trabalhadores do setor privado e também se estenderiam ao servidor público. Direitos adquiridos ficariam preservados, assegurou o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, que não fala abertamente sobre as medidas, mas admite que são necessárias.

Fontes do governo adiantam que a proposta em discussão prevê ainda a instituição de carência (período mínimo de contribuição ao INSS) para que o dependente do titular da aposentadoria possa ter direito à pensão. Isso não existe hoje, o que dá margem a muitas distorções, como a concessão de pensão no valor do teto para quem contribuiu somente uma única vez.

Outro aspecto que pode gerar bastante resistência é a necessidade de provar a dependência financeira para que o herdeiro tenha direito à pensão. Assim, não bastaria a pessoa ser casada no papel. Hoje, o casamento formal já é suficiente para a concessão. Se a ideia for adiante, casados oficialmente terão que passar pela mesma maratona de documentos hoje exigidas para a união informal: vão comprovar a dependência financeira.

Centrais serão consultadas

O governo federal reuniu trabalhadores, aposentados e pensionistas, economistas e especialistas há quatro anos para discutir a famosa "sustentabilidade" do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), que concentra os benefícios do INSS. Não houve acordo. Ninguém falou mais no assunto, até que o novo governo assumisse. As nova regras estão prontas e serão levadas às centrais sindicais.

O primeiro consenso em torno das propostas diz respeito às viúvas jovens. O governo já demonstrou bastante antipatia com elas, e o benefício ganhou o nada lisonjeiro apelido de "pensão viagra", como a Coluna apontou. Para elas, a proposta prevê o fim do caráter vitalício.

Confira o que será levado a sindicalistas e ao Congresso:
- As mudanças vão atingir as jovens viúvas, que terão prazo limite para receber o benefício, hoje vitalício.
- Não será permitido o pagamento de dois benefícios, hoje possível. A pessoa terá que escolher entre a aposentadoria e a pensão.
- Em vez de conceder o benefício sem qualquer análise de mérito, a Previdência pretende exigir documentos que comprovem a dependência financeira do potencial titular da pensão por morte.
- A pensão, que hoje é concedida integralmente, ou seja, no valor exato da aposentadoria, terá um limitador.
- Haverá carência para que o herdeiro tenha direito à pensão. Hoje, uma contribuição é suficiente. Os técnicos querem estabelecer um período mínimo de meses.
- Direitos adquiridos serão preservados. Isso significa que quem recebe pensão hoje não está ameaçado.
- O governo não pretende "empurrar" o pacote. As propostas serão levadas às centrais sindicais.
- Servidores públicos seriam submetidos às mesmas regras. INSS e regimes próprios ficarão cada vez mais parecidos.
- As medidas ainda terão que passar pelo crivo do Congresso Nacional

2 comentários:

  1. PERGUNTA AOS ESPERTOS QUE QUEREM AS MUDANÇAS:
    1) Se a viúva não vai receber a pensão;
    2) Se o falecido teve, compulsoriamente, o desconto em folha (INSS) por anos (que poderia ser usado para o que quisesse);
    3) Ele, o falecido (morto, não poderá requerer sua aposentadoria (morto não se aposenta);

    A previdência vai, pelo menos, devolver (corrigido) o montante que o morto depositou por anos no INSS? Ou o dinheiro vai "sumir" e a famíla passar necesssidade?

    A previdência garante emprego com rendimento igual ao falecido para a esposa (tem que garanti pois afirma que ela não precisa da pensão)? (Ela pode ser jovem e receber uma miséria, coisa comum no Brasil) e a qualidade de vida da família depender dos rendimentos do marido.

    Os autores da ideia, uns gênios, sabem que ferem a constituição? No Brasil, ainda existe liberdade para se escolher o par. Ou a previdência só vai aceitar casamentos aprovados por ela?

    Se o mesmo vale para o servidor público, que paga muito mais para o INSS do que o contribuinte da CLT, vão devolver a grande parcela do salário que foi descontada em nome de aposentadoria?

    Vai nessa deputado. Vai nessa CUT. Isso sim e defender o trabalhador. Deixemos peritos d elado e se preocupem com esse tipo de mudança. essa lesa a moral e o direito do trabalhador.

    ResponderExcluir
  2. Brasil, um país de todos.......

    Lema do Governo atual;

    Um País de todos: sem direitos,de arroxo salarial,perseguição de quem realmente trabalha para poder sustentar quem não trabalha,...

    ResponderExcluir

Os comentários, assim como os textos, são de responsabilidade de seus autores. Comentários ofensivos serão excluídos.