Depois do episódio trágico do atirador de Realengo (RJ), a mídia passou a explorar o assunto do “Bullying” – termo criado pelo Estudioso sueco Dan Olweus. O termo foi criado após a constatação de uma relação direta entre agressões e aumento de transtornos psicológicos nos estudantes. Na sua origem estaria a necessidade de auto-afirmação, a inveja e a vingança dos alunos medíocres sobre os mais fracos fisicamente, as minorias sociais e os mais inteligentes e aplicados. Os sinais típicos do “Bullying” (Revista Veja Edição 2213) seriam: Resistência em ir a escola, dor de cabeça, febre e até taquicardia momentos antes de sair de casa, perda de apetite e insônia, tendência ao isolamento, crises de choro na volta e queda de desempenho – leiam atentamente. O principal problema estaria exatamente no atraso de reconhecimento e na falta de atitude das pessoas que poderiam realizar algo. Na essência, existe uma situação recorrente onde alguém estaria sendo conduzido para um ambiente onde seria repetidamente exposto aos seus agressores que insistem em humilhar e maltratar por diversos motivos como: ganhos políticos num grupo, auto-afirmação, vingança ou pelo prazer de submeter fisicamente (ou de outro modo) aquele que não conseguiria intelectualmente. Já viram este filme?
Parece sim. A Perícia Médica do INSS parece sofrer de Bullying InterInstitucional. Um tipo ainda não-descrito que existiria entre grupos de trabalhadores e instituições. Na modalidade, vários grupos mais fortes unem-se por suspeitíssimas e mascaradas motivações ideológicas. Da mesma forma, muitos dos peritos do INSS – principalmente os expostos ao atendimento – possuem os mesmos sintomas descritos pela reportagem. Muitos se sentem mal quando deixam suas casas e vão ao trabalho – onde já foram são agredidos. Outros que pediram demissão ainda sentem taquicardia quando passam na frente do local do suplício – mais de 40% dos nomeados no concurso 2010 pediram exoneração. E não é somente Perícia Pessoa Física – o perito -, a Perícia Médica do INSS sofre do mesmo mal. Dezenas de outras instituições, pelos mesmos motivos a vilipendiam diariamente. Mídia, Sindicatos Organizados e Sociedade em geral. Da mesma forma, as autoridades que poderiam proteger e minimizar estes efeitos como Ministério Público Federal e Governo nada fazem de efetivo. A Classe Pericial continua sendo a mais agredida do serviço público. As queixas nas delegacias ainda geram, quando acontecem, penas mínimas. A Perícia Médica é o menino esquisito, inteligente e fraco o qual os valentões se aproveitam enquanto quem pode fazer algo nada faz. É como ter que se levantar do lugar para o valentão sentar. É como ter que dar "cola" na prova ou arriscar apanhar no corredor. É como ter que dar o benefício para não ser agredido.
4 comentários:
Achei muito importante essa abordagem. Acredito que deva ser levada adiante, pq as vezes temos que mostrar quem são as reais vítimas.
Vcs fazem muito sensacionalismo.
Ahhhh coitadinhos!!!!
Que peninha... mi,mi,mi,mi,mi!!!
Acho que vou retirar o que disse e concordar que vocês precisam de tratamento!
É.... Com certeza tratamento psiquiátrico.
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