1 de março de 2011
N° 9096
INSS no limite
Avolumam-se as queixas dos segurados em relação à qualidade do atendimento que lhes é devido pelas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Estado. As maiores reclamações referem-se às prolongadas esperas para a realização de perícias médicas com vistas à obtenção de licenças para tratamento de saúde e concessão do auxílio-doença. O tempo médio de espera não é menor do que 23 dias, podendo chegar a mais de três meses. Neste vácuo, o segurado, doente e impossibilitado de trabalhar, não raro, tem que recorrer à ajuda de terceiros para prover a si e à sua família. O gerente executivo do INSS em Santa Catarina, José Crispim Corrêa, reconhece estar o sistema no limite de suas possibilidades. Explica, embora não justifique, que tal situação, há muito conhecida e objeto de tantas queixas da cidadania, se prolongue por mais tempo.
Justo lembrar que o problema não se limita à autarquia previdenciária, mas afeta a maioria dos serviços públicos nos três níveis do poder – federal, estadual e municipal – em todo o país, cuja qualidade, nos últimos tempos, vem decaindo de forma preocupante. As causas são conhecidas: vão da ocupação de cargos gerenciais por critérios políticos e partidários, ao invés de técnicos, à falta de investimentos em equipamentos e recursos humanos mais qualificados.
Com efeito, os poderes públicos gastam muito e quase sempre gastam mal. Em matéria de serviços aos cidadãos, situações como a do INSS fazem a regra. Há que reclamar e cobrar. Para mudar.
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